Capítulo 3: A Festa Privada e o Encontro

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Narrativa:

O convite para uma festa privada chegou por meio de Sofia. Um amigo de Lucas estava organizando e parecia ser um evento exclusivo. Elisa, embora um pouco hesitante, decidiu ir. Ela ainda estava se recuperando de seu passado, mas queria experimentar novas conexões.

Sofia: Elisa, essa festa vai ser épica. Prometo que vai ser diferente de tudo que já vimos.

Elisa: Eu confio em você, mas... vamos ver.

Narrativa:

Quando chegaram à festa, o ambiente estava longe de ser o típico caos de uma balada. A decoração era impecável, com luzes suaves, uma música no volume perfeito e uma atmosfera que exalava sofisticação. Elisa olhou ao redor, notando como tudo parecia cuidadosamente planejado.

Ela caminhava pelo salão, observando as pessoas ao redor. O som de risadas e conversas enchia o ar, mas nada disso parecia alcançá-la. Ela ainda estava se ajustando, quando esbarrou em alguém. O impacto foi suave, mas o suficiente para derrubar um pouco da bebida que segurava.

Ela ergueu os olhos e encontrou um homem de porte imponente e olhar tranquilo. Ele sorriu de maneira meio culpada, claramente sentindo a responsabilidade pelo pequeno acidente.


Pyetro: Desculpe, eu... não vi você aí.

Elisa: (rindo) Tudo bem. Eu estava distraída também.

Narrativa:  Quando seus olhos se encontraram, Elisa sentiu um arrepio passar por seu corpo. Não era apenas a surpresa do encontro inesperado, mas algo na maneira como ele a olhava, como se estivesse genuinamente interessado nela, e não apenas na confusão momentânea. Ele tinha um ar seguro, mas sem ser arrogante, e isso a desarmou de imediato.

Pyetro: (ainda sorrindo) Você é a Elisa, irmã do Lucas, né? Já ouvi falar de você.

Elisa: (com uma sobrancelha levantada, sorrindo) Depende... foram coisas boas?

Pyetro: (rindo) Somente as melhores, pode ficar traquila. Posso pegar outra bebida pra você? Ou que tal darmos uma volta e esquecer esse pequeno incidente?

Elisa: (olhando para ele, surpresa, mas intrigada) Parece uma boa ideia. E você é...?

Pyetro: Pyetro. Prazer em conhecer você, Elisa. 

Narrativa:   Os dois caminharam pelo jardim da festa, onde as luzes eram mais discretas e o som da música se misturava ao murmúrio distante das conversas. Elisa tentava manter uma postura relaxada, mas não conseguia ignorar o fato de que estava estranhamente consciente de cada passo que Pyetro dava ao seu lado.

Pyetro: Você não parece muito à vontade em festas grandes. Ou estou enganado?

Elisa: (sorrindo levemente) Você está certo. Não sou fã dessas coisas, mas Sofia... bem, ela adora arrastar as pessoas pra essas aventuras.

Pyetro: (rindo) Eu percebi. Lucas é igual. Sempre me chama pra essas festas, mas acho que prefiro momentos mais tranquilos. Como essa caminhada.

Elisa: Então somos dois.

Narrativa: Enquanto andavam, uma brisa suave passou por eles, e Elisa sentiu um conforto inesperado na companhia de Pyetro. Havia uma calma em sua presença que ela não sentia há muito tempo. Talvez fosse a forma como ele a observava, sem pressa, sem expectativas, ou talvez fosse o fato de que ele parecia respeitar o espaço dela, mesmo enquanto conversavam.

Elisa: (depois de uma pausa) Você me parece diferente dos outros amigos do Lucas. Mais... reservado.

Pyetro: Eu gosto de observar mais do que me jogar em tudo. Acho que isso me ajuda a entender as pessoas melhor. E você, Elisa? O que te traz aqui além da insistência da sua prima?

Elisa: (suspirando) Acho que... estou tentando mudar um pouco. Experimentar novas coisas. Já me fechei demais por muito tempo, e agora estou tentando... me abrir.

Pyetro: (com um olhar compreensivo) Todos nós precisamos de tempo pra nos reencontrar. Não se apresse em tentar mudar. Essas coisas acontecem aos poucos.

Narrativa:  Enquanto caminhavam, Elisa percebeu que, de alguma forma, ela estava se abrindo mais facilmente com Pyetro do que com qualquer outra pessoa que havia conhecido recentemente. Algo nele a fazia se sentir segura, como se ele a entendesse, mesmo sem precisar de grandes explicações.

A conexão que começou a se formar entre eles foi sútil, mas poderosa. O silêncio que compartilhavam não era desconfortável, mas carregado de significados não ditos. Elisa podia sentir o peso de seus próprios medos e inseguranças se dissipando, mesmo que apenas por alguns momentos.

Elisa: É engraçado... sinto que não te conheço, mas ao mesmo tempo, parece que você já sabe mais de mim do que muitos que estão na minha vida há anos.

Pyetro: (sorrindo de lado) Às vezes, tudo o que precisamos é de alguém que esteja disposto a ouvir, sem querer consertar ou julgar.

Narrativa:  A volta que deram na festa acabou sendo mais longa do que Elisa esperava. Ela não tinha ideia de quanto tempo havia passado, mas, ao final da conversa, sentiu algo novo florescer. Não era apenas o interesse de uma nova amizade ou atração, mas uma sensação de que Pyetro, de alguma forma, estava destinado a ser uma peça importante em sua vida.

E assim, enquanto voltavam para o ambiente animado da festa, Elisa sentiu que algo em sua jornada emocional havia mudado. Pyetro tinha despertado nela uma faísca de esperança, algo que ela pensou ter perdido há muito tempo.

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