filha do ogro| versão alternativa

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[nome] narrando

Olá meus caros leitores, sei que é incomum ver um personagem quebrando a 4° parede, por favor peço que não me julguem por estar fazendo isso. Eu tive que fazer isso, era a única forma que pudessem compreender o meu lado.

Vamos iniciar por onde tudo começou.

Bem, lá estava eu no meio de uma apresentação importante sobre a história do país quando um velho estadunidense apareceu, acompanhado pela diretora da escola. Devo ter começado a nutrir uma inimizade desde aquele momento, onde ele arreganhou a porta da sala de aula e atrapalhou toda a minha linha de raciocínio com a sua presença.

— [nome]? — O velho desconhecido perguntou assim que colocou os olhos em mim. Provavelmente ele deve ter deduzido quem eu era pela minha aparência.— Ótimo, é ela quem estou procurando — Disse esforçando-se para falar o idioma local.

Foi uma cena engraçada de ver, fui a única pessoa que percebeu as tentativas falhas do comandante Strydum de seguir as ordens de alguém que estavam sendo repassadas por uma escuta, ele parecia estar discutindo com o vento e isso fez a turma toda rir dele. Para os outros, ele era só um velho maluco engraçado que estava discutindo sozinho.

A diretora desviou seu olhar dele por um instante, olhando na minha direção, ela começou a gesticular receosa enquanto apontava para o estranho. Pobre diretora, dava pra notar o arrependimento de tê-lo deixado entrar na escola.

Bom, agora que cresci, não a culpo por ter cedido tão facilmente ao pedido dele, já que estou praticamente vivendo e tendo que lidar com o mesmo sentimento.

Como sempre tive que ser a garota responsável e ajudar os adultos, como minha digníssima mãe havia me ensinado. Eu simplesmente larguei a cartolina e fui caminhando até o homem biruta. Parei poucos sentimentos da entrada da sala, naquele momento, a senhora diretora viu a oportunidade perfeita para sair de perto dele e se esconder atrás de uma criança que mal alcançava a cintura dele em altura. Surpreendente, a tática de aproximação que eu havia aprendido com os desenhos animados que eu assistia na época funcionou. Vi o gigante se acalmar e me encarar como se estivesse esperando por alguma coisa, talvez a próxima ordem. Senti a respiração da diretoria desacelerar contra o meu cangote - até hoje ela deve acreditar que eu tenho poderes por causa disso - enquanto ela me usava de escudo com as mãos sobre os meus ombros.

Eu tinha noção de que não era como as outras crianças, desde o meu primeiro dia de vida, ficou nítido que eu não era um recém nascido comum. Ainda me lembro de ter adquirido consciência assim que abri meus olhos, como aqueles protagonistas de anime de reencarnação fazem, sabe? Eu já sabia que aquela mulher que estava sorrindo para mim era a minha mãe, ainda me lembro perfeitamente dos sons que ela fazia enquanto eu era amamentada. Era uma canção de algum cantor famoso na época em que minha mãe ainda estava no ensino médio.

Eu cresci sendo rodeada por todos os tipos de pessoas por causa dos bicos de meio período que a minha mãe fazia. Inclusive foi em um deles que eu quase arranquei as costelas de um cliente amargurado. Eu tinha apenas 3 anos e estava brincando alguns prendedores de roupa enquanto a minha mãe caminhava para todos os lados com cestos de roupas sujas, um homem adentrou a lavanderia trazendo consigo uma camisa masculina manchada de batom. Completamente dominado pelo seu lado irracional, ele começou a descarregar a sua raiva na primeira pessoa que ele viu, no caso a minha mãe.

— Eu não pago esse absurdo para vocês me entregarem isso! — Esbravejou, estava tão próximo da minha mãe que praticamente cuspia no rosto dela. Ver aquela cena me deixou furiosa, eu nem me dei ao trabalho de procurar pelo socorro dos adultos, de alguma forma eu já sabia que eles eram covardes. Então eu teria que dar um jeito naquele homem mau. — Me responda!

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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