01| Prólogo

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❝Nós não matamos os vivos, a menos que eles nos matem

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Nós não matamos os vivos, a menos que eles nos matem.

3 de novembro de 2010

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Lágrimas inundavam seus olhos azuis agora vazios, mãos tremendo pelo impacto da arma. Foi a primeira vez que ele atirou em um ser vivo, alguns os acham monstros, mas para Carl, foi como atirar em uma pessoa real. Seu pai o abraçou com força e ele começou a chorar também, ele estava orgulhoso que seu filho salvou sua vida, mas a que custo?

Tudo aconteceu tão rápido, Carl desobedeceu sua mãe e foi procurar seu pai, apenas para encontrá-lo em um campo aberto com o melhor amigo de seu pai morto no chão. Carl gostava de Shane, se ele não quisesse contar aos seus pais um segredo que ele estava guardando, ele sempre ia até o homem que se sentia mais seguro para contar a ele, esperando que ele não o delatasse. E ele não o fez, mas agora ele estava morto.

Shane não era o melhor homem, ele estava solitário e começando a se tornar um mau amigo para Rick Grimes na esperança de substituir sua posição como pai para Carl e marido para Lori. O apocalipse começou a deixar Shane louco, Rick deu a ele tantas chances de deixá-lo morrer, mas ele não o fez. Mas sua morte era inevitável e o pior de tudo, ele o matou, sem Zumbi, sem acidente, foi Rick Grimes o responsável pela morte de Shane.

— Sinto muito, Carl, eu tive que... ele estava agindo como um louco.

Seu pai provavelmente estava chorando mais que seu filho, e mesmo que Carl estivesse confuso e assustado com o motivo pelo qual seu pai matou seu melhor amigo, ele tinha certeza de que tinha seus motivos.

O estranho é que, minutos depois de Shane morrer, ele tragicamente foi trazido de volta à vida como um Zumbi, pronto para atacar Rick e até Carl. O grupo sabe que a única maneira de um humano se tornar um Zumbi é se for mordido, Carl presumiu que Shane foi mordido, mas não ver nenhum Zumbi à vista apenas o confundiu.

Se não fosse pela intervenção de Carl, ele também teria visto seu pai ser mordido por Shane, mas ele estava muito grato por poder abraçar seu pai com força e inteiro.

— Pai, por que ele estava agindo daquele jeito...? Ele estava bem semana passada.

O xerife olhou para seu filho de 13 anos que o encarou com olhos inocentes e agora traumatizados. Os olhos de Rick se arregalaram um pouco, ele não queria assustar Carl mais do que ele já estava, mas ao mesmo tempo ele tinha que responder suas perguntas.

Com apenas 13 anos, Rick sabia que contar a Carl a verdade honesta sobre alguém que ele admirava não era uma boa ideia. O pensamento de seu filho saber das verdadeiras intenções de Shane horrorizou Rick, tentando encontrar as palavras certas, Rick respirou fundo e acariciou a bochecha de seu filho gentilmente.

— E-ele perdeu... mas o que importa é que você e eu estamos vivos. — Ele respondeu, certificando-se de manter toda a explicação breve.

Carl, é claro, não obteve a resposta que esperava. Rick estava escondendo algo dele, e ele estava determinado a descobrir o que era, mas a única coisa que o jovem garoto podia fazer agora era apenas assentir e tentar não pensar muito sobre o que aconteceu.

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