A Bagunça Feita Por Tobias (by Deseon)

A Bagunça Feita Por Tobias

Eram três da tarde, quando finalmente, Tobias, saiu daquele colégio infernal. Não gostava nadinha da escola, e as pessoas de lá, muito menos dele. Era um rapaz odiado. Elogiado apenas pelo capeta. Ele não se sentia oprimido nem um pouco, porque era ele quem atazanava as pessoas lazarentas daquele colégio.

Quando saia de lá, era sempre assim, aos gritos por trás das costas, porque ninguém gostava dele lá. Ele saiu 15h da tarde, porque foi expulso da aula. O professor achou melhor ele aprender com a rua, para depois assim ele voltar. O que eles não contavam é que esse garoto agora, estava planejando uma tentativa de suicídio.

Tobias, um moleque levado e muito arteiro. Certa vez, atravessou a rua sem olhar para os lados, um caminhão passou bem próximo dele buzinando. Quando ele viu quem passou tão perto assim, viu um boi marrom, literalmente um boi marrom dirigindo. Tinha cabeça de boi, com chifres enormes, que estavam saindo para forta da porta do caminhão. Bem! Foi pelo menos isso o que ele viu, no motorista. E até esfregou os olhos mesmos para ver se aquilo era verdade mesmo ou não. Ele não estava acreditando. Quase se livrou de levar uma pneuzada da cabeça aos pés, e agora via um boi. Pensou ter batido a cabeça, mas em nenhum momento se feriu. 

O leitor pode se convencer em pensar que foi ali que ele morreu e agora estava no céu dos animais caminhoneiros, e trabalhadores da grande cidade. Mas logo eu tiro essa ideia de suas cabeças. Realmente, ele estava vivo! Para mais mistérios nessa leitura, e para o "não-fim" da tortura que as pessoas sentem ao verem o moleque. 

Tobias, ao longo dessa curta idade, e com esse pensamento suicida, estava além dos garotos. Ele pensava em azucriná-los, mas ele recebia toda a descarga ruim e emocional das pessoas de volta para ele. Um dia ele lastimou-se de tanta groselha que ouviu do professor, e foi dar uma volta para fora da sala, saiu tanto da sala que ultrapassou o portão, a rua, e agora estava ali, quase morte há 2 quadras do colégio. O que seria da escola e do professor que condenou ele a sair da sala. E a escola? Sem supervisores?

Sua mãe o batia. "O príncipe das trevas". Era assim que ela dizia. Agora ele não se via mais como um príncipe das trevas que fazia da escola um inferno para ele reinar, ele estava na rua onde esta inteiramente exposto. Na rua é como as pessoas se mostram como elas são de verdade, inteiramente, totalmente vulneráveis. Tobias via um canhão, passando também pela rua, por hora ele pensou que fosse mesmo um canhão, desconhecendo como seria um caminhão-betoneira, ele viu aquele "canhão" girando em um passeio encima de um caminhão. Era mais uma vez o mesmo caminhão. Estava voltando para ver a situação. O homem-boi, se é assim que ele pode ser chamado, pediu para Tobias aparecer por ali. Esse fez o que o homem-boi pediu. 

- Você é debochado moleque? Não está me vendo vindo cum o caminhão indo direto até você? Eu quase te atropelo. Eu seria processado por conta disso. - O boi marrom, que dirigia aquele caminhão estava furioso. Já Tobias, não entendia nada, ele nunca viu um boi dirigindo um caminhão, até onde sabia, estava rodeado de humanos, e esse animal, e esse tipo de ser, ele só viu duas vezes na vida, no colégio e na televisão, era a primeira vez que Tobias estava de frente com um boi.

-Vê se aprende a olhar o sinaleiro! - Esmurmurou ele. - Logo depois disso ele foi embora, partindo com o seu caminhão-betoneira, puxando até a quarta-marcha para ir embora logo. 

Tobias, importunou mais uma "pessoa". Como se ele estivesse destinado.

Aliás, agora, ele via gansos, atravessando a rua, e eles estavam em toda a parte, gansos com uniforme da escola, um ganso tinha uma mochila conhecida. Tobias, não quis encher o saco daquele indivíduo ganso.

Na farmácia, foi onde ele parou um pouco a frente, e quando a viu, seu atendente era um avestruz. Já era, Tobias, estava em delírio, ele acreditava mesmo que estava vendo coisas, não pensara que morrera, mas a sua inteligência ilimitada e infantil, vez imaginar muitas coisas que chegou a esse ponto. Pensou mesmo que já tinha morrido na hora que o caminhão passou por perto dele. E esse filme, ele nunca viu.