Ecos de Nós - Larry Stylinson

2 - Notas de Esperança

Louis estava nervoso enquanto aguardava sua vez na fila. Cada minuto que passava parecia uma eternidade. A sala do programa estava repleta de candidatos, cada um com suas próprias esperanças e sonhos, todos ali para impressionar os jurados. Ele podia ouvir as vozes abafadas do lado de fora, o murmúrio da plateia e o ocasional aplauso ou grito de alguém que havia passado.

A lembrança da briga com Hannah ainda pairava em sua mente, mas ele tentou afastar esses pensamentos. Ele sabia que ela estaria lá, torcendo por ele, mesmo que tivessem discutido. A mensagem que ele recebeu antes da audição ainda ressoava em seus ouvidos. "Boa sorte, amor. Te amo muito." Isso lhe dava forças, um lembrete do que realmente importava. Ele queria fazer isso por ela, por eles.

Finalmente, seu nome foi chamado. Ele respirou fundo e seguiu em frente, a ansiedade pulsando em seu peito. Quando entrou na sala, as luzes estavam ofuscantes, e os jurados o observavam com expressões que não deixavam transparecer muito. No centro, Simon Cowell, com seu olhar crítico e autoritário, estava ali, prestes a avaliar seu talento.

"Olá, qual é o seu nome?", Simon perguntou, sem rodeios, seus olhos avaliando Louis como se ele fosse um produto a ser analisado.

"Oi, eu sou Louis Tomlinson", ele respondeu, tentando manter a voz firme, embora sua mão tremesse ligeiramente. "Vou cantar 'Hey There Delilah'."

Louis sabia que aquela música era especial. Era uma balada que falava sobre amor e distância, e ele queria que Hannah soubesse o quanto ela significava para ele. Ele se lembrava de como escutara a canção várias vezes, sempre pensando nela, desejando poder expressar seus sentimentos de forma clara.

"Pode começar", Simon disse, cruzando os braços, quase como se estivesse esperando para encontrar um motivo para rejeitá-lo.

Louis começou a cantar, a melodia ecoando pela sala, e com cada nota, ele tentava transmitir sua emoção. Ele fechou os olhos, imaginando Hannah ali, sorrindo, torcendo por ele. A letra fluía de seus lábios, e ele se deixou levar, colocando seu coração na performance. O ritmo suave e a narrativa romântica da música envolviam a sala, e ele se sentia cada vez mais confiante.

No entanto, quando ele terminou, o silêncio na sala foi ensurdecedor. Simon foi o primeiro a falar. "Olha, Louis, você tem potencial, mas sua performance foi muito instável. Acredito que você ainda precisa de mais experiência. Eu vou dizer não."

O coração de Louis afundou. A rejeição imediata era um golpe duro, mas ele tentou não deixar isso transparecer. Um dos outros jurados, uma mulher de cabelos curtos e um sorriso gentil, se inclinou para frente. "Eu entendo o que Simon quer dizer, mas eu realmente vi algo especial na sua apresentação. Acredito que você tem um grande futuro pela frente. Meu voto é sim."

Louis sentiu um pequeno fio de esperança se acender. "Um sim", ele pensou. Mas ainda precisava de mais um.

O próximo jurado, um homem de cabelo grisalho, parecia ponderar. "Você precisa trabalhar na sua técnica, mas seu coração estava presente na música. Por isso, eu também vou dar meu sim."

Agora, era tudo ou nada. Louis se virou para Simon, esperando que o jurado mudasse de ideia. Simon olhou para ele, a expressão impassível, e Louis sentiu que os segundos se arrastavam.

"Não sou alguém que dá oportunidade apenas por dar", Simon disse, com a mesma frieza. "Mas, Louis, eu não posso negar que você mostrou um pouco de brilho. Vou fazer uma exceção e dizer sim."

Louis mal conseguia acreditar. Ele estava tão aliviado que a emoção quase o fez chorar. Os jurados continuaram a discutir, mas tudo que ele podia ouvir era o som do seu próprio coração acelerado. Ele tinha passado.