Passageiro Sombrio

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O sol da manhã em Paris filtrava-se através das cortinas do estúdio de Carolina, transformando o espaço em um ambiente vibrante. As paredes brancas do apartamento estavam adornadas com pinturas e esboços, refletindo sua jornada artística e emocional. Carolina estava profundamente envolvida em seu trabalho, concentrando-se na criação de uma nova peça para uma exposição que se aproximava.

Enquanto Carolina aplicava as últimas pinceladas em sua tela, seu telefone vibrou sobre a mesa. Ela olhou para a tela e viu o nome de Alexandre. O retorno dele à sua vida era uma mistura de esperança e incerteza, e ela sabia que precisava enfrentar a situação com cuidado.

Carolina (atendendo o telefone, com uma voz cautelosa):
— Olá, Alexandre.

Alexandre (com um tom de voz esperançoso):
— Bom dia, Carolina. Estava pensando em você e gostaria de encontrar com você hoje. Tenho algo importante para te mostrar e quero passar um tempo com você.

Carolina (tentando manter a calma):
— Claro, Alexandre. Onde você gostaria de nos encontrar?

Alexandre (com uma leve hesitação):
— Que tal um café perto do Sena? Acho que seria um ótimo lugar para conversarmos e recomeçarmos.

Carolina aceitou, embora sua mente estivesse repleta de dúvidas. O passado com Alexandre ainda estava fresco em sua memória, e a ideia de reatar uma relação era simultaneamente atraente e assustadora.

O Encontro no Café

O café escolhido por Alexandre era um lugar encantador e acolhedor, típico de Paris, com mesas ao ar livre e uma vista deslumbrante do Sena. O aroma de café fresco e o som das conversas ao redor criavam uma atmosfera agradável, mas Carolina não conseguia se livrar da sensação de apreensão.

Quando Carolina chegou, Alexandre estava sentado à mesa, olhando para a rua com um sorriso nervoso. Ele se levantou ao vê-la, seus olhos brilhando com uma esperança ansiosa.

Alexandre (com um sorriso gentil):
— Olá, Carolina. Que bom te ver. Espero que tenha gostado do café.

Carolina (sentando-se e tentando sorrir):
— Oi, Alexandre. Parece ótimo. O que você queria me mostrar?

Alexandre (pegando a mão dela suavemente):
— Eu queria te mostrar que estou comprometido em fazer as coisas certas. Eu refleti sobre nossos erros passados e quero te provar que mudei.

Carolina (com uma expressão de dúvida):
— Eu aprecio o gesto, Alexandre, mas preciso ver ações concretas, não apenas palavras e presentes.

Alexandre (com um tom sincero):
— Eu entendo, Carolina. É por isso que quero te mostrar algo que simboliza meu compromisso.

Alexandre tirou uma pequena caixa de presente de sua bolsa e a abriu, revelando um elegante colar de ouro. Ele esperava que o presente fosse um símbolo de sua dedicação e desejo de recomeçar.

Alexandre (oferecendo o presente):
— Este colar é um símbolo do meu desejo de reconstruir nossa relação. Espero que possamos começar um novo capítulo juntos.

Carolina olhou para o colar, um presente bonito, mas seu olhar estava carregado de dúvida. Ela sabia que Alexandre tinha uma habilidade especial para encantar com gestos e palavras, e estava ciente de que precisava ser cautelosa.

Carolina (tentando ser honesta):
— É um presente lindo, Alexandre. Mas, por favor, entenda que eu preciso de mais do que isso para acreditar que as coisas podem mudar. Preciso ver ações reais.

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