(78) um monstro entre nós

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Narradora

Beomgyu estava deitado em sua antiga cama, sentindo-se completamente deslocado e amedrontado. Ele olhava ao redor do quarto, desejando estar em casa com seus hyungs, Taehyun e Soobin. Suas mãos estavam apertadas, como se agarrar os lençóis pudesse de alguma forma levá-lo de volta para eles.

Beomgyu: (sussurrando) "Eu quero ir pra casa... por favor, me levem embora..." Ele começou a chorar baixinho, sua voz fraca e desesperada.

Nesse momento, a porta do quarto se abriu lentamente, revelando a figura da mãe de Beomgyu, com um sorriso que para ele parecia vazio. Ela entrou calmamente, segurando a maçaneta, como se estivesse prestes a anunciar algo que ele não queria ouvir.

Mãe de Beomgyu: (calma, mas com um tom inquietante) "Filho, você se lembra do que eu falei sobre o tio Peng, não é? O tio que eu disse que você iria brincar quando fizesse 18 anos?"

Beomgyu arregalou os olhos, incapaz de entender completamente, mas sentindo o pavor crescer dentro de si. Ele não lembrava de nada disso. Por que eles estavam fazendo isso com ele? Antes que ele pudesse responder, um homem estranho entrou no quarto. Ele era alto, com um sorriso que parecia forçado. Seu nome era tio Peng.

Tio Peng: (com uma voz suave, mas desconfortável) "Oi, Beomgyu. Tudo bem?"

Beomgyu se encolheu na cama, seus olhos cheios de lágrimas. Ele não conhecia aquele homem, e tudo parecia errado. Ele queria sair dali, queria seus hyungs.

Beomgyu: (chorando, com a voz infantil) "Eu... eu não quero brincar... eu quero ir embora... eu quero meus hyungs..." Sua voz estava tremida, e as palavras saíam como as de uma criança assustada.

A mãe de Beomgyu franziu o cenho, visivelmente irritada com a resistência do filho.

Mãe de Beomgyu: (com um tom mais ríspido) "Você está sendo ingrato, Beomgyu. Nós sabemos o que é melhor para você. Seus hyungs não são sua família de verdade. Nós somos. Agora, comporte-se."

Beomgyu soluçava, sentindo-se impotente. Ele sabia, no fundo, que algo estava muito errado com aquilo tudo. E ele só queria fugir dali, mas não podia.

Enquanto isso, na delegacia, Taehyun, Soobin e o detetive Lee estavam se preparando para o resgate. Eles sabiam onde Beomgyu estava, e agora era só uma questão de tempo até que pudessem trazê-lo de volta.

Taehyun: (determinadamente) "Beomgyu vai voltar para casa, Soobin. Nós não vamos deixá-lo lá com eles. Não importa o que aconteça."

Eles estavam prontos para salvar Beomgyu e trazê-lo de volta para o lugar onde ele realmente pertencia.

A mãe de Beomgyu deu um último olhar para ele antes de sair do quarto, deixando-o sozinho com o senhor Peng. O ambiente ficou pesado e silencioso, com apenas o som da respiração ansiosa de Beomgyu preenchendo o espaço. O senhor Peng, com um olhar calculista, se aproximou lentamente da cama, segurando um copo que havia trazido consigo.

Senhor Peng: "Beomgyu, sei que está se sentindo mal agora, mas tome um pouco de água. Vai te ajudar a se acalmar e descansar."

Beomgyu olhou desconfiado para o copo, mas a sensação de cansaço e medo o deixava confuso. Ele não queria causar problemas, então, hesitante, pegou o copo com as mãos trêmulas e tomou um pequeno gole. O senhor Peng observava atentamente, sua expressão suave, mas os olhos frios.

Senhor Peng: "Isso, bom menino. Agora, deite-se e tente descansar. Tudo vai ficar bem."

Beomgyu sentiu o efeito do remédio quase imediatamente. Seus olhos começaram a pesar, e a confusão que já sentia foi se intensificando. Ele não conseguia lutar contra o sono que o invadia rapidamente. O ursinho escorregou de seus braços enquanto ele afundava na cama, inconsciente.

Com Beomgyu completamente adormecido e vulnerável, o senhor Peng se aproximou ainda mais, seus movimentos lentos e calculados. Ele observou o garoto por um momento, como se estivesse tomando uma decisão, antes de se aproveitar da situação. Durante o ato, ele deixou uma marca no copo que Beomgyu havia usado, um vestígio de sua presença e intenções malignas.

Depois de terminar, o senhor Peng se levantou, ajeitando sua roupa com um sorriso satisfeito no rosto. Ele deixou o copo na mesa de cabeceira ao lado da cama de Beomgyu, um pequeno detalhe que talvez passasse despercebido por muitos, mas que poderia ser a chave para revelar o que realmente aconteceu naquela noite.

Saindo do quarto, o senhor Peng olhou para trás uma última vez, vendo Beomgyu dormir profundamente, sem consciência do que havia acontecido. O plano havia sido executado como ele esperava, e agora, ele apenas aguardava o próximo passo.

Até a próxima 💜
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