Hermione não poderia imaginar que uma noite de luxúria com um desconhecido iria acabar lhe deixando grávida. Ainda mais que quase onze anos depois ela iria descobrir que o pai do seu filho, era o Príncipe da Inglaterra.
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Draco correu pelo corredor, com o som inconfundível da voz de Adhara ecoando atrás dele. Sua avó estava em um de seus piores dias, e não havia um canto do palácio que ela não tivesse vasculhado em busca de aliados para sua causa: convencer Abraxas a desistir da ideia de enviá-la para a Irlanda.
— Draco, Draco, cadê você?
— Velha chata! — resmungou para si mesmo enquanto corria ainda mais para longe dela, que parecia um fantasma atrás dele. Com o coração acelerado, ele olhou para os lados e viu uma porta entreaberta. Sem pensar duas vezes, escorregou para dentro. Ao se virar, deu de cara com um grupo de rostos familiares, todos olhando para ele com surpresa. Lá estavam Bellatrix, Andrômeda, Ninfadora, Narcisa e Lucius, todos amontoados em meio aos sacos de farinha e potes de especiarias.
Eles estavam na despensa.
Como conseguiram encontrar aquele lugar no palácio?
— Ah, então vocês estavam aqui enquanto aquela louca estava atrás de mim. — Draco exclamou, ofegante e irritado. — Eu deveria ter adivinhado.
— Você acha que somos tolos? — Bellatrix sussurrou com uma expressão de puro cansaço. — Estamos nos escondendo há horas.
— Ela não desistiu? — Ninfadora perguntou esperançosa vendo Draco negar. — Achei que tinha resolvido isso.
— Resolver? Ela quer que eu faça algo contra uma ordem do rei e sinceramente quero ela bem longe daqui, eu não estou determinado a se juntar a essa causa.
— Ela que é uma pessoa determinada. — resmungou Andrômeda.
Depois de vários minutos todos os presentes se acomodaram no chão da despensa ouvindo a voz de Adhara que parecia ecoar pelo palácio como uma maldição.
— Não podemos continuar assim. Precisamos encontrar uma solução definitiva. — Narcisa disse com um olhar sério. — Ou acabaremos todos internados junto com ela.
Lucius, que mantinha uma expressão exasperada, levantou uma sobrancelha e falou em um tom de sarcasmo contido:
— Talvez devêssemos apenas acorrentá-la e despachá-la diretamente para a Irlanda.
— Isso seria uma solução, mas não das mais práticas. — Bellatrix riu, balançando a cabeça.
Draco suspirou apoiando a cabeça contra a parede.
— Ela está insuportável. Nem Scorpius está conseguindo lidar com ela, e olha que ele tem muito mais paciência do que eu ou impaciência, sei lá.
Narcisa olhou em volta, sua expressão se iluminando repentinamente enquanto uma ideia se formava em sua mente.
— Já que não temos como evitar a viagem dela para a Irlanda, precisamos transformar isso em uma celebração que faça sentido para ela. Uma ocasião que torne a viagem inevitável e ao mesmo tempo irrecusável.
