Kill, Baby, Kill - Jenlisa

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Capítulo 7

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A chuva tornava o clima do enterro ainda mais pesado. Jisoo permanecia abraçada ao caixão de Rosé, chorando sem parar. Ao lado, Lisa vestia um vestido preto e óculos escuros, tentando esconder não apenas a tristeza em seus olhos, mas também o fato de que havia chorado o dia todo. Jennie, por sua vez, observava tudo em silêncio ao lado de Lisa.

"Agora ninguém vai atrapalhar a gente, Lisa", pensava Jennie. Sem Rosé ao seu lado, Jennie podia seguir seu plano sem se preocupar com a loira oxigenada plantando ideias na cabeça da tailandesa.

- Vou comprar um café, você vai querer um? - Perguntou Jennie, tirando Lisa dos seus pensamentos.

- Eu quero, sem açucar.

Jennie assentiu e deixou o local, dirigindo-se a uma cafeteria próxima. Enquanto isso, Lisa se aproximava do caixão de Rosé, onde Jisoo permanecia desde o início do velório.
- Você sempre será minha melhor amiga, Rosé - sussurrou Lisa, com a voz embargada.

- Ela era tão teimosa - murmurou Jisoo, a dor visível na sua voz - Sempre brigava comigo porque deixava a toalha de banho molhada na cama. Agora... vou sentir falta dessas discussões.

- Como isso aconteceu? Foi tudo tão inesperado - indagou Lisa.

- Eu estava indo para a casa dela, comprei pizza e vinho. Planejava pedir ela em casamento - Jisoo respondeu, - Comprei flores, me arrumei, até comprei uma roupa nova porque ela dizia que meu estilo de roupa era um crime. É irônico, considerando que sou policial. - Um sorriso triste se formou ao lembrar de Rosé. - Quando cheguei, a porta estava entreaberta, com uma faca na tranca.

Os olhos de Lisa se arregalaram. Ela não conseguia imaginar o desespero que Jisoo sentiu; lágrimas começaram a escorregar por seu rosto.

- Assim que vi, entrei correndo chamando por ela. Não a encontrava de jeito nenhum, até que...

- Até que o quê? Por favor, diga!

- Até que entrei no banheiro e a vi, com os pulsos e o peito cortados, e havia sal sobre eles, como se...

- Como se ela tivesse se suicidado... - murmurou Lisa, com o coração apertado.

- Mas ela nunca faria isso, Lisa. Eu conheço meu esquilo o suficiente para saber que ela não teria coragem. Caralho! - Jisoo exclamou, soluçando. Lisa tentou abraçá-la, mas também sentia a vontade de chorar.

- Não sei quem foi o psicopata responsável por isso, mas juro pela minha vida que vou descobrir. E quando eu descobrir, farei esse desgraçado pagar - Disse Jisoo, com firmeza.

Jennie se aproximava de nós com dois copos de café nas mãos. Céus, ainda bem que existe café neste mundo, pensava Lisa.

- Obrigada - disse Lisa, pegando seu café e bebendo imediatamente.

- Eu não sabia se você gostaria de um café também, então trouxe apenas para nós duas - respondeu Jennie, com serenidade.

- Está tudo bem. Eu pego um para mim depois - disse Jisoo.

- Fique com o meu, você precisa mais do que eu - Jennie estendeu seu copo de café, sorrindo gentilmente.

- Agradeço. - Sem hesitar, Jisoo pegou o copo e virou o café na boca como se fosse água. - O que eu realmente preciso é de vodka.

- Ah, sim, e direto na veia - concordou Lisa.

- Desculpe meus modos. Meu nome é Jisoo - apresentou-se a jovem.