Por um momento - Chicago MED

Capítulo Único

Era um dia calmo no MED. Sarah estava sozinha no consultório do Dr. Charles, mergulhada na tarefa de finalizar alguns relatórios que precisava entregar. Sua concentração era total, mas, de repente, sua mente começou a vagar.

Ela se viu revivendo momentos intensos com Connor. Era um período significativo para eles, o relacionamento estava se transformando de formalidades para algo profundamente íntimo.

Sarah havia se entregado a Connor de corpo e alma. Embora o amor que sentia por ele a assustasse, não havia mais volta. Ela era dele, e ele era dela.

De repente, o silêncio foi interrompido por uma batida na porta. Sarah levantou o olhar, espantada.

— Pode entrar — disse, olhando para a
entrada.

A porta se abriu e Connor entrou, com um sorriso no rosto.

— Oi, que bom que te encontrei — ele disse, caminhando em direção a Sarah.

— Connor? Como você me encontrou aqui? — Sarah perguntou, surpresa.

— A Maggie me contou que você estava aqui, então decidi vir te procurar. Estou morrendo de saudade — Connor respondeu, aproximando-se dela.

Sarah sorriu, seu coração acelerado.

— Eu também estou morrendo de saudades, mas precisamos ser cuidadosos. Lembra do que conversamos?

— Eu sei, mas você não foi para a minha casa ontem, e eu não estou aguentando ficar longe de você — Connor confessou, com um olhar ansioso.

Sarah sentiu o peso das palavras e o desejo que a unia a Connor, mesmo com as precauções que precisavam tomar.

Connor estendeu a mão e, com delicadeza, puxou Sarah para ajudá-la a se levantar do lugar onde estava sentada. Assim que ela ficou de pé, ele a envolveu pela cintura com firmeza e, num impulso, a puxou para mais perto, selando os lábios dela com um beijo intenso.

Era um beijo carregado de urgência e desejo. As línguas de Connor e Sarah se encontraram, movendo-se em uma dança compassada, intensa. Sarah, tomada pelo momento, afundou os dedos nos cabelos dele, puxando-o para mais perto.

Connor, em resposta, deslizou a mão por debaixo da blusa dela, apertando sua cintura com força, puxando-a para si, como se o espaço entre eles já fosse insuficiente para o que sentiam.

— Ei — disse Sarah, interrompendo o beijo e ofegante — Isso não vai dar certo, Connor. Alguém pode entrar aqui e nos pegar. É a sala do Dr. Charles, ele pode chegar a qualquer momento.

— O Dr. Charles está na emergência, cuidando de uns casos. Pedi ao Will que me avisasse assim que ele saísse de lá — Connor respondeu, sem hesitar, enquanto deslizava os lábios pelo pescoço de Sarah.

— Tá, mas e você? Não devia estar na cardiologia? — Sarah colocou as mãos no rosto dele, forçando-o a encará-la.

— Amor, estamos esperando um paciente para um transplante. Vai demorar algumas horas até ele chegar. Até lá, sou todo seu — Connor respondeu com um sorriso provocante, tentando acalmá-la.

— Connor... — Sarah murmurou, incerta.

Ela queria se entregar ao momento, o desejo pulsava em cada fibra do seu corpo, mas o medo de serem pegos a segurava.

Connor tinha uma reputação de mulherengo no hospital, e mesmo assim, contra todas as suas expectativas, ela se apaixonou por ele. Já estavam juntos há dois meses, mas apenas algumas pessoas no MED sabiam disso.

Sarah havia pedido um tempo a Connor para que pudessem assumir o relacionamento publicamente. Alguns já desconfiavam, claro, mas, até então, era mantido em segredo.