Único!

2.9K 341 49
                                    


Todos os homens estavam em alerta, armados até os dentes. Existiam aqueles que pareciam estar dispostos a dar as suas próprias vidas naquela missão, enquanto outros estavam com as pernas tremendo de medo, orando para que saíssem vivos daquilo. Jimin era exatamente um desses homens.

Ele estava suando frio, se não fosse pelos comandos, certamente não sabia nem onde pisar naquele chão. Ele respirava com dificuldade por causa da máscara e por causa da poeira que se instalou no local, devido a recente correia que ocorreu ali. Jimin não queria estar ali, não.

Mas com certeza não queria fugir de tentar salvar os inocentes ali reféns. Ele tentou mandar seu coração relaxar, mas era simplesmente inútil por causa de seu nervosismo. Ele segurava a arma com força, seus dedos doíam e em uma pequena fração de segundos, que ele não conseguia contar enquanto pensava em seu próprio medo, uma bomba explodiu bem ao lado daqueles homens.

Vários gritos foram ouvidos, gritos roucos e brutos, não se podia entender o que diziam. O ar foi tomado por uma tempestade de poeira e fumaça, Jimin estava cego enquanto corria para a direção dos caminhões. Mesmo com as pernas fraquejando, ele não olhou para trás e muito menos para os lados, era quase um homem morto por esse ato imaturo para alguém na posição dele.

Quando menos esperava, duas mãos pesadas empurraram seu corpo para frente. Ele tentou olhar para trás, mas não conseguiu porque havia um homem atrás dele que corria muito rápido. Jimin apenas correu junto, esperando encontrar os caminhões.

Ele finalmente bateu contra o aço do automóvel, tocava cego até achar a abertura do caminhão. Era um compartimento único, os soldados ficavam ali dentro sentados em pequenas cadeiras grudadas nas paredes do veículo, e um único espaço quadrado que dividia os homens ali. Jimin caiu no chão, de barriga para cima, com a porta fechada e o coração a mil. O homem que o empurrou antes, fechou a porta rapidamente e ficou de pé.

O Park tentava controlar a respiração, a boca estava aberta, ele finalmente havia tirado sua máscara.

O soldado olhou para trás. Jimin tentou reconhecer ele, mas era difícil em meio a tantos homens. O soldado se aproximou, e Jimin encolheu-se como um caramujo. Viu as sobrancelhas do mais alto frizarem, e os olhos negros o olharem com curiosidade.

Novamente, ele tentou se aproximar, e Jimin encolheu-se de novo.

— Do que você está com medo, mocinha? — Ele se agachou na frente de Jimin, com os braços apoiados sobre os joelhos e o rosto inexpressivo coberto pela máscara escura. — Você corre bastante, sabia? Eu quase não consegui pegar você.

Jimin começou a ficar vermelho e ficar com medo de estar ali junto daquele homem. Já não bastava estar com medo do que acontecia lá fora naquele exato momento, agora ele tinha uma coisa a mais para ficar preocupado quando pensou que estava correndo para ser salvo.

— Do que você me chamou? — Jimin perguntou. O homem apenas o olhou.

Aquele olhar tão caloroso foi interrompido por uma chuva de tiros que começou a atingir o aço do caminhão. É claro que era a prova de balas, mas o soldado robusto deitou-se por cima do corpo de Jimin. Instintivamente, o Park fechou os olhos e segurava com força às roupas daquele soldado. Expremia seu rosto no peito dele. O soldado esperou tudo passar, esperou o som dos tiros irem embora enquanto sentia o pequeno corpinho embaixo de si. Estar ali junto com aquele soldado loirinho não era uma coisa ruim.

— Você pode me soltar agora, mocinha. — Jimin abriu os olhos e encarou os olhos redondos do homem. O Park finalmente notou a identificação bordada na roupa dele.

Jeon, 237.

— Por que está me chamando assim? — O Park começou a ficar com raiva.

Ele sabia? Mas como?

237 - JIKOOKWhere stories live. Discover now