Dia e noite
Eu estarei sempre ao seu lado
Eu não quero dizer com essas palavras, mas
Eu sou aquele que esperou por você"
Como Jonghyeon poderia começar a explicar o que sentia, naquele exato momento, sem se comprometer tanto?
Óbvio, ele deveria definir um ponto de início para aquela história, por mais que não soubesse bem quando exatamente começou sua jornada, e a sua memória de peixe não ajudava nem um pouco em tais situações; ela nunca funcionava para coisas que considerava muito comprometedoras — e o comprometedor, no caso, eram seus sentimentos embolados.
Mas digamos que, para ajudar um pouco nosso amigo lento como uma tartaruga, nós tenhamos que voltar no tempo para quando ele fora anunciado como um dos novos alunos transferidos para o colégio. O Kim havia acabado de voltar para a Coreia do Sul após um intercâmbio no Reino Unido, fazia muito tempo desde que ele esteve no país pela última vez e, já levado pelo seu comportamento tímido por natureza, demorou para que pudesse se enturmar decentemente no novo ambiente e relembrar suas origens, estando sempre ao lado de Aaron e sua namorada ruiva, qual ele nunca descobriu o nome.
Bem, ela era tão legal consigo que nunca teve coragem de perguntar e, de alguma forma, esfriar aquela relação por pura desatenção, tinha certeza de que aquela garota já havia dito como se chamava em alguma hora e não fora entendida. Quem não sabia o nome dos namorados dos seus amigos? Por favor, aquilo era uma das maiores provas de amizade já existentes na face da terra! Obviamente não pegaria bem se questionasse! Então, manteve-se em puro silêncio por todo aquele tempo.
Quando finalmente estava se sentindo bem acolhido com Aaron, a ruiva misteriosa e mais alguns outros amigos — Mingi e Minhyun, ambos sendo poucos meses mais novos que si e (na medida do possível) extremamente adoráveis —, ele se soltou um pouco mais, deixando transparecer sua energia, que apesar de pouca, era bem visível; até que percebeu uma sexta pessoa peculiar o rondando, e a partir de tal momento fora quando as dúvidas passaram a surgir em sua mente já não muito exercitada diariamente.
Umas das primeiras fora "quem era aquele ser musculoso que praticamente não tirava os olhos dele por um segundo sequer?", e ela fora respondida pelo caçula do pequeno sexteto.
— O nome dele é Kang Dongho, ele joga basquete no time junto com alguns alunos do terceiro ano — Mingi explicou, mesmo que parecesse estar falando mais com a comida do que consigo. O Choi se encontrava tão concentrado em pegar o macarrão da forma correta que esqueceu de olhá-lo, porém, Jonghyeon entendeu perfeitamente — Mas não dá muita confiança 'pra ele, é um mauricinho metido a valentão — por fim, concluiu com uma careta conforme respondia a segunda pergunta padrão, mostrando seu leve desgosto.
Mauricinhos valentões ainda existiam? Aquilo era tão coisa do século passado, tão fora de moda; mas se pediram para ele não dar confiança, não iria de jeito nenhum.
A partir disso, foi uma sequência de porquês um atrás do outro, como uma avalanche recém ocorrida: porquê o Kang parecia sempre perto quando ele era provocado por alguém? Porque este parecia tentar ao máximo chamar sua atenção de certas maneiras? Porque, para onde olhava, aquele garoto estava lá, não tendo um pingo de vergonha em lhe encarar diretamente?
O aviso dos amigos se tornaram ainda mais frequentes, principalmente quando estes mesmos perceberam o outro nas redondezas, finalmente deixando com que Jonghyeon relaxante um pouco com o fator "não é coisa da minha cabeça", não demorou muito para que uma resistência fosse criada desnecessariamente ao seu redor, seus companheiros de vivência estando sempre por perto quando o Kang ameaçava sentar-se nem que fosse três mesas depois da sua apenas para olhá-lo; alegando que era por "proteção do nosso cristalzinho lapidado", e fora assim por uns bons meses.
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WHY? • Jbaek
FanfictionKim Jonghyeon não entendia bem o porquê de Kang Dongho sempre estar atrás de si desde que havia adentrado naquele novo colégio, muito menos o motivo deste protegê-lo tanto, mesmo não o conhecendo tão bem. E era óbvio que o moreno uma hora questionar...