𝘾𝙖𝙥-4 𝙁𝙤𝙧𝙘̧𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙖 𝙘𝙤𝙣𝙫𝙞𝙫𝙚𝙧

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Era manhã cedo, e as cortinas ainda estavam fechadas, mas a luz já conseguia se infiltrar pelas frestas, atingindo os olhos de Jimin. Ele se levantou com uma expressão de descontentamento, pronto para começar mais um dia em sua nova "prisão". O loiro vestiu-se com seu usual traje social monocromático, sempre impecável, e saiu do quarto para descer e tomar café da manhã. Ao passar pela sala e chegar à cozinha, Jimin não havia visto Jungkook em lugar algum. Sentiu um breve alívio, pensando que talvez tivesse o sossego de uma manhã sem provocações.

Ele foi até a geladeira, pegou a gelatina que havia preparado no dia anterior, mas ao fechar a porta, levou um susto ao ver Jungkook parado ali, o observando com um olhar provocador.

━ Caralho!! Jungkook, seu merda, quer me assustar?" Jimin explodiu, o coração ainda dispardo pela surpresa.

Jungkook soltou uma risada sarcástica, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.

━ Que foi, hein? Tá com medinho, Jimin? Quer que eu chame a mamãe pra você?

━ Vai à merda! Vai arrumar o que fazer, você não trabalha? Jimin retrucou, irritado pela provocação barata.

━ O quê? Tá me chamando de vagabundo, Jimin? E você, não tem nada pra fazer não? Jungkook respondeu, o sarcasmo em sua voz evidente.

━ Ah, perdão, Senhor Jeon. Pois bem, como gostaria que eu te chamasse? Alteza? Ou filhinho de papai? Jimin replicou com desdém, seus olhos cintilando de raiva.

De repente, o rosto de Jungkook se contorceu em raiva. Ele deu um passo à frente e agarrou o pulso de Jimin com força, puxando-o para mais perto.

━Você acha que eu sou o quê? Seu irmão? Tá brincando com a minha cara, Park Jimin? ME DIZ! Sua voz subiu de tom, o olhar cheio de desprezo.

━ Se você não gosta de mim, tudo bem, mas aprende pelo menos a conviver comigo, seu moleque! É ISSO QUE VOCÊ É, UM MOLEQUE!.

com o pulso ainda preso na mão de ferro de Jungkook, sentiu a fúria subir por sua garganta.

━ Você acha que é o quê, Jeon? Quer saber o que você é? NADA! VOCÊ NÃO VALE MERDA!! Jimin gritou, empurrando Jungkook com força, se soltando da pressão em seu pulso.

Ele estava tão furioso que desistiu de comer. Pegou sua mochila e foi até a porta da frente, saindo e batendo a porta com um estrondo que ecoou pela casa.Enquanto Jimin marchava até o trabalho, o som da porta reverberou pela mente de Jungkook. Ele ficou parado por um momento, ainda com o peito subindo e descendo rapidamente pela adrenalina da briga.

━ Como meu pai quer que eu me case com um mimado que nem aquele lixo? Jungkook murmurou para si mesmo, sentindo o sangue ainda fervendo em suas veias.

━ Tudo porque aquele merda do pai do Jimin tá com dívidas gigantescas. Tudo por causa desse contrato de merda.

Jungkook socou a mesa, frustrado. O peso da responsabilidade que seus pais haviam colocado sobre seus ombros o sufocava, e o fato de Jimin ser a outra metade dessa equação desastrosa só piorava tudo. Ele não conseguia imaginar como seria sobreviver nesse inferno diariamente, especialmente com Jimin ao seu lado, alguém que ele havia desprezado desde sempre. Mas, por mais que odiasse admitir, estava preso naquela situação, e as brigas não estavam ajudando em nada. Contudo, a raiva e o ressentimento eram mais fortes, e, por enquanto, ambos preferiam seguir o caminho do conflito ao invés de tentar encontrar qualquer forma de paz.

Já na empresa do pai, a Park industries, Jimin estava tomado pelo ódio que ainda sentia por Jungkook. Isso estava escrito em seu rosto, tão claro quanto o dia. Seu humor era sombrio, e qualquer um que cruzasse seu caminho podia perceber a tensão que irradiava de sua postura.

Seu pai, Ji-hoon, entrou na sala com um monte de papéis em mãos, tentando manter uma expressão neutra. Ele já sabia que o assunto que precisava discutir com Jimin não seria nada fácil.

━ Continuam brigados, você e Jungkook, filho? Ji-hoon perguntou com cautela, tentando sondar o humor de Jimin.

Jimin não conseguiu conter a explosão de frustração.

━ AINDA, PAI?! VOCÊ AINDA PERGUNTA? É ÓBVIO! EU E AQUELE PEDAÇO DE MERDA BRIGAMOS OUTRA VEZ! Ele praticamente gritou, jogando a caneta que segurava sobre a mesa, os olhos ardendo de raiva.

Ji-hoon soltou um suspiro pesado, tentando manter a calma.

━ Filho, acalme-se. Precisamos disso, você sabe o quanto a situação da nossa empresa está complicada. Não estamos conseguindo ter lucros, e precisamos desse contrato. Preciso que você coopere.

Jimin passou as mãos pelos cabelos, tentando se controlar.

━ Eu sei disso, pai, mas não tinha outra maneira? Não podia ter feito acordos com outras empresas ou, sei lá, feito empréstimos?

━ Jimin, a resposta está bem na sua frente. Você sabe o vínculo que temos com a família de Jeon Jungkook. Ele é filho do maior chefe da máfia no momento. Eu não tive outra escolha a não ser assinar esse contrato. Filho, precisamos disso.

━ Okay, pai, eu entendi, Jimin respondeu, sua voz carregada de frustração.

━ Mas é tão difícil lidar com AQUELE MERDA!!

Ji-hoon colocou a mão no ombro de Jimin, tentando oferecer algum conforto.

━ Eu sei que é difícil, filho. Mas precisamos fazer isso dar certo. Esse contrato é a única opção que temos agora, a única maneira de salvar a empresa. Então, por favor, me ajude.

Jimin fechou os olhos, respirando fundo, tentando encontrar algum vestígio de paciência dentro de si. Ele sabia que seu pai estava certo, mas a perspectiva de ter que continuar convivendo com Jungkook era insuportável. Mesmo assim, por mais que odiasse a situação, ele sabia que não tinha escolha.

━ Tá, pai. Eu vou fazer o que eu puder," Jimin finalmente cedeu, mesmo que com relutância. "Mas não prometo que não vou querer socar aquele idiota de novo.

Ji-hoon sorriu, aliviado por conseguir pelo menos um pouco de cooperação.

━ Isso é tudo que eu peço, filho. Apenas tente.

Com um último olhar cansado para o pai, Jimin assentiu, já pensando em como iria lidar com mais um dia ao lado de Jungkook sem que as coisas saíssem completamente do controle.

𝐄 𝐚𝐢́ 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐚̃𝐨 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚? 𝐒𝐞 𝐬𝐢𝐦 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐯𝐨𝐭𝐨 ⭐ 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚 𝐌𝐔𝐈𝐓𝐎!! 𝐀 𝐬𝐚𝐛𝐞𝐫 𝐬𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚̃𝐨 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨. 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐦 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐧𝐨 𝟓 𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐯𝐞𝐦 𝐛𝐨𝐦𝐛𝐚! 

Entre Máfias e negócios: um casamento forçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora