Like you Do (Jikook)

(08)

Namjoon abriu a porta do carro, olhando para Jungkook, que estava sentado no banco do motorista. Jungkook parecia exausto, o rosto marcado pelo cansaço e pela tensão dos últimos dias.

- Eu vou dirigir - disse Namjoon, com firmeza.

- Você não está em condições de pegar o volante depois de tudo o que aconteceu.

Jungkook soltou um suspiro pesado, relutante, mas acabou se movendo para o banco do passageiro, deixando Namjoon assumir o controle. Hoseok e Yoongi entraram no carro silenciosamente, acomodando-se na parte de trás. O ar estava carregado de preocupação.

- Essa casa de campo onde o Jimin está fica muito longe - comentou Namjoon, quebrando o silêncio. - Praticamente um dia de viagem.

Já fazem dois dias que ele se foi, e Jin, que foi ao encontro dele,até o momento não dava notícias.

Ele estava visivelmente aflito. O silêncio de Jin era incomum e isso o perturbava profundamente.

- Dirija rápido, por favor - pediu Jungkook, a voz baixa e cheia de angústia.

Namjoon acelerou o carro pela estrada escura, os faróis cortando a escuridão como um farol de esperança incerta. Enquanto dirigia, ele tentou ligar para Jin. Nada. Só a caixa postal. Ele olhou para o celular, frustrado.

- Nada ainda - disse, tentando manter a calma.

Hoseok, no banco de trás, também tentou ligar para Jin, mas encontrou o mesmo destino. O silêncio no carro ficou ainda mais pesado. Todos estavam preocupados, tentando não imaginar o pior.

Enquanto isso, em outro ponto da cidade, Taehyung caminhava com determinação em direção à delegacia. Em suas mãos, ele carregava todas as provas que conseguiu juntar contra Bang. Ele também havia sido vítima, mas não estava mais disposto a se calar. Juntou depoimentos de outras vítimas, criando um caso forte contra o homem que havia causado tanto mal.

- É hora de pôr um fim em todas as maldades de Bang - Taehyung murmurou para si mesmo, enquanto entrava na delegacia, pronto para finalmente expor a verdade e buscar justiça para todos que sofreram nas mãos daquele monstro.

A lua estava alta no céu quando Jin se abaixou ao lado do carro, tentando consertar o pneu furado. Ele estava exausto, os músculos do corpo doíam, e o cansaço parecia tomar conta de cada parte de sua mente. Já havia perdido completamente a noção do tempo.Quantas horas tinha passado desde que saiu em busca de Jimin? Ele não sabia mais.

Depois de finalmente colocar o pneu de volta no lugar, Jin limpou as mãos sujas de graxa na calça e se levantou. Olhou ao redor; a estrada deserta parecia interminável, cercada por árvores e escuridão. Ele pegou o celular do bolso, na esperança de verificar a hora ou tentar fazer uma ligação, mas a tela estava apagada. A bateria tinha acabado.

Com um suspiro frustrado, Jin entrou no carro novamente. Ligou o motor e seguiu em frente, os faróis iluminando a estrada estreita e solitária. O silêncio era quase opressor, mas ele não podia parar agora. Precisava encontrar Jimin.

Depois de dirigir por algum tempo, Jin finalmente avistou uma construção isolada no meio do mato: a casa de campo, o lugar onde Jimin deveria estar. Ele estacionou o carro, desceu rapidamente e começou a caminhar em direção à casa. O coração batia acelerado, uma mistura de alívio e preocupação tomando conta dele.

Quando estava se aproximando da porta, ouviu um som fraco: gritos abafados, baixos e sem forças. Era Jimin. O desespero tomou conta de Jin. Ele correu até a porta e, sem pensar duas vezes, a chutou com toda a força. O impacto foi tão grande que a fechadura se quebrou e a porta se abriu com um estrondo.