Capitulo 1

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 Alice acorda cinco minutos antes de se atrasar todos os dia,

mas hoje assim que ela abriu os olhos para mais um dia comum, sentiu que sairia do comum o'que lhe deu um ar e esperanças para começar logo o dia, pois não aguentava mais essa rotina de treinamentos e treinamentos e mais uma dose de treinamentos, ela é uma espiã e detetive renomada do Reino de Espadas, será possível que não há nenhuma missão para ela?! Só uma pequenininha, ou então uma bem grande, ela não se importa, tendo alguma coisa fora da sua rotina insuportavelmente entediante ela aceita, mesmo que ela acabe sem cabeça no final, ela já está quase a perdendo mesmo de tanto tédio.

Assim que se põe de pé ela prende seus cabelos loiros cacheados em um rabo de cavalo, veste uma calça de moletom, uma regata branca, seu tênis de treinamento e deixa seu dormitório da Academia de Investigação de Espadas.

Todos sabem que Espadas é um dos reinos do País das Maravilhas, assim como; Copas, Ouros e Paus. O que todos costumam dizer é que esse país que carrega o nome de "Maravilhas" na realidade é o mais caótico e confuso de todo o tabuleiro, cada parte dele vive de um jeito, comanda de um jeito e se veste de outro. "Como pode um só país se dividir em quadro e viver de maneiras tão distintas como se estivessem cada um em uma ponta do tabuleiro!" Eles dizem. "Quem?" Ela não sabe, mas alguém certamente diz, porque é a verdade, ou então se não tiver dito ao menos pensou.

Assim que passava pelos corredores da academia Alice percebia ou alucinava, que esse lugar se parece mais cinza do que ela se recordava, os corredores são todos da mesma cor, com espadas e adereços de batalha em prata pendurados pelas paredes, troféus, e de vez em quando um relógio, para avisar para as pessoas se já passou ou não da hora do chá. Ela ama Espadas, nunca ao menos saiu daqui para poder amar outro lugar, mas às vezes se pegava pensando como esse é um dos reinos mais céticos e menos sem cor do País das Maravilhas, é tudo tão prata, cinza e preto que às vezes ela até consegue esquecer que há mais que essas cores no mundo.

Chegando em frente a sala de treinamento que é repleta de grandes janelas de vidro com vista para a área externa da Academia, e que nesse horário da manhã onde nenhum maluco estaria acordado, o sol ilumina perfeitamente o local e a permite finalmente ver outras cores além de cinza.

Alice segue seu ritual matinal antes de começar a se exercitar, caminha até o bebedouro de chá gelado que fica ao lado de uma pilha de xícaras de diferentes formatos e tamanhos, lembra muito um bebedouro de água, mas é cha que sai quando ela pega uma xícara azul e pressionar o botão, leva a xícara até a boca e toma um gole do chá de sabor cereja.

—Para começar bem o dia. — Diz para si própria, joga a xícara no lixo ao lado do bebedouro e assim que a porcelana se quebra com o impacto ela vira e segue para se alongar em um dos tapetes que ficam bem perto das grandes janelas, assim ela já consegue sentir um pouco da luz do sol em sua pele que já um tanto abençoada pela melanina.

Enquanto se alongava Alice observa o lado externo da academia, a grama precisamente aparada, as árvores todas podadas no símbolo de Espadas, nenhuma flor, nenhuma folha fora do lugar, nada aqui é imperfeito, porém depende muito do seu conceito de perfeição, para Alice esse lugar é perfeitamente correto, mas não perfeito, longe disso, para ela o perfeito não tem sentido, tem algo mais incrível do que uma bagunça sem sentido? Ela acha que não, e você? Talvez seja porque esteja tão acostumada com tal perfeição que um pouco de caos a faça se sentir desacostumada e esse é o conceito perfeito dela, os desafios são sempre bem mais divertidos do que o monótono costume.

Alice se levanta e segue em direção a um armário de vidro que fica a esquerda da sala, onde é guardado as armas, adagas, espadas, arcos, machados e uma série de itens cortantes e lindamente perigosos em suas mãos, ela então abre o armário, escolhe duas adagas curtas de arremesso, e assim que fecha o mesmo, anda para o lado direito da sala onde em uma das únicas paredes que não são feitas de vidro se localizam vários alvos em tamanhos, formatos e alturas diferentes. Ela claramente decidiu começar pelo mais difícil o que tinha o formato de um coelho que estava a pouco mais de dois metros acima dela, porém para Alice nada é impossível, ela costuma pensar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã, pena que hoje ela ainda não comeu nada.

A garota decide que irá lançar uma de cada vez, então se posiciona com a coluna reta, olhos focados no alvo, o braço esquerdo que está com a primeira adaga que será lançada está erguido com o ombro e o cotovelo alinhados a mão acima do ombro segurando a lâmina, o outro braço erguido completamente reto para frente na altura do ombro, então quando ela decide que irá lançar, inspirar bem fundo olhando fixamente para o objetivo, e assim que solta o ar ela lança a arma invertendo a posição dos braços e a fazendo atingir bem o centro do seu alvo.

— Fácil. — Ela afirma sozinha, como se tivesse sido desafiada por alguém, mas na verdade foi a mesma que se desafiou.

Então algo de repente toma sua atenção, ela poderia jurar pela hora do chá que viu pelo canto do olho um coelho branco passar correndo do lado externo da Academia, mas animais são proibidos aqui dentro, menos, logicamente, os metamorfos, as pessoas do reino que se transformam em animais, mesmo assim elas não são permitidas de usar sua forma animal aqui dentro. Alice encara o lado de fora da academia como se algo fosse aparecer, ela ansiava para que aparecesse, queria parar o treinamento e sair correndo atrás de um coelho, um coelho rápido como se ele estivesse atrasado para algum tipo de compromisso, ela então ri sozinha dessa possibilidade.

Cavaleira das MaravilhasOnde histórias criam vida. Descubra agora