Tom Schaar - parte ¹

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- Eu definitivamente não consigo compreender o que essas garotas veem nele - Palmer decidiu que seria uma boa comemorar a sua medalha de ouro em algum barzinho de Paris, confesso que fiquei animada com a ideia de sair da rotina de treinos e me div...

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- Eu definitivamente não consigo compreender o que essas garotas veem nele - Palmer decidiu que seria uma boa comemorar a sua medalha de ouro em algum barzinho de Paris, confesso que fiquei animada com a ideia de sair da rotina de treinos e me divertir com meus amigos. Só tinha me esquecido que Tom Schaar também era um dos medalhistas dessa olimpíada e amigo de Keegan.

   Eu e Tom nunca nos demos bem, ele é tão infantil e sempre implicou comido por tudo, e como uma boa brasileira e sem paciência eu sempre revidei. Tom sempre foi cheio de garotas a sua volta, e por algum motivo desconhecido, isso tem me incomodado ultimamente.

- eu acho que você só queria estar no lugar delas - Augusto tira os olhos da sua medalha por alguns instantes e olha na direção em que eu observava

- você está ficando maluco, acho que passou tempo demais olhando a sua medalha e de alguma forma isso afetou o seu cérebro - digo o olhando e tomando um gole da minha água. Eu acho que já bebi o suficiente por hoje.

- Assume logo, Lia.

- Assumir o que? - Eu reconhecia muito bem essa voz e esse perfume tão enjoativo. Tom.

- ela tá gostando de um garoto e não quer assumir isso pra ele - Augusto diz isso com um sorriso de canto e simplesmente sai - tchau Lia, tchau Tom, se divirtam com consciência, por favor - ele teve o atrevimento de lançar uma piscadinha na nossa direção e então eu o perco de vista.

- então a cachinhos está apaixonada? - eu acho que odeio quando ele me chama assim. - quem é o azarado?

- Talvez eu esteja - me levando para sair - mais isso não é da sua conta, Schaar.

   Vou saindo daquele lugar abafado, Palmer escolheu um bar extremamente lotado. Vou seguindo por um corredor até chegar a um sacada e a vista era simplesmente espetacular.

   O cheiro de cigarros, bebidas, perfumes e o som alto vão ficando mais fracos. O que eu agradeço, isso tudo estava me causando um bela dor de cabeça.

- você está linda - me viro em direção a voz, com um sotaque francês maravilhoso - o seu vestido combina com seus olhos, senhorita...

- Giulia. Obrigada! - devo admitir, franceses são lindos - gostei da sua camisa, senhor... - o fato dela estar toda aberta colabora com isso, mais não vou dizer a ele.

- Pierre, obrigado! Aceita um drink? - ele me ofereceu o que estava em suas mãos, chegando mais perto consecutivamente

   Eu disse que não iria mais beber por hoje, mais não dá pra negar algo a um cara como esse

- é claro, por que não? - pego o copo que estava em suas mãos levando até os meus lábios, percebo que ele vai acompanhando todos os meus movimentos e se movendo para mais perto de mim.

   Estavamos próximos o suficiente, sinto os seus dedos tocarem a minha cintura e a sua outra mão ir de encontro ao copo que estava comigo, colocando os em uma mesa ao lado.

   A varanda não estava vazia, tinha algumas pessoas fumando ao lado, mais acho que estavam ocupadas demais para perceber a gente.

   Os seus lábios estão encostados no meu, quando vou pedir passagem com a língua eu consigo ouvir a irritante voz de Tom Schaar ao nosso lado.

- então era ele, lia? Esperava alguém mais bonito - Tom nos olha com um sorriso nos lábios, e que sorrio irritante.

- Qual é a sua cara? Não está vendo que está atrapalhando aqui? - Pierre se afasta de mim e vai pra cima de Tom o empurrando.

   Isso definitivamente não vai ser bom.

   Eu nem percebo o momento exato, mais quando olho Tom já está encima do cara o socando.

- TOM! - vou pra cima dele o empurrando para o lado, talvez isso tenho sido um péssima idéia. Já que no reflexo da briga, Pierre acaba por acertar um soco no meu rosto.

- SEU FILHO DA PUTA - não achei que Tom poderia se irritar tanto, mais antes dele ir pra cima novamente eu o seguro prendendo ele ao chão.

- Está tudo bem, Schaar! Não se preocupe - digo o segurando com um mão e a outra fazendo pressão no meu rosto, saia sangue do meu nariz e dos meus lábios. Ambos cortados por causa do soco.

   No meio dessa gritaria e socos, os casais que estavam ao lado perceberam e vieram tirar o Pierre dali, provavelmente são amigos.

- vamos embora, Pierre - um garoto ruivo o puxava pra longe enquanto ele xingava todos a sua volta.

- você está bem? - Tom segurava meu rosto, me virando para si.

- Temos que cuidar desses ferimentos.

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