Tribulação

Capítulo I - O Jardim

Lucas, um jovem recém-chegado à pequena cidade, encontrou um jardim abandonado atrás da igreja local, localizada no lado leste da cidade de Jerusalém. O lugar, coberto de vegetação densa e sombras, parecia carregado de um peso de tristeza e mistério. Após o arrebatamento da igreja, ele e outros cristãos haviam ficado para trás em um mundo devastado pela grande tribulação.

A cidade estava em ruínas e dominada pelo medo. O Potentado, para muitos, e Anticristo, para a igreja que ficou, havia se proclamado deus da Terra, exigindo adoração e estabelecendo um tratado com Israel. Em uma tentativa de assegurar seu domínio, ele criou uma imagem de si mesmo em uma enorme estátua, semelhante ao que Nabucodonosor havia feito em Daniel 3. Todos eram obrigados a adorá-la sob pena de morte.

Lucas sentia a tensão no ar e se refugiava nas Escrituras para encontrar conforto e força: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Salmo 23:1). Ele decidiu limpar o jardim, acreditando que havia um propósito divino para seu trabalho.

Enquanto Lucas limpava o jardim, ele encontrou uma caixa antiga enterrada sob a terra. Ao abri-la, encontrou gravações em um antigo gravador de fitas, cada uma falando sobre a grande tribulação e as profecias associadas. As gravações falavam de um tempo de grande perseguição, da adoração forçada ao anticristo, e de um período de angústia e opressão.

“Ouça isto,” Lucas disse, chamando Luiza para ouvir a gravação.

Luiza, com uma expressão de preocupação, respondeu: “O que diz? O que está acontecendo?”

“Escute,” disse Lucas, ajustando o gravador.
A voz na gravação dizia: “Este é o tempo da grande tribulação. O Potentado se levantará e forçará todos a adorarem sua imagem. Aqueles que se recusarem enfrentarão a morte. Mas lembre-se, Deus está com os fiéis e a salvação está próxima.”

A sensação de estar sendo observado os inquietava, e Lucas orou por proteção: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus” (Isaías 41:10).