Hashimoto Erika

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⩇⩇. ╲ 𝐚 𝐛𝐨𝐤𝐮 𝐧𝐨 𝐡𝐞𝐫𝐨 𝘰𝘯𝘦 𝘴𝘩𝘰𝘵
𝗠𝗜𝗗𝗢𝗥𝗜𝗬𝗔 𝗜𝗭𝗨𝗞𝗨 × fem!oc
🌿 𓄹 escrito por 𝖈𝖊𝖈𝖎


As luzes brancas e amareladas se misturavam em minha visão, ofuscando tudo ao meu redor. O chiado constante em ambos os ouvidos desorientava-me em relação ao lugar e ao espaço. Minha mente, nublada e confusa, tentava lembrar que tipo de situação havia me colocado nesse estado, intensificando a dor aguda na minha cabeça. Eu me sentia tonta e levemente enjoada, como se estivesse em uma montanha-russa absurdamente veloz e cheia de curvas, sem um segundo de pausa ou alívio. Mas nada se comparava ao frio congelante que sentia, que piorava progressivamente, sem que eu pudesse mover uma única parte do meu corpo.

O desespero começava a tomar conta de mim, e eu não conseguia ouvir minha própria voz. As tentativas de escapar do pesadelo tornavam-se inúteis, e a esperança de sair daquela situação parecia quase nula. Eu estava sozinha, com frio e com medo. O que poderia fazer?

Espera! Eu estava sozinha?

Os flashes que antes cegavam meus olhos agora davam espaço para pequenos fragmentos de memórias, trazendo de volta a dor aguda bem atrás da minha cabeça. Eu conseguia enxergar novamente, mas algo parecia estranho. Eu não estava dormindo ou tendo pesadelos; estava no carro com meus pais.

Na verdade, eu podia me lembrar bem desse momento, da mesma forma que lembrava dos vários outros que se repetiam igualmente. Meus pais tinham a tradição de sempre viajar para o interior durante as férias de meio de ano, algo que eu gostava de fazer quando era criança, mas que já não fazia mais sentido para mim. Eles insistiam em ter esses momentos em família longe das "loucuras da cidade grande", como meu pai costumava dizer. Depois de vários anos fazendo o mesmo, e depois de certa idade, a única coisa que eu queria fazer durante minhas férias era aproveitar e curtir com meus amigos na bendita cidade grande.

— Se é tradição familiar, por que vocês deixaram meu irmão escapar dessa? – o tom da minha voz sai muito mais áspero do que eu lembrava.

— Erika, não comece. – minha mãe, que estava no banco de passageiro, retirou o cinto de segurança para se virar em minha direção no banco de trás. — Você sabe muito bem que seu irmão é um homem adulto e está noivo agora. – mesmo que tentasse me repreender, sua voz sempre saía calma e suave.

— Querida, não tire o cinto. É perigoso. – meu pai, que até então apenas dirigia quieto, se pronunciou, com seu sotaque carregado de costume.

— Eu sou adulta também, ou esqueceu que completei dezoito anos mês passado? – ignoro o homem, o volume e intensidade aumentando dentro daquele carro, trazendo uma aura conturbada.

Eu não lembrava que meu pai havia ficado tão estressado daquela forma. Ele me olhava pelo espelho do carro enquanto me advertia sobre a maneira "imprudente" com que eu respondia minha mãe. Uma das coisas que ele jamais admitia em nossa família era ser desrespeitoso com os mais velhos, principalmente com minha mãe.

𝐕𝐈𝐈 | 𝐃𝐄𝐒𝐀𝐅𝐈𝐎 ━ 𝐈𝐒𝐄𝐊𝐀𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora