Estas chamas em meus olhos; a multidão se perde nela, e eu fico calado. Aquele que engole sangue e se balbucia da sua própria raça.
Sou um Deus faminto, vazio, sem origem. Sou frio e não gosto disso. Não posso matar esse Deus introspectivo que se reflete em pedaços de vidro.
Eu me perco neste labirinto de vozes quando sinto-me superior a eles por ouvir tudo sozinho.
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Sangue é a resposta, perfurada de um peito anônimo. Minha oração foi respondida, de um jeito cômico.
Desta vez eu derramei lágrimas e percebi que nada poderia doer; rasguei seu peitoral até chegar no coração. E nele aspirava toda galáxia, vinho e minha casa ensanguentada. Percebi o quanto minha vida é amaldiçoada.
Tudo é incompleto: as palavras, as poesias, as pessoas. Somos Deus: incompletos, assassinos, insatisfeitos.
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Carnaval Horizontal
PoesíaCarnaval Horizontal é um conjunto de fardos escritos sobre um cidadão chamado "Julien" em seu auge da vida adulta.