capítulo 5

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*Depois das aulas*

-Zenitsu andava ao meu lado enquanto saíamos da escola, claramente aliviado por mais um dia ter terminado.-

Zenitsu: -andando ao meu lado- Bora pra casa, tô morto de cansaço...

Sn: -reviro os olhos- Cansado do quê? Você mal se mexeu o dia inteiro.

Zenitsu: -reclamando- Eu me mexi sim! Meu cérebro trabalhou o tempo todo tentando sobreviver às aulas chatas...

-Eu revirei os olhos mais uma vez, achando graça da constante reclamação dele.-

Sn: Você só reclama, Zenitsu. Vamos logo antes que a nossa mãe ache que estamos "gadionando".

Zenitsu: -rindo nervoso- Nem brinca com isso, vai que ela aparece do nada aqui...

-Enquanto andávamos juntos até o ponto de ônibus, o sol começava a se pôr, deixando o céu em tons laranjas e rosados.-

-O caminho de volta estava tranquilo, mas Zenitsu não conseguia ficar quieto nem por um minuto.-

Zenitsu: -olhando ao redor, inquieto- Será que amanhã vai ser igual? Eu nem sei o que esperar desses dormitórios... e se o Yuichiro me jogar da cama?

Sn: -rio- Ele não vai fazer isso, Zenitsu. Você só está exagerando. Ele parece sério, mas é de boa. Só não irrita ele com suas paranoias.

Zenitsu: -suspirando- Isso é mais difícil do que parece...

-Eu balancei a cabeça, ainda sorrindo. Meu irmão sempre encontrava algo para se preocupar, até com as coisas mais simples.-

SN: Relaxa, vai dar tudo certo. E, afinal, você tem amigos. E eu também vou estar lá, não esquece disso.

Zenitsu: -olhando para mim com um sorriso leve- É... ainda bem que você voltou do Brasil. Isso me dá um pouco de paz, sabe?

Sn:  Ah, Zenitsu... eu também senti sua falta. Vai ser divertido, você vai ver.

-Chegamos no ponto de ônibus, e enquanto esperávamos, um silêncio confortável tomou conta. Eu olhei para o céu, pensando em como minha vida tinha mudado desde que voltei do Brasil. Estava me adaptando novamente, mas com meu irmão ao meu lado, as coisas pareciam um pouco mais fáceis.-

-O ônibus finalmente chegou, e entramos, prontos para mais uma noite em casa.-

Zenitsu: -sentando-se ao meu lado no ônibus- Amanhã vai ser uma loucura...

-Assim que chegamos em casa, abrimos a porta e fomos recebidos por nossa mãe... amorosa e carinhosa, claro. Só que do jeito dela.-

S/m: -gritando da cozinha- CADÊ OS DOIS, HEIN?! DEMORARAM POR QUÊ?

Zenitsu: -sussurrando pra mim- Acho que estamos mortos...

Sn: -sussurrando de volta- Melhor nem falar nada.

-Antes que conseguíssemos dar mais um passo, nossa mãe apareceu na sala, com o famoso chinelo na mão, pronta para nos "receber".-

S/m: -olhando pra gente com aquela expressão de "vocês estão em apuros"- Então... me expliquem por que chegaram tarde! Espero que não tenham ficado gadionando por aí, né?

Sn: -rapidamente- A gente veio direto pra casa, mãe! Só demoramos porque o ônibus atrasou.

Zenitsu: -tentando ajudar, mas nervoso- Isso, isso! Foi o ônibus, juro!

S/m: -olhando com desconfiança- Hum... tá bom. Mas não esqueçam do que eu disse: notas abaixo de seis, e o chinelo entra em ação.

Zenitsu: -rindo nervoso- Nunca duvidei, mãe. Chinelo educador...

S/m: -com um sorriso vitorioso- Bom saber que vocês ainda lembram. Agora vão se lavar e venham jantar!

-Assim que nossa mãe se virou, eu e Zenitsu subimos correndo as escadas, quase tropeçando em alguns degraus.-

Zenitsu: -ofegante- Você acha que um dia ela vai parar de tentar nos matar com o chinelo?

Sn: -rio enquanto abro a porta do quarto- Acho que isso faz parte do contrato de ser mãe. Nunca vai parar.

Zenitsu: -se jogando na cama- Eu ainda sonho com o dia em que a gente não vai precisar correr mais…

Sn: -jogo minha mochila em um canto- Boa sorte com isso. Ela gosta muito do “chinelo educador”. É quase uma tradição de família.

Zenitsu: -rindo- Eu não sei se é pra rir ou chorar.

-Eu olhei para ele, rindo também. A nossa rotina com a nossa mãe era sempre assim — ameaças de chinelo, sustos, mas, no fundo, sabíamos que ela só estava cuidando da gente do jeito mais louco e amoroso possível.-

Sn: -suspiro- Amanhã começam os dormitórios... Será que estamos prontos pra isso?

Zenitsu: -olhando pro teto- Eu tô mais preocupado com Yuichiro me matando no meio da noite...

Sn: -rio- Se você não irritar ele, talvez sobreviva.

                       **depois**

-Eu e Zenitsu estávamos em nossos quartos, já nos preparando para dormir, quando ouvimos o som da porta se abrindo. Nossa mãe entrou, com o chinelo na mão e o celular na outra, sua expressão carregada de uma mistura de curiosidade e determinação.-

S/m: -abrindo a porta e entrando no corredor- Eu ouvi uma história muito interessante hoje... Algum de vocês pode me explicar isso aqui?

-Eu olhei rapidamente para o celular da minha mãe e notei que estava aberto no grupo da escola, onde a lista das duplas do dormitório estava sendo discutida. Meu coração disparou-

SN: -pensando- Fudeu, ela descobriu que vou dividir o quarto com um garoto...

S/m: -erguendo o celular- Então, minha filha, conta pra mãe o que está acontecendo aqui.

Zenitsu: -olhando para mim com um olhar preocupado- O que fazemos agora?

Sn: -tentando manter a calma- Mãe, não é nada demais. É só uma divisão de quartos para o dormitório. Não precisa se preocupar.

S/m: -com um olhar de desconfiança- É mesmo? Porque eu vejo que você vai dividir o quarto com um garoto... e eu não lembro de ter aprovado isso.

Sn: -suspirando- É só um colega de classe, mãe. Muichiro Tokito. Ele é bem tranquilo, e eu vou estar lá também. Não tem nada para se preocupar.

S/m: -com um olhar sério- Eu espero que você saiba o que está fazendo. E, Zenitsu, não pense que vai escapar só porque está no mesmo dormitório que o Yuichiro. Vou ficar de olho em vocês.

Zenitsu: -nervoso- Entendido, mãe!

S/m: -com um suspiro, guardando o celular- Vou confiar em vocês. Mas lembrem-se, a escola é para estudar e não para se meter em confusão. Agora, vão dormir.

-Ela saiu do corredor, e eu me deixei cair na cama, aliviada por ter conseguido convencer minha mãe de que não havia motivo para preocupação. Olhei para o teto e comecei a pensar no dia seguinte.-

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Tô sem ideias

A Luz Na Minha Vida (Muichiro×sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora