𝐈𝐍𝐃𝐄𝐒𝐓𝐑𝐔𝐓𝐈𝐕𝐄𝐋 • 𝐋𝐎𝐑𝐑𝐀𝐍𝐄 𝐎𝐋𝐈𝐕𝐄𝐈𝐑𝐀

[7] Sentimentos

🥋🤸🏾‍♀️

LORRANE OLIVEIRA

Mal conseguia respirar, mesmo que nossos lábios estejam apenas colados um no outro ainda assim é capaz de ascender as borboletas no meu estômago.

Ela abriu os lábios, meio tímida, pedindo passagem com a língua para aprofundar aquele beijo. Eu aceito de imediato, sentindo sua língua explorar cada canto da minha boca.

Aproximei mais nossos corpos, sentindo o calor dela, rodeando os braços no seu pescoço, estávamos coladas uma na outra, Fernanda aperta a minha cintura.

Nossas cabeças moviam em diferentes direções, encaixando aquele beijo gostoso com perfeição, nossas línguas brigando por espaço.

Suas mãos se mantém em minha cintura, em minha mente desejava que descesse mais um pouco...

Meus pulmões gritaram pela falta de ar, mesmo a contra gosto separei nossos lábios, recuperando o fôlego perdido.

Fernanda também parecia recuperar o seu, ofegantes, nos encaramos, seus olhos brilhavam.

- ... - O silêncio era visível, e o constrangimento começava a aparecer, pelo menos para mim.

Sentia as famosas borboletas fazendo uma festa na minha barriga, acabei desviando o seu olhar intenso, encarando o chão.

- Hey, o que foi? - Fernanda perguntou baixinho, ainda com as mãos presas no meu quadril - Lolo...

Sorri pequeno com o meu apelido saindo de seus lábios, era tão bom, como uma melodia.

- Você não gostou? Fui muito apressada? Me desculpa eu sou uma idiota - Coloquei meus dedos sobre seus lábios para cessar suas perguntas com tom de desespero.

- Calma Fê, você não fez nada de errado - Assegurei, tirando os dedos dos seus lábios - Eu só estou...sem graça.

- Ah...- Soprou, dando uma risadinha - Eu também me sinto assim - Admitiu - Mas faria tudo de novo.

Sorri fazendo um carinho leve no seu rosto, me permitindo hipnotizar pelos seus lindos olhos.

Aproximamos nossos rostos mais uma vez para iniciar outro beijo quando abrem a porta de supetão.

- Ah meu Deus! - Flávia grita, nos olhando espantada, Fernanda e eu nos separamos rápido - Desculpa meninas, não queria atrapalhar!

Pediu ficando vermelha, eu não pude evitar ficar ainda mais sem graça com o flagra, abraçando meu próprio corpo.

- N-Não tem problema Flávia...- Falei, finalmente encontrando voz, Fernanda olhava para o chão, sem saber o que dizer.

- Eu só vim pegar o casaco da Jade mas já vou saindo - A mais baixa diz novamente, escondendo um sorrisinho, mexendo na sua mala e saindo do quarto no mesmo pé, talvez incrédula pelo o que acabou de acontecer.

Sei que mais tarde provavelmente as meninas vão está sabendo e vão querer uma explicação.

Após a saída de Saraiva, ficou um silêncio desconfortável no quarto.