CAPÍTULO ÚNICO

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Era Heian

O período sombrio e glorioso que consagrou Ryomen Sukuna como o Rei das Maldições. Um vilão temido e incontrolável, cujo coração negro nunca conheceu o significado da benevolência até o dia em que conheceu ela.

A Feiticeira

Naquela época, um confronto inevitável aconteceu entre Sukuna e uma jovem feiticeira, Aya, membro de um clã sagrado que detestava a influência das maldições. Aya tinha olhos frios como o gelo e cabelos escuros que fluíam como um rio sob o luar. Ela era ágil, mortal com suas maldições, e, acima de tudo, determinada.

Em meio a uma batalha que parecia perdida, Aya ergueu sua lança amaldiçoada em direção a Sukuna. Ele riu, desviando-se facilmente de seus ataques. "Você tem coragem de me desafiar, menina?", sua voz era um rugido grave, com um sorriso meio debochado.

"Posso morrer hoje, mas não vou fugir!", ela rebateu, os olhos cheios de uma chama que Sukuna não esperava encontrar em uma humana. Ele se divertiu com sua coragem.

O Primeiro Encontro

Sukuna derrotou Aya com facilidade, mas algo nela o intrigou. Ele poupou sua vida naquele dia. No entanto, não sem deixar sua marca. Ao invés de matá-la, Sukuna se aproximou, pegando seu queixo com força e a puxando para si.

"Você é interessante... tão tola quanto corajosa. Mas, saiba, a próxima vez que me desafiar, eu a destruirei completamente."

Aya não recuou, mesmo com o toque ameaçador. "Então faça isso da próxima vez."

Ele a soltou, seu sorriso sádico nunca desaparecendo.

O Romance

Os encontros entre eles continuaram. Sukuna aparecia de tempos em tempos, atraído pelo desafio que Aya representava. Ela não tinha medo dele e ele odiava e amava isso ao mesmo tempo. Um desejo crescente começou a surgir dentro dele. Não era amor; Sukuna não amava. Mas algo em Aya mexia com ele de uma forma que nenhuma outra criatura jamais havia feito.

Com o tempo, a relação deles deixou de ser apenas batalhas. Ela mexia com ele de formas que ele não sabia explicar, e Aya, por mais que soubesse que Sukuna era uma ameaça, se viu envolvida em sua presença. Ele a tratava com brutalidade, sem jamais demonstrar doçura. Mas mesmo naquele tratamento sombrio, havia algo além da pura violência.

Aos 23 anos, Aya engravidou. Quando contou a Sukuna, seus olhos brilharam com a mesma intensidade que sempre, mas sua reação foi fria. "Um filho?", ele disse sem emoção aparente. "Não me interessa." Mas, dentro dele, uma pequena faísca de algo incômodo surgiu.

A Revelação

Quando o clã de Aya descobriu a gravidez, eles ficaram horrorizados. Um filho do Rei das Maldições? Era intolerável. Ela foi condenada à execução, mas conseguiu fugir, levando o bebê com ela. Aya implorou chorando para Sukuna.

"Por favor, eu te imploro, fica com ele. Eu não peço nada, além disso. Eu posso morrer... Mas, ele... Ele é só um bebê!"

Sukuna olhou para a criança, um menino que já demonstrava características dele mesmo pequeno, sua aura já era poderosa. Ele poderia simplesmente ter abandonado o garoto. Mas, naquele momento, algo o impediu.

"Eu fico com o moleque. Agora quanto a você... Não me interessa... Vá e não me procure de novo!"

Ela desapareceu, sabendo que não tinha outro caminho. Dias depois, Aya foi capturada e executada por seu clã.

Quando Sukuna soube, a raiva dentro dele cresceu. Ele não a amava, mas o fato de terem ousado tocar em algo que lhe pertencia era inaceitável. Para Sukuna, Aya era como algo somente dele. Era dele e só ele podia tocar. Ele caçou e matou cada um dos responsáveis pela execução.

A Criação do Filho

O menino, agora sob a proteção de Sukuna, era forte. Ele o chamava de Ryusei, e a cada dia sua força só crescia. Apesar de ser um pai distante, Sukuna observava o garoto de longe, e por mais que não quisesse admitir, as habilidades do menino eram impressionantes.

Ryusei, com apenas 5 anos, era ousado e destemido. Certa vez, puxou o cabelo de Sukuna durante uma brincadeira. Sukuna, semicerrou os olhos, mas com um sorriso perverso nos lábios.

"Moleque insolente...", ele murmurou enquanto olhava para o menino.

Certa vez, durante um treinamento, Sukuna enfrentou Ryusei. O menino, apesar de sua pouca idade, conseguia segurar alguns ataques.

"Você é forte... mas nunca seja tolo ao ponto de acreditar que pode me vencer", Sukuna advertiu após o combate.

Ryusei com um sorriso travessinho e com os olhos brilhando. "Um dia... Serei tão forte quanto você!"

Sukuna riu, mas dentro de si, algo crescia algo que ele não conseguia admitir. Ele se importava.

A Tragédia

O tempo passou, e quando Ryusei completou 7 anos, a tragédia aconteceu. Outros clãs, temendo o poder que a criança já demonstrava, conspiraram para matá-lo. O garoto, apesar de toda sua força, foi emboscado e morto.

Quando Sukuna soube, o mundo ao seu redor pareceu congelar. Pela primeira vez em anos, ele sentiu uma fúria incontrolável e também algo mais profundo, algo que ele tinha evitado durante toda sua vida: dor.

Ele destruiu todos os responsáveis. Sua ira era imparável, e o sangue que derramou naquele dia foi suficiente para consagrar seu nome ainda mais na história como o Rei das Maldições.

No fim, Sukuna se tornou ainda mais cruel e sem sentimentos. Ele decidiu que nunca mais se deixaria ser vulnerável, nunca mais deixaria que algo ou alguém o abalasse.

E no fim...

Sukuna, o Rei das Maldições, pagou o preço por ser poderoso e temido.

SUKUNA - O PREÇO POR SER TEMIDO Onde histórias criam vida. Descubra agora