Capítulo 1

10 2 4
                                    

𝐇 𝐀 𝐍    𝐉 𝐈 𝐒 𝐔 𝐍 𝐆

Eu estava em meu quarto escutando música em meus fones de ouvido enquanto não chegava a hora de ir à escola, como de costume.

Confesso que odeio com todas as minhas forças aquele lugar, não pelo ensino, e sim pelos estudantes. Eles acham "engraçado" insultar pessoas apenas para ver se conseguem deixá-las deprimidas.

Mas quando é comigo, a única emoção que despertam é raiva.

Eles adoram testar a minha paciência com insultos fracos, como "abre o olho, esquisito" ou "parece até que tem parkinson, não para de tremer" os odiotas nem argumentos tem.

Aposto que isso é apenas para eu perder a paciência e bater em alguém, pra ver se sou expulso de uma vez.

E é claro que sempre funciona ⏤ não a parte de ser expulso, claro. O diretor tem coisas melhores a fazer do que se preocupar com um coreano rebelde ⏤, infelizmente não tenho controle das minhas mãos, de vez enquanto elas voam na cara de alguém. Que pena, né?

Eu sempre saio na porrada com algum deles e isso, na maioria das vezes, me leva até a sala do diretor.

Pelo menos tenho orgulho de dizer que sempre ganho as brigas. Nem sempre, mas isso não interessa. Eles só sabem falar, falar, falar, falar, falar...

Mas é óbvio que o direitor fica do lado daqueles idiotas pelo simples fato de eu ser "diferente". Caralho, um coreano não pode estudar nos EUA não?

Que se foda, eu quero que todo mundo tome no cu.

[...]

Eu cheguei na sala e algumas das pessoas presentes já começaram a me olhar com ódio e... Mais alguma outra coisa.

As meninas em bando que estavam no canto da sala começaram a cochichar, rir e apontar para mim.

Eu ignorei os olhares e segui reto para o meu lugar, mas assim que eu ia me sentar o representante de turma apareceu na porta e disse que "eu precisava ver algo"

Ele disse isso com tom de zombaria, e a voz dele é muito irritante. A risadinha fina e afeminada dele me faz ter vontade de perfurar meus tímpanos com agulhas.

Eu acabei de chegar! Não tenho paz nem por um segundo sequer.

Segui o idiota de cabeça raspada até um corredor próximo da sala dos professores, até que ele parou e olhou em volta, dando um sorrisinho irritante ao ver que não havia ninguém por perto.

⏤ A professora de matemática disse que não gostou de algo que você fez e me pediu para te trazer até aqui. Ela está aí dentro. ⏤ Ele disse apontando para a sala a minha direita.

Eu li a placa acima da porta, dizia "laboratório". Lembro-me de que o professor de biologia disse que o laboratório estava em reforma...

Talvez aconteça o que aconteceu da última vez, talvez esse garoto me tranque dentro da sala, de modo que eu só saia no dia seguinte, quando a tia da limpeza me achar.

Fizeram isso comigo semana passada.

Ah, não é nada de mais.

A porta já estava entre-aberta, então apenas a empurrei. Assim que dei um passo para frente, senti uma leve pancada na cabeça seguida de uma sensação estranha, como se eu estivesse acabado de enfiar a cabeça num balde d'agua, uma sensação... Molhada.

Olhei para baixo, para o meu corpo, e percebi que estava completamente coberto de uma estranha gosma verde.

Ah, claro. O velho truque do balde em cima da porta.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 20 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

I Been Crushin On You, Baby Onde histórias criam vida. Descubra agora