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Gabriela 🍃
Copacabana, Rio de Janeiro.

Sentada em frente à praia, levo um petisco de carne até a boca, olhando em volta, vendo que só tinha algumas pessoas espalhadas pela areia. Respiro fundo, quando o vento vem forte em minha cara, fazendo com que os fios dos meus cabelos atrapalhem minha visão. Afasto um pouco dos meus olhos, sentindo a brisa boa do mar.

Havia se mudado para o Rio de Janeiro recentemente, pois minha mãe não curte sua própria companhia, é muda de namorado a cada mês que se passa. Uma verdadeira loucura, até eu nunca namorei o tanto que a mesma.

Assim que viemos para cá, ela já veio com esse suposto namoro. Para mim, iria ser um homem com a vida normal, assim como todos os outros que passaram pela vida dela, mas não, ela se casou logo com um dos maiores traficantes, procurado, do Rio de Janeiro. Victor Duarte, mais conhecido como Duarte.

No começo, não queria aceitar, pois via muitos casos na TV que passavam sobre o que eles faziam com suas mulheres, e para mim, o fim dela seria o mesmo das outras. Mas com minha mãe, o Duarte mostra ser diferente, e com o tempo fui aceitando ele.

Até porque minha mãe não iria sair de um relacionamento que está fazendo ela bem, só porque a filha dela não aceitava que a mesma estava casada com um traficante, e não queria deixar ela ser feliz com quem ama.

Uma coisa que o Duarte deixou bem claro para mim, desde o começo, foi que: não era para mim se assustar com a maneira dele tratar as pessoas de fora, pois ele tem que manter a postura e não ficar de risinho para qualquer pessoa como ele é com a gente em casa, porque se ele deixar, pisam em cima dele.

Nem me importei com isso, até porque o que importa é como nós somos tratadas, não as pessoas de fora.

Levantei, pegando meu par de havaianas e dei uns tapinhas na minha bunda para tirar a areia que estava no meu short. Preciso tomar um banho urgente.

Como meu apartamento fica de frente para a praia, não gastava muito para chegar em casa. O ruim mesmo só é o trânsito que demora horrores para acabar, mas estava tudo tão calmo, que até estranhei.

Andei até em frente em uma conveniência, que era onde ficava o sinal, e assim que ficou verde, saí andando tranquilamente, até porque não tinha nem um louco para vir e passar por cima de mim.

Cheguei na portaria do condomínio, e fui cumprimentar o porteiro para ele liberar minha entrada.

Gabriela: Boa tarde, senhor, Rafael. Como o senhor está? - perguntei, como de costume.

Rafael: Boa tarde, minha filha, estou ótimo, graças a Deus. Agora, vem cá, antes de você subir, quero lhe contar uma situação que aconteceu comigo.

Falei que ele poderia contar, é o mesmo começou.

Rafael: Bom, estava aqui como de costume, fazendo meu trabalho, como você sabe e vê, até que chegou uma senhora, não muito velha, pedindo para eu liberar a entrada dela no seu apartamento, só que você não estava em casa, então não liberei. Mas a mulher começou a fazer um maior escândalo aqui na frente, puxou até o revólver para mim, que não teve jeito e liberei a entrada dela, mesmo sendo um erro meu.

Quando ele falou isso, não acreditei. Como uma pessoa com quem você só fala por vezes, pode liberar a entrada da sua casa por uma ameaça?

Gabriela: O senhor não tem o direito de fazer isso, Rafael. Deixar uma desconhecida entrar na minha casa, sem minha permissão, não sabe nem se ela está querendo fazer algum mal contra mim! - disse com ódio, não tem condições, uma coisa dessas. - É agora, onde essa mulher está?

Não iria jogar minha raiva toda contra ele, porque se fosse eu no lugar dele, faria o mesmo ou até pior, mas isso não vem ao caso.

Rafael: Calma, Gabi, não precisa disso não, relaxa! Mas só digo uma coisa, pelo que vi por aqui, ela continua lá no seu ap. No momento em que ela chegou, pensei até em chamar a polícia, mas fui ameaçado pela mesma.

Nem respondi a ele, apenas o empurrei para sair do meu meio e saí correndo até meu apartamento. Orando para estar tudo bem.
Assim que cheguei em frente à minha casa, escutei um barulho vindo da TV e pensei logo no pior, mas assim que abri, dei de cara com minha mãe, sentada no sofá, e fui até ela. 

Gabriela: O que aconteceu com a mulher, mãe? A senhora está bem? - perguntei eufórica, vendo ela me olhar com o cenho franzido.

Amanda: Que mulher, garota. É, eu estou bem, sim, ótima! Mas agora me conta aí, que mulher é essa? 

Gabriela: Como assim, a senhora não sabe? O porteiro falou que veio uma mulher aqui, pedindo para liberar a entrada dela, mas ele não deixou, pois eu não estava em casa, e ela puxou a arma para ele. É tudo! - ela me olhou, rindo.

Amanda: A mulher quem ele está falando, sou eu mesma! Puxei a arma para ele mesmo, ninguém mandou ele dar uma de maluco. A última vez que vim aqui foi semana retrasada, não tem como ele não ter reconhecido meu rosto, e você deu meu número lá na portaria caso qualquer coisa acontecesse, e fui com você, é ele viu tudo! Aquele velho quer brincar com minha cara, mas não arruma nada.

Gabriela: A senhora é maluca mesmo, cara, só pode! - gargalhei, após ela terminar de falar. - Más tem noção de que a senhora poderia ter sido presa? 

Amanda: Ia nada, é se fosse, sairia de lá no mesmo dia, Victor tá aí para me ajudar nisso. - mandou beijo, no puro deboche, já sei a quem puxei.

Gabriela: Hum, mas você veio fazer o que aqui mesmo hoje? Só tem costume de vir nos finais de semana. 

Amanda: Vim ver minha filha, ué. É também, te convidar para ir para o churrasco que vai ter lá no morro hoje, vamos? - Pensei, repensei, iria, até porque é sexta-feira, né, dia de curtir.

Gabriela: Claro que sim, acha mesmo que vou perder a oportunidade de encher meu buchinho? - passei a mão por cima da minha barriga, fazendo a mesma rir.

Amanda: Tu para, hein, garota, falando assim, parece até que está passando fome.

Gabriela: É, é mesmo, você me trocou pelo Duarte, agora só cozinha para ele e me deixa de mão! - Fiz biquinho, fazendo ela dar um tapa forte no meu braço. 

Amanda: Ó, que mentira, filha da mãe, venho deixar comida para você sempre, ou se não mando dinheiro para você comprar, mesmo sabendo que você não precisa, já que trabalha. 

Gabriela: Calma, mãe, estava só brincando, eu hein! - passei a mão por onde ela deu o tapa, é ela falou um "deixa de drama". - Tá bom, agora me espera aí, que vou tomar banho para a gente ir. 

Amanda: Não demora não, hein, se não vou embora, deixo você aí sozinha. 

Me ameaçou, o que não adianta nada, já que a mesma fala isso, é no final sempre espera.

Fui até o meu quarto e peguei no meu guarda-roupa um short jeans preto curtinho, com um cropped branco, do jeito que eu gosto. 

Deixando em cima da cama separado, e indo já tomar meu banho. Toquei no chuveiro eletrônico, é assim que a água caiu sob meu corpo, relaxei horrores, era só disso que estava precisando. 

Passei o esfoliante de maracujá por todo meu corpo, assim que tirei já coloquei o óleo de maracujá também, saindo do banheiro.

Peguei uma lingerie branca dentro da gaveta que tinha no meu guarda-roupa e vesti, colocando a roupa em seguida.

Pensei, não iria passar maquiagem, só um gloss. Para dar um destaque básico, fui até minha penteadeira, peguei meu perfume da Vivara, colocando por todo meu corpo, coloquei minhas havaianas da bandeirinha e fui até a sala onde minha mãe estava.

Gabriela: Estou pronta, senhora, vamos!

Refiz os capítulos amores, não estava achando legal os que havia postado anteriormente, então resolvi refazer tudo novamente. Espero que gostem dessa vez, um beijão, votem muito!

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⏰ Última atualização: Sep 18 ⏰

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