O Encontro no cinema

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Era uma noite de sexta-feira, e Victor estava empolgado para ver o novo filme de terror no cinema. Ele sempre gostou de sentir a adrenalina correndo nas veias, e filmes de terror eram perfeitos para isso. O shopping SP Market estava lotado, mas o cinema era o lugar mais cheio — parecia que todos estavam ansiosos pelo mesmo filme.

Ele encontrou um assento bem no meio, a visão perfeita para ver cada detalhe. Com a pipoca na mão, estava pronto para aproveitar a sessão. As luzes do cinema começaram a apagar, e o ar ficou tenso. O filme começou com uma trilha sonora que fez os pelos de Victor se arrepiarem.

Minutos se passaram, e a trama envolvente do filme foi prendendo Victor cada vez mais. De repente, ele sentiu alguém sentando ao seu lado. Olhando de relance, viu um cara de jaqueta de couro e capuz. Parecia comum, mas havia algo nele que chamou atenção. A energia, talvez.

Quando Victor voltou a assistir ao filme, a tela mostrava uma cena que fez todo o cinema gritar — o assassino mascarado, Ethan, estava ali, brutal e implacável. Victor, acostumado com sustos, mal piscou. Foi nesse momento que sentiu algo estranho.

"Gostando do filme?" perguntou a voz ao seu lado.

Victor se virou, pronto para dar uma resposta rápida, mas parou. O cara ao seu lado, ainda com o capuz, tinha um sorriso sutil no rosto — um sorriso familiar.

"Ethan?" Victor perguntou baixinho, com a voz meio descrente.

O estranho levantou o olhar, seus olhos intensos brilhando na luz fraca do cinema. "Sim", ele respondeu, sem fazer esforço para negar.

"Você é... real?" Victor quase riu, ainda meio incrédulo. Mas a presença de Ethan era palpável, quase sufocante.

"Você não tem medo de mim?" Ethan perguntou, sua voz carregada com uma mistura de curiosidade e ameaça, como se esperasse um grito ou uma fuga desesperada.

Victor balançou a cabeça. "Eu não. Gosto de desafios. Além disso, já vi tanta coisa nos filmes que estou preparado para qualquer coisa."

Ethan sorriu, dessa vez mais largo. "Interessante. A maioria foge ou grita. Mas você, Victor... é diferente."

O filme continuava na tela, mas a tensão entre eles parecia mais real do que qualquer coisa que o cinema pudesse mostrar. Ethan se inclinou um pouco mais perto, seu olhar cravado em Victor. "Então, se você gosta de desafios, talvez a gente devesse ver até onde isso pode ir."

Victor manteve a calma. "Eu aceito. Mas o jogo vai ser justo."

Ethan riu, um som baixo que ecoou na sala quase vazia. "Justo? Nunca ouvi essa palavra antes. Mas acho que podemos fazer isso interessante."

A noite estava apenas começando, e para Victor, aquele seria o tipo de desafio que ele nunca esqueceria.

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