— Venator obscurum ou whistleblower, significa traidor obscuro ou delator noturno. — quando Edgar ouviu o significado, sabia que Bruce já tinha a direção de Atílio, ele olhou para Atílio.
— Ele sabe quem é você! — disse seco e sem meias palavras. — Ela precisa saber, vou deixar vocês. Amo vocês meus filhos, Cris cuida dele, e Atílio se precisar me liga.
Cristina vê o sogro deixar a sala e olha para o marido, Atílio estava com a boca seca, seu coração pulsava mais forte, sabia que teria que contar a verdade para ela, toda a verdade. Ela estava caminhando para o encontro dele quando Raquel a chamou.
— Aí estão vocês, ah oi Atílio. — disse ela revirando os olhos. — Pensei que estava fora, bom, espero você na sala Cris.
— Ela ainda está brava comigo por deixar você sozinha à noite quando estou trabalhando? — falou abraçando e beijando o pescoço dela.
— Raquel é assim depois ela fica bem, vou a uma galeria com ela, volto para o jantar, quer ir junto ou sair para jantar depois? — ela perguntou, mas sabia a resposta dele.
— Vou sair daqui a pouco, tenho um assunto para resolver no departamento, meu pai vai para lá também junto com o Comissário Federal, mas volto para jantar, quer pedir algo especial para hoje?
— Hum, gostei disso... — ela murmurou, provocativa. — Que tal você e um dos nossos brinquedinhos hoje? Só você!
Atílio sorriu com os olhos brilhando de malícia. Antes que ele pudesse responder, Cristina o beijou novamente, dessa vez com mais intensidade. Ele a segurou pela cintura, puxando-a para mais perto. Quando os lábios finalmente se separaram, ela soltou um gemido suave.
— O assunto é sobre o "Venator obscurum" — ela disse, respirando fundo para retomar o controle. — Por que seu pai quer que fale comigo sobre isso?
Atílio deslizou a mão pelo rosto dela, seus olhos mostrando uma mistura de mistério e preocupação.
— Falamos sobre isso depois, quando você voltar. — Ele a olhou de um jeito que só ele sabia fazer, aquele olhar que a deixava completamente rendida. — Vou fazer uma surpresa para você no nosso quarto, e aí conversamos sobre isso.
Ele a beijou novamente, dessa vez com uma paixão que fez Cristina gemer de novo, mais manhosa, os dedos dele apertando suavemente sua cintura.
— Agora vai e se divirta. Amo você! — Cristina riu, tentando se recompor.
— Uff, até fiquei com calor agora... Está bem, mas coloca um vinho para gelar. — Ela deu um sorriso travesso e se afastou, sentindo ainda o calor daquele momento, envolvendo-o em um abraço caloroso. Ela se inclinou para beijá-lo, os lábios se encontrando com uma mistura de carinho e desejo.
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Naquela tarde, Cristina e Raquel estavam empolgadas para a tão aguardada exposição de arte. Raquel, sempre animada, já esperava por Cristina na porta de casa. Atílio, que havia saído pouco antes, voltou para casa mais cedo do que o previsto, e se refugiou em seu escritório, como fazia às vezes quando queria refletir em silêncio.
