star of my life ▪︎ taegyu ☆

one

Kang Taehyun

É assustador ver como a vida é cheia de surpresas; nunca sabemos o que está por vir, tanto no bom sentido quanto no ruim. Eu nunca imaginei que um garoto aleatório com quem troquei duas palavras na praia no Ano Novo de 2019 se tornaria o amor da minha vida. Não parece ter sido por acaso; às vezes, parece que foi o universo quem me enviou Beomgyu, aquele ser que sempre brilhou como uma estrela, iluminando minha vida como o sol. Beomgyu sempre foi tão... Beomgyu. E é isso que me faz amá-lo tanto.
Tudo aconteceu tão rápido, como se eu já o conhecesse de algum lugar. Sempre tive essa sensação, como se nossos caminhos estivessem entrelaçados desde antes. Nunca me senti tão completo; ter ele do meu lado sempre foi tudo o que eu precisava. Nunca me imaginei sem ele, até aquele dia

17/05/2023

— Me diga, doutor. O que eu tenho? — Beomgyu perguntou, a voz tremendo, finalmente cortando o médico que estava enrolando por alguns minutos, evitando revelar o que realmente estava nas páginas do exame em suas mãos.

O doutor nos olhou nos fundos dos olhos, e naquele instante, o tempo pareceu parar. O ar ficou pesado, e uma onda de ansiedade tomou conta de mim. Eu podia sentir o coração de Beomgyu acelerando ao meu lado, um eco angustiante da incerteza que pairava no ambiente.

— Leucemia. - A palavra saiu como um sussurro sombrio, pesada e carregada de significado.
A sala ficou em silêncio, e as palavras do médico reverberaram em minha mente como um eco interminável. A realidade se tornou insuportável; eu sabia que nada seria como antes. O futuro que sonhávamos juntos agora parecia envolto em sombras, e eu me sentia impotente diante da fragilidade da vida.

Naquele momento olhava para Beomgyu, tentando decifrar a expressão em seu rosto. Seus olhos estavam perdidos, como se estivesse em um lugar onde eu não podia alcançá-lo. Meu coração disparou, e uma nuvem de incerteza me alcançou. A dor que eu via em seu olhar cortou meu coração em pedaços. Era como se cada lágrima que ele segurava estivesse presa em mim também.

▪︎

— Porra, eu vou ficar careca —Beomgyu disse, forçando um riso fraco enquanto fixava o olhar no rádio do carro, como se as músicas ali pudessem distraí-lo da realidade. Abri a boca para falar, mas ele me interrompeu antes que eu pudesse encontrar as palavras certas.

—Não, eu não quero mais falar disso, ok? Não hoje.

A voz dele tremia, e era impossível ignorar as lágrimas retidas em seus olhos. Eles brilhavam, mas não de um jeito bom; eram como estrelas em um céu nublado, prestes a desabar. Meu coração doeu ao vê-lo assim, lutando contra o turbilhão de emoções que parecia querer explodir a qualquer momento.

Queria abraçá-lo com toda a força que tinha, oferecer meu apoio incondicional, mas também queria respeitar o tempo dele. A tensão no ar era palpável; o silêncio entre nós se tornava um grito ensurdecedor. O carro estava cheio de sentimentos não ditos = medo, amor e uma fragilidade que nos unia mais do que nunca.

Nunca imaginaria que as tonturas e os hematomas que surgiam em Beomgyu fossem algo tão sério. Fazia meses que ele sentia essas coisas constantemente, mas sempre dizia que não era nada, como se estivesse tentando me convencer e a si mesmo. Eu achava que ele só não se alimentava bem, mas, à medida que os dias passavam, meu coração se apertava mais a cada vez que eu o via se sentir mal. A preocupação foi crescendo como uma sombra, e quando seu nariz começou a sangrar, um pânico gelado tomou conta de mim. Eu sabia que não era normal, sabia que algo estava muito errado. Pedi para ele ir ao médico, mas ele insistia que não era nada, e isso só aumentava meu medo.