Cidade pacata

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Caminhar dor ruas pacatas em sua cidade natal, fazia S/N Smith se perguntar quando às coisas iriam melhorar e quando ela teria uma oportunidade de crescer como a profissional que sempre almeja ser, mas longe dali.

As ruas eram as testemunhas de seus pensamentos de um futuro, onde ela conseguisse usar seu amor por desenhos e crescer, ser uma artista renomada, e quem sabe ter algo exposto no museu do Louvre, em Paris. Mas nada disso adiantava quando ela chegava em frente a lanchonete cobiçada do pequeno vilarejo no interior da Grã-Bretanha, encontrando às mesmas pessoas, usando a mesma roupa e servindo as mesmas comidas para pessoas, cujos os nomes, sabia decorado, assim como seus rostos.

- Bom dia, Sr. Smith.

- Bom dia, minha jovem. O que teremos hoje?

- Café com o prato do chefe. - sorri.

- Vou querer um.

- Levarei em sua mesa. - sorri.

- Muito obrigado, minha jovem. sorri - Como estão seus pais?

- Estão bem.

- Nunca mais vi seu pai. Ele está afastado do centro.

- Está trabalhando na arrumação daquele palácio assombrado. O senhor acredita que tem gente comprando aquele lugar?

- Mas é um belo e amplo espaço. Além de ter uma linda vista.

- Pode até ser, mas o senhor sabe o que acontece ali dentro.

- Sei das lendas - sorri - Mas não acredito no que falam, só que ali é extremamente lindo.

-E eu prefiro manter distância daquele lugar.

S/N levou todas suas atenções ao senhor idoso que estava em sua frente, sorrindo da forma mais meiga e aconchegante que ela poderia receber de alguém que lhe via todos os dias, apenas para conversar e tomar café.

Longe dali e caminhando pelos corredores brancos e belos de uma enorme mansão com paredes de vidro, natureza e muitos livros, estava Cate Blanchett ao lado de seu marido e corretor de imóveis, avisando que a compra da casa na Grã-Bretanha, só não era finalizada, porque ela precisava ver pessoalmente o estado em que o local se encontrava, para ter a certeza de que o alto valor investido, seria valido.

O homem de terno e gravata, segurando uma caderneta e um tablet, avisou que a atriz poderia marcar a visita e que ele estaria disponível para mostrar o Palácio Vitoriano e se estado, mas adiantou que uma grande reforma seria necessária e que o custo iria ser muito superior à compra da própria residência, sendo essa a razão de estar ali para lhe mostrar novos imóveis e com os mesmos valores e pouco custo de reforma, mas neste momento, a atriz parou em meio ao enorme espaço, olhou para o homem e avisou:

- Não quero outro lugar! Gostei daquele palácio e só quero vê-lo pessoalmente - continua caminhando - Isso não significa que estou desistindo dele - ri, vendo seu marido Andrew dar de ombro, já que todas as decisões que existiam, eram sempre Blanchett que as possuía.

- Então, quando a senhora quiser, podemos marcar a visita.

- Neste sábado podemos ir. Estarei livre e quero resolver essa mudança com uma certa urgência. - continua caminhando - E como estamos em relação a venda desta casa?

- Consegui eventuais pagantes, mas eles estão achando o valor alto demais. Querem negociar.

- Negociar? - ri - Não! O valor está mais barato do que deveria, não é amor? - olha para Andrew.

- Compramos essa casa por 300 milhões de dólares, gastamos cerca de 100 milhões em reforma, e estamos vendendo por 250 milhões. Então, está fora de cogitação uma negociação sobre valores.

- Avisarei a eles.

- Caso eles queiram a casa, peçam para entrar em contato para marcarmos um encontro. - avisa Cate, vendo o homem concordar e se despedir com gentis palavras e aperto de mão.

A atriz australiana voltou suas atenções ao seu marido ao vê-lo voltar para onde ela estava, e assim eles seguiram para a sala, encontrando os quatro filhos, sendo um deles uma menina de 5 anos de idade, fios loiros e pele branca como neve, que correndo em direção aos pais, se jogou do colo da atriz e sentiu o abraço apertado e carinhoso de uma mulher com mais de 50 anos de idade e reconhecimento mundial.

Na cidade de origem do futuro palácio de Cate Blanchett, S/N Smith caminhava entre mesas e cadeiras, servindo café e outros acompanhantes para pessoas que lhe viram nascer e lhe ensinaram muitas coisas no decorrer de seus 24 anos.

Ela chamava a atenção pela beleza e forma simples de ver a vida, mais acima de tudo, pelo talento com o lápis, papel e uma borracha.

Seus desenhos realistas e detalhistas, lhe faziam ser conhecida por algumas pessoas, mas não o suficiente para que ela vivesse apenas deles.

Um homem alto e forte atravessa as portas de vidro daquele local, já lotado de clientes e funcionários, mostrando suas roupas sujas de poeiras e lama, mas não era algo assustador para quem já estava ali.

Ele cumprimentou quem conseguia e se aproximou de S/N, pegando-a de surpresa e rindo com a reação de espanto acompanhada por um:

- Pai?! Que susto!!

- Desculpe, minha princesa? - ri.

- O que o senhor está fazendo aqui? E... você está horrível!

- E eu não sei? - sorri.

- Está tão feio assim?

- Sim! - percebe muitos olhando em sua direção - Às paredes estão desgastadas, o piso cheio de pó, tudo está caindo aos pedaços.

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⏰ Última atualização: Oct 01 ⏰

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