No Complexo Do Vidigal

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Gabriella

Eu andava por aquele lugar e parecia que eu nunca ia sair dali, parecia um labirinto.

Ouço um barulho estranho  e quando olho pra trás vejo duas motos vindo muito rápido em minha direção logo tento correr mas foi em vão, paro e me encosto na parede.

A moto que vinha em alta velocidade freia assim que eu encosto na parede.

- Tá assustada? - Olho e era m o Kv que ria da minha cara a Layla me olhava com cara de quem queria rir

- Certamente essa não é a hora de vocês rirem da minha cara - Eles ficam sérios mas dava pra perceber que queriam rir

- Vamo pra boca, chama o talibã e quem mais precisar, Lucas pode tá na prisão uma hora dessa - Subo na garupa da Layla e arrancamos pro morro

Chegando no morro e tudo tava quieto, subimos direto pra boca e o talibã tava lá já, algumas pessoas chegavam junto com a gente

- Que foi hein Gabriella? Depois da sua festa de casamento eu tô morto, espero que tenha um motivo muito bom pra ter me chamado - eu cruzo os braços

- Posso falar agora Sr. Reclamão? - ele afirma com a cabeça - Gl tá com a polícia

Talibã levanta da cadeira e da mó tapão na mesa, o que acorda geral que tava brisando ali

- Como Gaby? - Ele falava com uma voz de quem tava bem puto

- A gente tava saindo da festa aí eu tinha percebido que tinha alguém seguindo a gente - Eu começo a gaguejar com a vontade do choro chegando - Aí ele me deixou na viela e - Eu começo a chorar e me sento na cadeira com a mão no rosto - E sumiu

- Calma Gaby, nois vai achar ele fica sussa - o Talibã me da um abraço

- Quero todo mundo atrás do Gl sem corpo mole carai, fica de olho na polícia eles vão se manifestar - Todos concordam e vão fazer o que podem pra achar o Gl

- Vc vai pra casa Gaby - o Talibã fala

- Mas eu quero ajudar, e se vocês precisarem de mim? - Talibã coça a cabeça

- Onde vocês tavam quando a polícia apareceu? - Talibã senta e fica me olhando

- Perto da rocinha - Talibã se levanta

- Valeu Gaby, agora vai pra casa o que vc podia ajudar vc ajudou - Eu só saio da sala sem falar nada

Minha cabeça só vinha o Lucas, eu tava morrendo de medo de algo ter acontecido com ele, caso a polícia não tivesse pegado ele já tinha se manifestado, pelo menos eu acho.

Me deito na cama e na hora sinto o cheiro do Lucas, as lágrimas descem e logo eu adormeço

- Vida, acorda a Maya tá mal - Eu pulo da cama ao ouvir a voz do Lucas

- Era só um sonho - Eu coloco a mão na cabeça e choro

- Gabriella - ouço alguém me chamar

Desço as escadas e vejo o Kv e a Layla

- Já sabem algo do Lucas? - Ele balançam a cabeça que não - Pelo amor de Deus onde ele tá, eu não aguento mais.

- A gente achou o carro dele Gaby - Eu olho pra eles

- Ele não deve tá com a polícia, se não já tavam com o carro dele - Eu me sento

- Isso não é bom né? - o Kv se senta do meu lado

- Vai ficar tudo bem Gaby, nois vai achar o Gl - ele me dá um abraço e a Layla se junta também

Eles vão embora e eu fico na sala olhando pro nada, tava tudo muito bom a gente tava no nosso casamento e tava tudo dando certo.

Acredito que tudo vai dar certo, nosso final não vai ser assim tão incerto.

Eu precisava de forças e preciso cuidar da minha família, preciso cuidar da Maya e do Gustavo.

Eu fui até a casa da Layla e peguei o Gustavo e a Maya, o Gustavo ainda não sabia que o pai dele tinha desaparecido, muita gente não sabia inclusive a mãe do Gustavo.

- Tia Gaby, cadê o papai? - o Gustavo me perguntou e eu fiquei meio pá

- O papai teve que fazer uma viagem de emergência, mas daqui a pouco ele volta tá amor? - Ele só concorda e continua andando

A Maya ainda é pequena e não entende as coisas então ficou quietinha, eu agradeci

Ao chegarmos em casa, os dois dormiram eu fiquei rodando pela galeria e vendo minhas fotos com o Lucas, só preciso de um "Oi estou bem, eu vou voltar, fica bem meu amor".

Eu amo esse homem, jamais suportaria ficar mais tempo sem falar com ele.