Taehyung...

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1 de Agosto

Havia se passado alguns dias desde a primeira mensagem que escrevi para Jeon, mas depois de alguns dias eu parei, não de repente. O fato é que Tae começou a pegar no meu pé por não achar certo mentir para Jungkook, e que uma hora ou outra eu seria descoberto. Por esse motivo comecei a pensar que Taehyung tinha razão ─ óbvio ─, mas aquele meu lado inseguro gritava de medo, ainda mais depois daquela proposta. Se ele souber quem eu sou não poderei mais mandar mensagens, nem falar, nem respirar perto dele! Que lástima!

─ Acorda! ─ Hoseok sussurrou num tom bravo ao meu lado.

Após esse susto, olhei para frente, onde o professor de história me encarava mortalmente.

Me ferrei, amigos e amigas.

─ Quero que me responda, Jimin. ─ Sorriu de forma diabólica, mas tão sutil que quase ninguém poderia perceber.

Por que ele queria tanto me prejudicar? Especialmente quando eu não presto atenção, o que infelizmente já ocorreu mais vezes do que gostaria. E é sempre assim, ele me faz uma pergunta da qual não costumo me safar e dessa vez eu nem se quer sabia qual era a questão.

Eu comecei a me sentir envergonhado, varri os olhos por toda a sala, procurando qualquer coisa que me desse uma luz. Olhei para Hobi, mas seu semblante se mostrava tão perdido quanto eu. Por fim meus olhos se guiaram quase que sozinhos para Jeon, o dito cujo, que via toda aquela situação embaraçosa, mas o que me surpreendeu foi quando o mesmo começou dizer de forma baixa a resposta, só não entendi bulhufas nenhuma e acho que isso ficou bem estampado na minha cara.

Ele voltou falar novamente e, dessa vez, convicto de que eu tinha entendido fitei o professor a minha frente antes de dizer:

─ Ressonância. ─ O respondi confiante.

Ele me olhou perplexo, talvez até mesmo impressionado.

─ Estamos em uma aula de história, não em um hospital. ─ Disse por fim.

Então logo meus achismos caíram por terra. Me afundei na cadeira, numa tentativa falha de me fundir ao objeto para evitar tanto constrangimento.

Depois de toda aquela cena, Finalmente fomos liberados. Desde que saí da sala não parei de pensar que ao mesmo tempo que estou perto de Jeon, quando converso com ele por mensagem, mas pessoalmente ele é um desconhecido. E ignorei completamente que esses dois mundos tão divergentes poderiam coexistir, que a possibilidade de me aproximar dele como Jimin poderia acontecer num piscar de olhos, sem que eu nem tenha tempo de me preparar para isso.

Céus!

Eu não acredito que as teorias possam virar realidade, mas comecei a considerar de fato resolver esse problema. O melhor seria contar logo a verdade.

Sim! É isso que eu vou fazer!

💬

O caminho do colégio até em casa sempre acabava sendo um pouco reflexivo, quando se era feito sozinho. Mas eu gostava; gostava de dedicar aquele tempo para pensar no que eu normalmente evito, olhar ao meu redor, até mesmo comprar algo gostoso para comer.

Mas dessa vez o trajeto não foi nada tranquilo.

─ Droga! ─ Gritei ao ver que tinha pisado em uma poça enorme que deixou meu tênis completamente ensopado.

Como se o dia já não estivesse sendo completamente arruinado o suficiente, esse tipo de coisa acontece.

Seria engraçado se não fosse trágico.

No momento em que encarei a porta larga da residência, fiquei temeroso de entrar na minha própria casa, tudo que vem acontecendo tomou meus pensamentos de supetão, que nem em minha pequena caminhada fazia questão de pensar. As viagens haviam se cessado por tempo indeterminado, depois de tanto tempo meus pais ficariam comigo. Eles se instalaram na filial da Coreia e pelas palavras de Bo-young 'poderiam cuidar de mim, bem de perto', mas isso não me tranquilizava, pelo contrário, eu estava com um mal pressentimento.

Thank For You Message • Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora