A festa estava animada, as luzes piscando em tons de neon por todos os lados, preenchendo o espaço com uma energia vibrante. O som alto da música fazia o chão vibrar, enquanto pessoas dançavam e riam ao redor. Minho, encostado no balcão, segurava o...
Depois de um dia cansativo, Hyunjin, Bang Chan e Changbin me chamaram para uma festa. Eu fiquei intrigado, mas decidi ir me arrumar rápido. Quando chegamos, fui direto pegar uma bebida com meus amigos. Não fiquei 100% bêbado, talvez uns 30%, depois do terceiro copo. Então, de repente, vi um garoto que chamou minha atenção. Ele passou do meu lado, com um olhar que parecia buscar algo... Espera, ele está olhando para mim? Que garoto estranho.
Mesmo assim, ele continuava me encarando, fixo, como se estivesse me analisando. Parecia um pouco tonto, mas ainda agia normalmente. Algo nele me intrigava.
Han Jisung:
Hoje, meus amigos, principalmente Felix, Seungmin e Jeongin, me chamaram para ir a uma festa de uma amiga. Ela tinha feito 16 anos recentemente, então achei que seria tranquilo. Quando cheguei, bebi um pouco, mas não o suficiente para ficar caindo pelo chão. Eu parecia estar sóbrio, certo?
Então, fui para o outro lado da festa e, de repente, vi um garoto que me prendeu completamente. Eu passei por ele, e meus olhos não conseguiam desviar. Minha cabeça estava cheia de uma só coisa: Porra, por que ele é tão lindo?
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A Festa e a Sensação de Desconforto
A festa estava em seu auge. As luzes de néon piscavam descontroladamente, pintando as paredes e os rostos das pessoas em tons vibrantes de rosa e azul. O ritmo da música eletrônica batia alto no peito de Minho, mas ele não conseguia se conectar ao som, nem ao ambiente. Ele estava ali fisicamente, mas sua mente estava em outro lugar, talvez cansada das exigências da semana ou talvez desconfortável com a energia do lugar. Ele tomou um gole de sua bebida, os dedos deslizando ao longo do copo frio, como se o vidro pudesse dar alguma resposta para o que estava sentindo.
Do outro lado da sala, seus amigos riam e conversavam com outros convidados, mas, mesmo entre seus amigos mais próximos, ele sentia um desconforto. Algo estava... fora do lugar. Não conseguia identificar o que era, mas era uma sensação que se intensificava conforme a noite avançava. Era como se estivesse sendo observado, mas de uma maneira que não o fazia sentir-se ameaçado — ao contrário, o fazia se sentir exposto, vulnerável.
Ele levantou os olhos por um breve segundo e, mais uma vez, sentiu aquele olhar. Algo dentro dele se agitou, como um instinto profundo, mas ele tentou ignorar, balançando a cabeça e olhando para longe. Sua mão apertou o copo enquanto ele lutava para focar na conversa de Hyunjin ao seu lado, mas era impossível. O desconforto, a curiosidade, o puxavam para algo que ele ainda não conseguia definir.
Jisung, O Observador Silencioso
Do outro lado da sala, Han Jisung estava em uma situação similar, embora a inquietação dele tivesse uma origem diferente. Ele havia chegado à festa com seus amigos Felix, Seungmin e Jeongin, pronto para se divertir, mas desde o momento em que seus olhos pousaram em Minho, algo mudou dentro dele. Ele tentou se distrair com a bebida, conversas e risos, mas sua atenção sempre voltava para aquele garoto. Ele não sabia por quê, mas era como se estivesse sendo atraído para ele, como uma força invisível que não conseguia resistir.
Os olhares que eles trocavam ao longo da noite eram breves, quase acidentais, mas cada vez que aconteciam, o coração de Jisung acelerava. Ele tentava desviar, fingindo que era só um acaso, que nada mais estava acontecendo. Mas não era só isso. Toda vez que seus olhos encontravam os de Minho, era como se algo em seu peito se acendesse, uma faísca que ele não sabia como controlar. Ele sentia o rosto corar e o estômago revirar. Era a primeira vez que algo assim acontecia, e ele não sabia o que fazer com esse sentimento.
Mesmo de longe, Jisung observava os pequenos detalhes — o jeito como Minho segurava o copo, os movimentos leves de seus dedos, a maneira quase sutil como ele passava a mão pelos cabelos. Ele estava sendo atraído, lentamente, como uma maré que o puxava para mais perto. Mas ainda não sabia se tinha coragem para se aproximar de verdade.
A Aproximação Silenciosa
Minho tentou continuar a conversa, mas o sentimento de que estava sendo observado tornou-se quase impossível de ignorar. Ele finalmente cedeu à curiosidade e levantou o olhar mais uma vez, e lá estava ele — Jisung, parado a uma distância segura, mas seus olhos fixos nele. Dessa vez, o olhar de Jisung não desviou. Ao contrário, ele o manteve, e algo dentro de Minho mudou.
O contato visual foi rápido no início, e, como antes, Minho tentou disfarçar. Desviou o olhar, focou-se no copo em suas mãos. Mas não adiantava. Seu corpo inteiro estava alertado por aquela presença do outro lado da sala. Ele sentia um calor subir pela nuca, como se soubesse que algo estava prestes a acontecer. Aquilo não era coincidência.
Jisung também sentiu o peso do momento. Seus amigos falavam ao seu redor, mas ele não conseguia prestar atenção. Seus olhos estavam fixos em Minho. Eles já haviam trocado olhares durante a noite, mas agora era diferente. Algo estava mudando. Ele percebeu que Minho também não desviava mais o olhar tão rapidamente, e a tensão entre eles parecia crescer, silenciosa, intensa.
O Momento da Conexão
E então, a música mudou. Um ritmo mais suave começou a tocar ao fundo, e o som de "Compass" preencheu o ambiente, como se fosse a trilha sonora exata para aquele momento. Os olhos de Minho e Jisung se encontraram de novo, e dessa vez nenhum dos dois desviou. A primeira linha da música soou: "You're always there to help me when I'm down...", e parecia que o tempo desacelerava ao redor deles.
Minho ficou parado, seus pensamentos se embaralhando enquanto a voz suave da música preenchia seus ouvidos. "I'm lucky you've been keeping me around..." As palavras ressoavam de uma forma estranha dentro dele. Ele não sabia por quê, mas sentia uma conexão com Jisung, como se aquelas palavras não fossem apenas parte da música — eram algo que ele queria dizer, algo que ele sentia.
Do outro lado da sala, Jisung sentia o mesmo. Seu coração batia rápido, e ele não conseguia tirar os olhos de Minho. "You're the star I look for every night..." O mundo ao redor deles começou a desaparecer. As pessoas continuavam a rir, dançar e conversar, mas para eles, tudo parecia se desfazer em um borrão. Era como se apenas existissem os dois, presos naquele momento, naquela troca de olhares que carregava tanto, mesmo sem palavras.
"When it's dark, you'll stick right by my side..." Minho sentiu algo novo. Era familiar, mas ao mesmo tempo, desconhecido. Jisung não era mais apenas um garoto em uma festa. Ele era algo mais. A letra da música parecia descrever o que ele não conseguia colocar em palavras. Jisung era seu ponto de referência, seu norte. Alguém que ele sentia que conhecia, mesmo sem nunca terem trocado uma palavra.
"You're my only compass, I might get lost without you..." E com essas palavras, a conexão entre eles se tornou inegável. Minho sentiu como se tivesse encontrado algo que nem sabia que estava procurando. Jisung, por outro lado, sentiu que não estava sozinho naquela sensação. Algo profundo estava acontecendo entre eles, e ambos sabiam que aquela noite era apenas o começo de algo maior.
