𝐌𝐄 𝐓𝐎𝐑𝐍𝐄𝐈 𝐔𝐌𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 | ᵖʳⁱⁿᶜⁱᵖᵉ ʷⁱˡˡⁱᵃᵐ

Capítulo 52

De volta a França, Alexandrya se jogou no sofá do Castelo de Loire tirando os tênis brancos e os deixando no chão.

"Bem vinda de volta, Princesa." Disse uma das empregadas da família real

Alexandrya a olhou, conhecia Ebely desde que se entendia por gente, e aquela senhora estava sempre cuidando dela e de seus irmãos.

"Obrigada Ebely." Ela sorriu gentilmente a mais velha "Meus irmãos estão?"

Antes que Ebely tivesse a chance de dizer, Victória entrou na sala e Pierre veio atrás, a ruiva parecia animada com alguma coisa enquanto Pierre ria baixo.

"Alex!" A Ruiva parou diante dela, sorrindo divertida "Lembra das filmagens que fizemos em 1993?"

A loira franziu a testa, tinha uma memória vaga dessas filmagens, mas lembrava delas de alguma alguma, já que tinha sido nessa época que ela começou a se interessar pelo hipismo.

"Lembro, oque tem?"

"Letícia achou e disse que vai divulgar algumas imagens!" Victória disse se sentando animada "Mas antes vai nos mostrar!"

Pierre riu divertido.

"E ela também disse que vamos fazer novas filmagens." O loiro explicou se sentando ao lado de sua gêmea

Alexandrya intercalou o olhar entre os dois irmãos.

"Ei, oque eu perdi?" Perguntou, confusa, olhou entre os dois irmãos

"Muita coisa!" Victória afirmou

"Calma Victória." Pierre basicamente ordenou "Papa e Letícia decidiram que vão ter filhos."

Alexandrya engasgou com a saliva assim que Pierre fechou a boca, o Herdeiro presutivo ao Trono de leves batidas nas costas da irmã.

"E Letícia já deu um nome se for menina." Victória declarou olhando a irmã

"Qual?" Questionou, recuperando o fôlego se ajeitou no sofá

"Alay."

Alexandrya franziu a testa.

"Não é um nome de Princesa." A diplomata entre os irmãos declarou "e muitos menos um nome adequado para uma realeza."

Victória deu de ombros.

"Ah, o nome do Pierre também não é." Victória disse tentando encontrar uma forma de aliviar a irmã

"O nome dele é o nome do marido da primeira rainha da França após a revolução francesa." Declarou, a loira encarou o irmão "Príncipe Austríaco Pierre Fernando Carlos Maximilian de Habsburgo-Lorena."

Victória parou, e então bufou, ela realmente tinha gostado do nome da possível irmã, mas sabia que seus dois irmãos mais velhos eram bem 'rígidos' no quesito de nomes.

"De qualquer forma, não temos nada haver com isso." Pierre declarou dando de ombros "Não é nossa filha e não temos que nos preocupar com o nome."

"Sim, mas já parou pra pensar que é um nome originado do inglês?" Alexandrya questionou o olhando "e o significado dele é bem.. questionável."

"Qual a significado?" Victória perguntou olhando a irmã

"Colocar para baixo." Pierre foi quem respondeu "Oque é bem diferente do significado dos nossos nomes."

"Pierre significa solidez ou firmeza, Alexandrya significa defensora da humanidade, e Victória significa Triunfo." Alexandrya foi quem falou dessa vez "O nome dessa possível criança vai ser o mais divergente, e já pararam pra pensar como a França em si vai ficar com um nome tão.. é bem.. simplório?"

Victória ficou em silêncio, as palavras de seus irmãos faziam sentido pra ela.

"De qualquer forma," Pierre começou "Não nos diz respeito, se eles querem colocar 'Alay' deixe que coloquem, só não garanto que será muito aceito pelo público."

"As vezes não temos que ligar pro público irmãozinho." Victória disse olhando o irmão

Pierre riu, uma risada quase debochada.

"No dia que você nascer novamente e não for mais princesa, você para de se importar com oque pensam de você." Ele declarou com um sorriso quase divertido

25 DE DEZEMBRO DE 2001.
LOIRE, FRANÇA.

Se tinha algo que Alexandrya sempre gostou em Loire, foram as formas de como eles celebravam o Natal.

A começar pelo detalhe de que Durante a estação do Natal, sete dos castelos mais imponentes da região – Amboise, Azay-le-Rideau, Chenonceau, Chinon, Langeais, Loches e Villandry – abrem suas portas para celebrar as festividades de fim de ano.

Alexandrya se recordava de como seu pai ia para essas celebrações abertas ao público junto com Helena e com os irmãos, entretanto, ela, Pierre e Victória só passaram a estar nessas festividades abertas ao público após os seis anos, pois para a Realeza Francesa não tinha sentido colocar crianças muito pequenas no meio dessas celebrações, principalmente porque antes do início delas acontecia uma breve celebração realizada pela Igreja e seria cansativo para as crianças e até tedioso.

Cada um dos castelos era minuciosamente decorado para essa época do ano, e cada um deles oferecia uma perspectiva completamente diferente do Espírito Natalino, com imponentes árvores de Natal, doces deliciosos, presépios gigantes, esculturas de açúcar meticulosamente trabalhadas e velas que dançam entre luz e sombra.

A primeira vez que Alexandrya foi a um desses castelos ela tinha seis anos, seu pai dessa vez renovou a tradição, levando apenas os dois filhos, gerou burburinho da mídia? Sim, mas nenhum deles se importava de fato, até porque a mídia que tanto especulava não era a francesa.

Esse ano eles iriam todos para um dos castelos, dessa vez iriam para o Amboise, aquele que fora o favorito de sua avó Celeste, e por algum milagre, sua avó só parecia se importar com como Letícia tinha arrumado seu lugar favorito em toda Loire, já que ela tinha certa adoração por aquele castelo que fora onde ficará até conhecer seu futuro marido, Charles X.

Cada um deles havia tomado para si uma cor, Victória tomara um verde mais escuro, Alexandrya o roxo, Pierre um tom de cinza igual a Francis e Letícia um tom de vermelho.

"Bom Natal a vocês." Ela sussurrou pros irmãos enquanto tocava uma das tradicionais lanternas de Natal de Loire

Criadas em base no desejo de seu tio, Sebastien, que fora uma criança curiosa e pedirá ao rei em 1970 para lançar lanternas no Natal.

"A você também, irmãzinha." Pierre falou enquanto soltava a lanterna ao mesmo tempo que as irmãs

Victória estava muito mais focada nas dezenas de lanternas voando no céu escuro e estrelado do que nas palavras de seus irmãos.

"Feliz Natal." Disse sem ouvir exatamente oque seus irmãos falaram