Sempre foi você...

Prólogo

Cidade do México - México

O tempo passava, algumas vezes lentamente, e outras, rápido demais, só que a medida que ele ia passando, Matilde não tinha certeza do que queria da sua vida, ainda mais tendo sentimentos tão confusos com relação ao Carlos e ao Jerónimo. O Jerónimo era casado, já o Carlos, ela ainda pensava que fosse gay, na realidade, ela queria acreditar nisso para não lhe dar uma chance de verdade, e consequentemente não acabar sofrendo por ele. Só que uma mulher havia entrado na vida de Carlos, ela se chamava Vanessa Martins Bracho, ela era linda, sexy e parecia realmente interessada no Carlos. Matilde se sentia estranha, como se estivesse com ciúmes dele com a nova namorada, mais uma razão para ela querer viajar o mais rápido possível para Paris, com, ou sem a Roberta.

Matilde estava saindo com sua melhor amiga, a Roberta, que havia deixado sua filha aos cuidados de Regina, enquanto tentava se distrair um pouco dos últimos acontecimentos em um barzinho com a Matilde, sua melhor amiga. O barzinho tinha uma vibe legal, uma boa energia mesmo, tanto que, Roberta e Matilde finalmente conseguiram relaxar depois de várias semanas difíceis, por assim dizer.

- As vezes penso que tudo que aconteceu não passou de um sonho ruim - Diz Matilde - De um pesadelo terrível mesmo daqueles de deixar traumas permanentes.

- Pesadelo esse que tá muito longe de acabar, Tilde - Começa Roberta - E eu melhor do que ninguém, sei disso.

- Você me parece mais tensa do que o normal, quase nem bebeu do seu coquetel de frutas, tem certeza de que tá mesmo tudo bem contigo?

- Digamos, que eu tenho lá os meus momentos - Ela suspira - Mas em um modo geral, até que estou bem.

- Talvez Isis mude quando nos mudarmos para Paris - Ao menos era nisso que ela acreditava - Mal vejo a hora de viajarmos, só espero que não tenhamos que adiar mais uma vez a nossa viagem, Roberta.

- Não sou a única que não parece lá muito animada com essa viagem - A observa bem - O que tá acontecendo com você, afinal?

- É a namorada do Carlos, por alguma razão, eu não consigo gostar nem um pouco dela, não a acho boa o bastante pra ser uma boa madrasta para a filha dele.

- Isso me cheira a ciúmes - Diz Roberta, sorrindo - Só agora que ele tá namorando sério, você percebeu que é afim dele, pensei que esse tipo de coisa só acontecesse em novela.

- Mas e o Rafael e você?

- Sem comentários, ele e eu não estamos em discussão agora. Ele mentiu pra mim, e dele eu só quero distância.

- É uma pena, porque vocês se gostam de verdade, apesar de viverem em pé de guerra, pior que cão e gato.

- O Rafael é um idiota, e não é só isso, tem o lance dele ser meio irmão mais novo do Jerónimo - Ela pensa um pouco no assunto - Temos só a Tininha em comum, e nada mais. Mas enfim, não estamos falar aqui para falar de mim, tão pouco sobre o Rafael, mas sim sobre o Carlos e você.

- Você fala de mim e dele como se fossemos um casal - Suspira - Mas acontece que o Carlos e eu somos apenas bons amigos, e nada mais.

- Se fosse assim você não teria transado com ele.

- Roberta, por favor, não vamos falar sobre isso, que eu fico envergonhada.

- A verdade é que você ama o Carlos, só não admitiu isso ainda, principalmente para si mesma.

- Estamos falando do Carlos e de mim, ou do Rafael e de você, Roberta?

Honório e Constança estavam cada dia mais apaixonados um pelo outro, e felizes com a família linda que tinham, duas filhas maravilhosas e três netos lindíssimos e cheios de doçura. Eles não tinham do que se queixar.