Mal iluminação

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O quarto mal iluminado, com suas paredes úmidas e o cheiro de mofo, era um testemunho do terror que Wendy e Bela haviam vivido. Damon, com um olhar frio e calculista, desamarrava as cordas que as prendiam, seus dedos ágeis e implacáveis.

"Saiam pela janela. E não olhem para trás", sibilou, sua voz rouca e ameaçadora.

Wendy e Bela, ainda tremendo de medo, se levantaram cambaleantes. Sem hesitar, correram em direção à janela, seus pés batendo contra o chão de madeira apodrecido. A noite fria as envolveu como um abraço gélido, enquanto elas se esgueiravam pela escuridão.

O tempo parecia se esticar, cada segundo se transformando em uma eternidade. A corrida frenética de Wendy, marcada por uma dor lancinante em seu tornozelo, a fazia perder o fôlego. O sangue escorria por sua perna, tingindo o asfalto de um vermelho vivo. Sua visão começava a escurecer, e o mundo ao redor girava.

Bela, percebendo a gravidade da situação, segurou Wendy com força. "Aguenta, Wendy! Estamos quase lá!", gritou, sua voz carregada de desespero.

O hospital, com suas luzes fluorescentes e o cheiro de álcool e desinfetante, parecia um oásis em meio ao caos. Elas chegaram ofegantes, seus corpos exaustos e feridos. Wendy, sem forças, desabou no chão, seus olhos se fechando lentamente.

"Socorro!", gritou Bela, sua voz ecoando pelos corredores.

Médicos e enfermeiros correram para socorrer Wendy, a levando para uma sala de emergência. Bela, em choque, se sentou em uma cadeira, observando tudo de longe. Sua mente girava em um turbilhão de pensamentos. O que aconteceria quando Wendy acordasse? Seria capaz de lidar com o trauma que havia vivido? E o que Damon faria?

A incerteza e o medo a oprimiam, mas ela sabia que precisava ser forte. Wendy precisava dela. Ela precisava se manter firme, mesmo que o mundo ao seu redor estivesse desabando.

Entre a Luz e a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora