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Na casa da Anna Júlia, a tensão estava no ar. Ela e o Casarin estavam jogados no sofá, planejando algo que poderia dar muito certo ou muito errado.

— A gente precisa separar esses dois — disse Anna Júlia, com um olhar cheio de determinação. — Eu sei exatamente como fazer isso.

— Como? — perguntou Casarin, animado.

Ela sorriu com um brilho malicioso nos olhos e contou seu plano: criar uma situação que deixasse a Vívian com raiva do Cauã e o Cauã em dúvida sobre os sentimentos da Vívian em relação a ele. Era arriscado, mas eles estavam determinados.

Na festa daquela noite, Cauã e Vívian dançavam juntos, rindo e se divertindo como se o mundo não pudesse atrapalhar a felicidade deles. Mas Anna Júlia tinha outros planos. Ela puxou Cauã para um canto mais isolado da festa.

— Ei, Cauã! Me ajuda aqui rapidinho? — chamou ela com um olhar provocante.

Cauã hesitou, mas acabou seguindo-a. Enquanto isso, Casarin estava por perto com o celular em mãos, pronto para registrar o momento crucial da armação.

O que Vívian não sabia é que seria a pior noite da vida dela. Ela estava dançando e se divertindo até receber uma mensagem do Casarin. O coração dela disparou ao ver a foto: Cauã e Anna Júlia se beijando! O chão pareceu desmoronar sob seus pés.

— Não... não pode ser! — ela sussurrou, sentindo as lágrimas começarem a escorregar pelo rosto.

Vívian mal conseguiu processar o que viu. Ela se afastou da pista de dança com o coração partido. As risadas das pessoas ao redor pareciam tão distantes agora.

Cauã voltou para onde Vívian estava logo depois do beijo, sem saber da bomba que acabara de explodir na vida dela. Ao encontrá-la, seu sorriso se desfez ao notar as lágrimas nos olhos dela.

— Vívian! Espera! — ele gritou, tentando entender o que havia acontecido.

— Como você pôde? — ela perguntou entre soluços, seu coração despedaçado ao olhar para ele.

— O quê? O que aconteceu? — Cauã parecia confuso.

— Eu vi a foto! Você e a Anna Júlia... se beijando! — Vívian disse, sua voz tremendo de dor.

Cauã ficou em silêncio por um momento, tentando processar as palavras dela.

— Não é o que você tá pensando! Foi um erro! Eu só tava ajudando ela...

— Ajudando? Então é assim que você ajuda as pessoas? Com beijos? Você acha que eu sou burra? — Vívian interrompeu, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Você tava lá com ela enquanto eu dançava sozinha!

— Eu não queria te machucar! — ele implorou, olhando nos olhos dela com desespero. — Foi só um beijo!

— Um beijo? Isso não é só um beijo! É traição! — ela gritou, sentindo a raiva misturada à tristeza.

Cauã deu um passo à frente, tentando tocá-la, mas ela se afastou rapidamente.

— Não me toca! Eu não posso acreditar que você fez isso comigo! Eu confiei em você!

— Por favor, Vívian... me escuta! Eu amo você! Isso foi só uma besteira!

Vívian balançou a cabeça em negação.

— Se você realmente me amasse, nunca teria feito isso. Não consigo mais ficar aqui.

Cauã olhou para ela com os olhos cheios de lágrimas também.

— Se você também realmente me amasse acreditaria que eu nunca beijaria outra mulher além de você por vontade própria.

Ela respirou fundo sem acreditar que ele tava se fazendo de vítima.

— Chega! Cauã, você não tem direito de duvidar dos meus sentimentos por você. Não adianta criar mentiras dizendo que foi ela quem te beijou. Quando um não quer, dois não fazem. Tá tudo acabado entre nós!

Ele não conseguiu segurar as lágrimas nos olhos.

— Vívian... não faz isso?

Ela respirou fundo e disse:

— Já tá tudo acabado. Não tem como voltar atrás agora. Tô indo embora daqui.

Vívian caminhou para fora da festa com o coração partido, e o Cauã não saiu do lugar, sem saber o que fazer enquanto observava seu mundo desmoronar diante dele.

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Talvez em outra vida Where stories live. Discover now