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Pov: Sthepanie Costa

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Pov: Sthepanie Costa


Eu observava o pôr do sol, o céu estava em tons alaranjados e rosa, tudo muito lindo, um clima agradável e seria algo feliz, se quem estivesse olhando para o pôr do sol não fosse uma pessoa melancólica e triste.

É meu primeiro dia na casa do meu irmão, ainda estou em um quarto de visita porque ele quer arrumar o meu para me receber do melhor jeito.

Estar em São Paulo de volta me faz pensar, mas não pensar em um sentido bom, mas sim em um sentido ruim, pensar em todas as dores que senti aqui, toda a frustração que foi o motivo para mim fugir para longe.

Será que se eu não tivesse fugido como uma covarde algo seria diferente? Será que teríamos resolvido as coisas? Ou será que pioraria tudo?. Eu tenho tantas dúvidas, mas nenhuma delas tem uma resposta.

Eu era apenas uma criança que havia entrado na puberdade a pouco tempo, uma menina que estava amando pela primeira vez, amei pela primeira vez e tive meu coração partido pela primeira vez.

Fui irresponsável em simplesmente mudar de país, mas oque eu iria fazer? Era uma adolescente sem maturidade que queria se afastar o máximo possível doque lhe fez mal, de quem lhe fez mal.

Eu pensei que ficar longe me faria esquecer, que estar longe me faria superar, mas não, não teve um dia que eu fiquei sem pensar no Arthur, tentei me ocupar de todas as maneiras, elaborei uma rotina corrida e cheia para não pensar, mas de que adiantou? De nada, toda noite quando minha cabeça encostava no travesseiro, era nele que eu pensava, era ele quem eu desejava estar por perto.

Teve um momento que eu simplesmente resolvi que não queria mais pensar nele, então, fui atrás de remédios para dormir, o mais forte que tinha, mas mesmo assim, ele me perseguia nos meus sonhos, em todos eles.

Aumentei a dose do remédio por conta, eu me drogo toda noite com meus remédios, sem pensamentos, sem sonhos e muito menos pesadelos, eu apenas durmo.

Mesmo com a rotina cheia, ele sempre deu um jeito de invadir meus pensamentos, mesmo que por poucos minutos, ele sempre fez questão de aparecer.

Pensei nele todos os dias, não importa oque eu fizesse para esquecer, nada nunca funcionava.

Fiquei tanto tempo longe da minha família, tudo isso por causa dele, tudo pela falta de maturidade dele, mas também pela minha falta de maturidade, dois imaturos, isso nunca poderia ter dado certo.

Tanto tempo longe da minha família para esquecer, mas como em dois anos não esqueci, resolvi voltar para minha família, perto ou longe dele, não importava mais, de qualquer jeito ele sempre estaria me atormentando nos meus pensamentos.

𝐒𝐀𝐔𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒, 𝐴𝑟𝑡ℎ𝑢𝑟 𝐹𝑒𝑟𝑛𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora