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Acordei com o som irritante do despertador tocando no meu ouvido

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Acordei com o som irritante do despertador tocando no meu ouvido. Mais um dia de escola, mais um dia vivendo essa maldita tortura que eu mesma criei. Minha primeira reação foi pegar o celular e abrir o TikTok. Claro, eu sabia que Karol não tinha respondido, sabia que provavelmente ela tinha ignorado minha mensagem como das outras vezes, mas, como uma trouxa, eu ainda tinha um fio de esperança. É, isso sou eu: Bia, a trouxa oficial.

Desbloqueei o celular e olhei para o perfil da Karol. Nada. Nenhuma resposta. Nenhuma reação. Nada de novo. "Puta que pariu, tô sendo uma idiota completa", pensei, enquanto a frustração começava a tomar conta. A verdade é que eu sabia desde o início que isso não ia dar certo, mas eu tinha que tentar, né? "Ou vai ou racha".

— Bia, vamo! — gritou minha mãe lá do corredor. — Se não levantar agora, vai se atrasar de novo!

Revirei os olhos e me forcei a sair da cama. Troquei de roupa de qualquer jeito, sem vontade nenhuma de encarar mais um dia. O grupo das meninas no WhatsApp já tava fervendo, como sempre. Giulia, Liege, Alice, Alicia e Maurien, todas tentando me animar, mas eu não conseguia parar de me sentir uma idiota.

Giulia: Bia, cê tá muito na bad ainda?

Liege: Mano, para de se torturar com essa mina! Ela já tá namorando, qual é a chance disso dar certo?

Alice: Ela vai te deixar na mão, Bia. Acorda pra vida, miga!

Alicia: Não é possível que você ainda tá nessa.

Maurien: Cara, tu tem que ser mais direta. Chega nela e fala logo o que sente, vai que dá certo.

Olhei para as mensagens e suspirei. Elas não entendiam. Ninguém entendia. Eu sabia que Karol tinha namorado, sabia que a chance dela me notar como algo mais do que uma amiga era mínima. Mas, porra, o coração não obedece à lógica, né?

Desci as escadas rapidamente, agarrando meu celular com força, como se isso fosse de alguma forma me dar coragem pra encarar o que eu sabia que ia ser mais um dia de merda. A caminho da escola, pensei em tudo. A forma como ela sorria nos vídeos, como falava com aquele sotaque fofo... Cada detalhe me fazia cair mais fundo nessa armadilha que eu mesma tinha armado.

Cheguei na escola com a cabeça a mil, mas fingindo estar bem, como sempre. O que mais eu podia fazer? Não ia mostrar pra todo mundo que eu tava na merda por causa de uma crush inalcançável.

— Bia! — gritou Alicia do outro lado do pátio. — Vem cá, mulher, para de pensar merda.

Ela sabia. Ela sempre sabia quando eu tava mal. Me aproximei delas, tentando sorrir, mas era óbvio que não enganava ninguém.

— E aí, já mandou outra mensagem? — perguntou Giulia, já sabendo a resposta.

Suspirei, passando a mão pelo cabelo.

— Mandei, né? E adivinha... Ela me ignorou de novo.

— Tá vendo? — disse Alice, batendo na minha cabeça de leve. — Para de ser trouxa, Bia. Você tá cavando sua própria cova.

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⏰ Última atualização: Sep 16 ⏰

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