Emprego no Mercado

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Isabela! - Gritou minha mãe da sala.
Que foi mãe? Tô deitada- Falei com preguiça, ela sempre fazia isso quando eu ia descansar começava o escândalo, não vive sem mim essa mulher.

Vem aqui agora Isabela, preciso que vá ao mercado- Gritando já irritada.
Tá certo- Falei descendo as escadas e resmungando - não é possível, acabei de arrumar a casa e não posso nem dormir um pouco, Aff!

Chego na sala e me jogo em cima da minha mãe fingindo q estou dormindo.

Isabela, vc pode me machucar assim, pare com isso! Levante logo e vá comprar as coisas da lista.-
Saiu de cima dela e pego o papel da mão dela fazendo cara de tristeza.
Oh mãe não pode comprar isso outro hora, dia ou mês ? - digo me deitando no sofá. Ela começa a rir da minha cena de preguiça.
Filha levanta logo e vai, preciso disso pra ontem. - diz ela sorrindo
TÁ! Tá! - Digo me levantando e saindo de casa.

O dia em Natal hj está muito bonito, céu azul com alguns pássaros nas árvores, eu gosto daqui.. Olho os prédios ao meu lado, daria minha casa toda para morar em um apartamento desses, lá no último andar, lá de cima eu podia fotografar a lua cheio bem pertinho de mim, seria incrível, sim eu sou apaixonada pela natureza.

Chego ao mercado da dona Marcia, o local está lotado uma fila enorme, o que deu nessas pessoas, inflação do país q não é! Riu pegando as coisas da lista quase correndo para não ter que pegar uma fila maior. Termino e vou até a fila e espero uns 5 minutos.

Dona Marcia, Boa tarde - Digo sorrindo
Olá minha filha, tudo bom com você? - Diz ela sorrindo e passando as compras.
Ah, tá tudo ótimo, entrei de férias ontem então tô dormido bastante - falo com naturalidade e nos começas a rir. Conheço essa senhora a muito tempo, acho que ela me viu nascer, é como uma 3° avó pra mim. Quando ela termina eu pago e vou para perto dela dando passagem aos outros clientes.
O mercado da cheio hj né ? A senhora quer uma ajuda ? - Digo a observando e vendo que ela já estava cansada.
Oh querida por favor, vc poderia terminar essa aqui pra mim- Ela vai se afastando e sentando numa cadeira de balanço.
Claro que sim- falo sorrindo e terminando de passar as compras para os 3 clientes que ainda faltam, quando termino sento ao lado da dona Marcia.

Quando vou abrir a boca para falar ela segura minha mão com carinho e começa a falar. -

Obrigada querida, vc é uma menina maravilhosa não é à toa que sua mãe se orgulha muito de vc. Sei o que vai me falar, mas eu não consigo ficar sem isso aqui...

Nossa como ela adivinhou ? Eu ia mesmo aconselha-la de que ela não podia mas ficar ali trabalhando, era muito sacrifício para uma senhora de 70 anos, mas como eu podia falar outra coisa? Ela tinha razão, não havia nada na vida dela agora, era viúva, seu filho mais velho casou a pouco tempo e saiu de casa, ela só tinha uma filha adotada de 18 anos q eu realmente tinha raiva, a garota era uma ingrata, foi adotada muito nova e sempre teve o que queria, o falecido Carlos, marido da dona Marcia, amava aquela menina, tudo dava a ela, os dois viviam saindo juntos e sempre trazia algum agrado a mãe dela, porém mesmo com tudo isso ela era rebelde, quando não estava saindo com o pai estava em festa se drogado e bebendo, depois da morte do pai só piorou e hj ela nem ajuda a mãe.

Parei meus pensamentos e olhei para ela com um sorriso meigo.

Eu sei, mas está tendo muito movimento aqui. Antes dela falar eu levantei e peguei minhas sacolas e falei a ela - Eu tive uma ótima idéia e a senhora não vai poder dizer não ok? Amanhã depois do almoço eu venho aqui e a ajudo no que precisar, estou de férias e isso não vai me atrapalhar em nada. - começo a sorrir e ela vem até a mim e me abraça - Obrigado querida, eu só tenho a agradecer a vc é a sua mãe, prometo q iria recompensa-la. - abraçando me com mais força e percebo q alguns lágrimas caem sobre seu rosto.
Nesse momento é como se eu pudesse sentir toda a dor que ela sentia, todo o sofrimento de não ter seu marido e ainda tomar conta de uma adolescente e ter que trabalhar só para não viver sozinha em uma casa.
Saio do seu abraço e olho para ela secando umas lágrimas ali.

Ei, não quero a senhora triste ok? E não precisa fazer nada por mim, eu sei que a senhora já ajudou muito minha família nos tempos difíceis e tal. - Falo seria
Mas minha filha... - eu a interrompo com uma Beijo na bochecha e vou saindo.
Oh se a senhora quiser me recompensar com alguma coisa, coloque aquele sorriso lindo no rosto , viu? Te amo dona Marcia! - sorriu pra ela ela e ela também.

Vou para casa. Chegando lá dou de cara com minha mãe que parece estar louca de raiva, lá vamos nós. ..

Isabela Fernands, que demora é essa, vc quer me deixar maluca? Liguei para tudo que é lugar, aonde vc estava ?! - diz gritando e tenho certeza que toda a rua escutou.
Ei mãe calma, eu estava ajudando a dona Marcia com os clientes, estava lotado lá, e amnha depois do almoço farei o mesmo, tá certo, fica calma e desculpa não ter avisado eu estava sem celular - Falei a ela com a maior calma para ela não me matar ali mesmo.
Hm... vc não está mentindo né ? Pq eu vou lá no merdadinho saber se é verdade viu?! - ela já calma porém como sempre desconfiada.
Ei relaxe, não estou mentindo. Eu estava lá até agora ajudando sua amiga que está precisando muito viu?! Ninguém tá ajudando ela lá. - Falo na tentativa de mudar o assunto e fazer ela me deixar entrar em casa, pq até agr eu continuava lá no portão.
--É verdade, eu soube que ela está tomando conta sozinha lá , vc é ótima menina, vá ajuda-la mesmo, ela já fez muito pelo nossa família, agr entra que preciso fazer o jantar.

Entrei e fui para minha cama e peguei no sono ouvindo as playlist do Spotify.

É iss , primeiro capítulo , prometo que irei terminar o segundo ainda hj.
Minha primeira história, espero que gostem, com o tempo eu melhoro ;)

O garoto do condomínioOnde histórias criam vida. Descubra agora