vem, doce morte

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vem, doce morte. (bonus)

uma angústia, que pode ou não estar retratando uma parte do livro. (Aviso: morte, sangue, suicídio)

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ele olhou para o corpo sem vida.

aquele que ele amou um dia..

mas também aquele que ele alvejou.

não, não, não,

ele realmente ainda a amava. mesmo até os confins do mundo. mesmo agora, onde seu peito, que costumava estar tão cheio de ar, de repente deixou seu último suspiro. mesmo agora, onde a dor de um coração partido o despedaça.

Mas quem realmente deveria estar chorando agora?

seria ele, aquele que empurrou toda essa dor, toda essa tristeza, todo esse sofrimento para ela? ou seria ela, aquela que suportou tudo isso e o amou com tudo o que tinha... até que nem ela mesma conseguia mais suportar?

o corpo sem vida que ele se aproximou, aquele que ele costumava abraçar com tanto carinho?

atemporal, ele pensou, nem mesmo os deuses poderiam ter previsto isso. ele a teria protegido de qualquer coisa, mas ele se esqueceu das duas pessoas mais importantes que poderiam destruí- la. ela mesma e ele.

não, nada poderia ter evitado isso. as memórias repetidas passaram pela cabeça dela antes que ela tomasse a decisão de desistir de tudo, é culpa dela, não é? ele pensa. ele agarra o corpo feminino que estava no chão, encharcado na cor vermelha.

ele se agarrou a ela, pedindo repetidamente para acordar do transe em que a colocou, a manipulação que ele achava que funcionaria com ela, que ela ainda deveria amá-lo, ele não conseguia acreditar.

ele queria acabar com a própria vida ali mesmo.

e assim ele fez.

os dois pombinhos que antes se abraçavam durante as estações do inverno, primavera, verão e outono, de repente são os mesmos que estão se abraçando neste momento de morte.

por que,

ele pensou,

Por que você faria isso?

ele acreditava que ela fez isso de propósito, hein? que não era culpa dele. não, não era. realmente não era, era? era aquele cara que achava que poderia simplesmente falar com ela. eram os caras que achavam que poderiam tê-la.

ele adivinha,

era ele

era ela

era todo mundo

na vida dela.

sua postura rígida e olhos mortos e sem brilho que o fizeram finalmente acabar com a própria vida.

não, não foi quando ela ainda estava viva; mas você estava realmente vivo depois de tudo isso?

não, não foi quando ela e ele se conheceram; onde ele começou seu comportamento possessivo e obsessivo

mas não havia nada que pudesse ser feito.

isso tinha que acontecer em algum momento. ele apenas achava que ela estava feliz quando ele the causava todo tipo de dor possível, todas as formas possíveis de tortura psicológica.

mas ela não conseguia deixar de amá-lo.

seu amor, ele não sabia como expressá-lo, além de fornecer "proteção" a ela. Além de matar todas as criaturas até que ela ficasse tão cansada que decidiu acabar com a própria vida. A única pessoa de quem ele não conseguia protegê-la.

mas ele também não conseguiu protege-la de si mesmo.

Que desperdício,

de dois lindos

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( Olá, espero que gostem do capítulo traduzido de possessivo obsessivo ( Saiki kuso), se tiver algum erro na escrita por favor me avisem para que eu possa corrigir. ☺️❤️)

POSSESSIVO, OBSESSIVO ( Saiki Kuso)Onde histórias criam vida. Descubra agora