Capítulo 01

533 51 22
                                    

Olá pessoal, sou bastante tímida mas acho que um bom jeito de começar aqui é me apresentando e falando sobre meus interesses.

Eu me chamo Agnês Vitória, tenho 22 anos, sou natural de Minas Gerais e atualmente estudo ADS. O que vou contar aqui são coisas pessoais que acho legal compartilhar com outras pessoas que tenham interesses semelhantes aos meus. Pesquiso, estudo e leio sobre BDSM desde meus 13 anos, sim, péssima idade para começar no meio, mas é de fato a verdade. Comecei a praticar na mesma época, sem ter conhecimento algum sobre o que se tratava, o que foi um erro muito perigoso e grave, pois, além de não ser uma adulta e não estar preparada para tudo que esse mundinho significava, aprendi ao longo do caminho como não confiar em tudo que alguém diz saber ou ser. Muitas pessoas confundem as práticas com pura putaria, e quem realmente executa, sabe que vai muito além disso.

Desde o início fui aprendendo com olhos de Top como tudo funcionava, tive várias relações fracassadas, com pessoas experientes e inexperientes, fiz várias amizades ao longo desse percurso e a pouco mais de dois anos venho experimentando o outro lado da moeda. No início, me submeter a alguém parecia ser loucura... Ter outra pessoa responsável por você é extremamente desafiador, principalmente quando está acostumada a dar as ordens e não obedece-las. Não decidir o que comer, o que vestir ou até mesmo quando tomar banho é muito difícil de aceitar. Ter alguém com o cinto em mãos esperando você terminar os legumes e verduras do prato é aterrorizante. Ao meu ver, a parte mais difícil é ceder. Realmente entender que ali você não manda em absolutamente nada, que nem mesmo seu corpo te pertence, e que caso saia fora da linha, haverá consequências a altura. Não sou submissa e muito menos masoquista, então, situações onde preciso calar a boca, abaixar a cabeça e obedecer com a clara ameaça que vou apanhar caso não cumpra o ordenado, me causam muita revolta. Tenho vontade de gritar, desafiar e chorar. Entretanto, sei que caso haja dessa determinada forma, estarei piorando ainda mais minha situação, pois, por mais que tenha amizade envolvida, ainda é uma relação de dominação, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Em minha relação atual, tudo é consensual e permitido até que eu utilize minha palavra segura. Não sou de muito mimimi, então até o presente momento não tenho limites rígidos, pois ninguém nunca os encontrou. Só não gosto de coisas que envolvam merda, vômitos e coisas afins (De resto tá valendo kkkk). Estou com a mamãe a pouco tempo, mas sinto que temos uma grande conexão. Ela é calma e bastante paciente se comparada a todos os exemplos de Tops que conheço. As vezes admito que sinto falta de um pulso mais firme da parte dela, e por ser uma relação aberta ao diálogo, já conversamos diversas vezes sobre pontos a melhorar. A mamãe é iniciante, então acho importante que eu seja sincera com ela sobre tudo. Até mesmo quando sei que estou errada e que possivelmente irei ganhar uns tapas, vou até ela e falo tudo o que fiz nos mínimos detalhes. Não sei mentir, e quem me conhece sabe muito bem disso. Tirando que, se fosse para mentir, omitir e fingir, eu não estaria em uma relação como a que estou agora.

Essa semana estamos tentando algo diferente do convencional. Como disse anteriormente a mamãe é meio frouxa... (SE ELA LER ISSO ME MATA KKKK) então, buscamos ajuda de alguém mais firme para auxiliar ela nessa questão. Agora, no presente momento, além da mamãe, tenho uma Super Nanny em casa, que não me deixa nem lavar a bunda sozinha, pois segundo ela não sei tomar banho direito (A audácia da gata kkkk). Estão vendo a gravidade da situação? Não poder nem se limpar sozinha? Ter privilégios simples como lavar o corpo sem ninguém supervisionando retirados de você? Parece exagero, mas é realmente muito difícil e extremamente constrangedor. Para piorar minha situação, tenho tomado chuva com uma frequência absurda e consequentemente tenho ficado doente, o que acaba gerando uma atenção reforçada de ambas as mamães. Minha sorte é que elas não são adeptas a exames e coisas afins, o que me deixa muito mais confortável ao ficar dodói.

Tenho dificuldades para beber água, comer e fazer as coisas no tempo pré-estabelecido, também regrido com bastante frequência, então certamente rola uma birrinha ou outra quando envolve essas questões. E como diz a mamãe: "Birra eu resolvo no tapa", mas o bom dela é que ela só diz mesmo (mamãe tem dó de bater no bebê dela gente kkkk). Já com a outra mamãe/super nanny, o bagulho é mais em baixo... Com ela também é possível dialogar, mas jamais enrolar, e a ultima palavra sempre será a dela, ela não tem tanta paciência, então birras não são aceitas; se insistir muito acabo apanhando.

Confesso que tem dias piores do que outros, não sei se é pelo fato de eu ser sw, mas confesso que as vezes muitas cenas me pegam desprevinida. Até o começo dessa semana, minha primeira mamãe não havia me visto nua, imagino que ela estava esperando eu ir no meu tempo, já que tem bastante paciência para esperar. Com a chegada da outra mamãe, muitas coisas mudaram e essa espera chegou ao fim. Conseguia enrolar de 3 a 5 dias para comer alguma coisa, e muitas das vezes ela deixava ser miojo ou qualquer coisa que eu quisesse comer. Hoje preciso fazer todas as refeições, ou "conversamos" no fim da tarde. Tenho uma dificuldade enorme para tomar remédios, realmente detesto, e por estar doente devido ao mal tempo, nem que seja a base de chineladas preciso tomar.

Ontem foi um dia muito dificil, confesso que fiz birra até o limite da paciência de ambas as mamães; eu que estava insuportavel (dias e dias meu povo kkk). Não queria comer, nem tomar os remédios, nem nada, exatamente nada, queria fazer as coisas do meu jeito e no meu tempo, mas não são assim que as coisas funcionam... Elas estão aqui para tomar as decisões por mim, eu gostando disso ou não. Como disse anteiormente, tudo é liberado até que eu diga minha palavra segura, e assim elas tem liberdade pra fazer o que acham conveniente. Fui avisada diversas vezes sobre o que iria acontecer caso não cumprisse com o ordenado, e ainda sim não o fiz... gritei, xinguei e fiz coisas que não me orgulho agora, e como recompensa (ironia), acabei tendo vários privilégios cortados. Comida, banho e remédios já são coisas que não posso fazer sozinha. Não pude ir para o treino de handebol, nem comer docinhos, fiquei no cantinho e ganhei muitas, muitas, chineladas. Para fechar o dia de ontem com chave de ouro, também tive que dormir de fralda, com a clara ameaça de que se ousasse tirar ou não utilizar ela durante a noite, iria apanhar logo pela manhã. Tive dois de meus confortos retirados, tetê e a pepeta, e isso mexeu muito comigo. Chorei bastante antes de dormir e acordei bem pequena hoje.

Enfim, por hoje são apenas esses relatos. Até mais pessoal!!

Vih BabyWhere stories live. Discover now