"Em um mundo devastado pelo apocalipse zumbi, onde a sobrevivência é uma luta diária, Maya Miller é uma jovem determinada que se recusa a deixar que o medo a domine. Após perder sua família para os mortos-vivos, ela se junta a um grupo de sobreviven...
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ESTAVA SENTADA NO SOFÁ DA SALA, com os olhos grudados na televisão. O noticiário era um turbilhão de caos e desespero. A âncora, com uma expressão pálida, falava sobre uma estranha epidemia que se espalhava rapidamente pelo país. "Os sintomas incluem febre alta, agressividade e...", sua voz parecia distante enquanto eu tentava processar tudo.
— Isso não pode ser real. — Murmurei, olhando para meus pais na cozinha. Minha mãe, enfermeira dedicada, parecia mais preocupada do que o normal. Meu pai, sempre otimista, tentava acalmar a situação.
— É só mais uma história da mídia. — Ele disse, mas a incerteza em seu olhar traía suas palavras.
As horas passaram e a situação só piorou. As imagens na tela mostravam pessoas sendo atacadas nas ruas, o pânico tomando conta das cidades. "Fiquem em casa! Fechem as portas!" A mensagem era clara, mas a realidade estava prestes a invadir nosso lar.
Quando a noite caiu, um estrondo ecoou do lado de fora. Corri até a janela e vi uma cena horrenda: pessoas correndo, gritos ecoando na escuridão. Meu coração disparou enquanto me virei para chamar meus pais.
— Mãe !! Pai !! — Gritei, mas antes que pudesse alcançar a cozinha, uma sombra grotesca passou pela porta da frente.
— Maya !! — Minha mãe apareceu na porta da sala com uma expressão de terror. — Precisamos ir ! Agora ! — O desespero nas palavras dela fez meu coração acelerar. Sem pensar duas vezes, corri até meu quarto, peguei minha bolsa e coloquei algumas roupas minhas e itens necessários.
Quando chegamos à porta, um rugido horrendo ecoou pelo ar. Um ser grotesco e ensanguentado estava na entrada da casa. — Não ! — Meu pai gritou enquanto empurrava minha mãe e eu para fora.
— Vão ! Corram ! — Ele ficou para trás enquanto nós corríamos para o carro estacionado na garagem. O motor ainda estava quente quando liguei e acelerei pela rua deserta.
As imagens daquela noite ficaram gravadas em minha mente: meu pai lutando contra a escuridão do apocalipse zumbi enquanto minha mãe me puxava para longe do terror. Assim que virei a esquina, percebi que estava completamente sozinha neste novo mundo.
A cidade agora era um labirinto de destruição e medo. As luzes piscavam como estrelas moribundas enquanto pensava no que havia perdido. Minha mãe ao meu lado parecia paralisada pelo horror.
— Precisamos encontrar um lugar seguro. —Disse eu, tentando manter a voz firme com lágrimas nos olhos, apesar do desespero que me consumia. Dentro de mim, uma tempestade de emoções rugia tristeza profunda e uma determinação feroz de sobreviver.
Sabia que precisava ser forte não apenas por mim mesma, mas por minha mãe. O mundo tinha mudado para sempre e agora começava nossa luta pela sobrevivência em meio ao caos do apocalipse zumbi.
...
UMA SEMANA SE PASSOU DESDE aquela noite fatídica. O mundo que eu conhecia havia se desfeito em ruínas, e a realidade que eu enfrentava agora era uma sombra do que um dia foi. Cada dia se arrastava, repleto de desafios e perigos, mas a dor mais profunda estava em meu coração.
Lutamos para encontrar um abrigo seguro, mas a cada esquina, os horrores do novo mundo nos cercavam. Minha mãe sempre foi meu porto seguro, a voz da razão em meio ao caos. Mas agora, enquanto eu caminhava pelas ruas desertas, a ausência dela pesava como uma âncora em meu peito.
Naquela manhã fatídica, decidimos explorar um supermercado abandonado em busca de suprimentos. O silêncio era ensurdecedor, e o ar estava carregado de uma tensão palpável. — Fique perto de mim. — Minha mãe me aconselhou, sua mão segurando firme a minha.
Mas o que deveria ser uma simples busca se transformou em um pesadelo. Enquanto procurávamos por comida nas prateleiras repletas de produtos esquecidos, ouvimos um barulho vindo do fundo da loja. Meu coração disparou. Antes que pudéssemos reagir, um grupo de zumbis surgiu entre as prateleiras.
— Corra ! — Minha mãe gritou, empurrando-me na direção da saída enquanto ela ficava para trás, tentando distrair os monstros. Seus olhos estavam cheios de coragem e amor. — Eu te amo, vou ficar bem ! Vá !
As lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu corria para fora do supermercado. O som dos gritos dela ecoava na minha mente enquanto eu me afastava daquele lugar horrendo. Eu sabia que não podia olhar para trás; precisava sobreviver.
Aquela tarde foi um turbilhão de emoções. A dor da perda se instalou em meu coração como uma faca afiada. Eu estava sozinha novamente, sem ninguém para me guiar ou proteger. A solidão era esmagadora e cada passo que eu dava parecia mais pesado do que o anterior.
Durante os dias seguintes, vaguei pelas ruas desertas, buscando abrigo e tentando encontrar alguma esperança em meio ao desespero. A lembrança da minha mãe me acompanhava como uma sombra constante; seu sorriso e suas palavras de encorajamento eram tudo o que eu tinha para me manter firme.
A vida tornou-se uma luta diária pela sobrevivência. Eu aprendi a caçar e a me defender sozinha, mas cada vitória era acompanhada por um profundo vazio dentro de mim. As noites eram as mais difíceis; eu me lembrava das histórias que minha mãe contava antes de dormir, momentos simples que agora pareciam tão distantes.
Em meio à dor da perda, algo dentro de mim começou a mudar. A determinação tomou conta do meu ser; não podia deixar que o sacrifício dela fosse em vão. Eu precisava lutar por nós duas.
E assim comecei a traçar um novo caminho, não apenas para sobreviver, mas para honrar a memória da mulher que me ensinou a ser forte mesmo nas circunstâncias mais sombrias.
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NOTAS DA AUTORA :
• Esse capítulo foi só pra vocês saberem como a Maya perdeu a família ( desde de cedo sofrendo. ) 😓
