Prólogo

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Então, irei iniciar essa historia, e tentarei atualizar com bastante frequência.

Espero muito que gostem, é a primeira que faço no universo de crepúsculo, e como sou apaixonada por ele e pela personagem Rosalie Hale, pensei por que não?

E peço que interajam e curtam para incentivar ainda mais.








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A cidade de Forks se apresentava diante de Anne como uma tela em branco, pronta para ser preenchida com novas histórias. As nuvens espessas, que pareciam tão familiares, pairavam sobre o céu, prometendo dias chuvosos e um frio cortante. Para Anne, acostumada com o calor ensolarado e os céus límpidos do lugar onde veio, o ambiente era quase sufocante. Ela sentia um leve arrepio percorrer seu corpo ao pisar fora do carro, desejando por um momento estar de volta ao lar que deixaram para trás.

Mas, ao mesmo tempo, havia algo nesse clima estranho que a atraía. A neblina que abraçava as árvores gigantes e as sombras que pareciam se alongar por toda parte provocavam uma sensação de conforto inesperado, como se aquela floresta escondesse segredos antigos que apenas esperavam para serem revelados. Apesar de sentir falta do calor do sol em sua pele, ela se pegou curiosa para explorar esse novo lugar.

Uma parte de si sabia que a mudança era necessária, que era a chance de começar de novo, mas outra parte ainda se prendia ao passado, às memórias dos dias ensolarados e dos campos abertos.

Ao lado da mãe, Daniele, que havia conseguido um emprego no escritório de contabilidade de uma pequena empresa local, e da irmã mais nova, Bianca, Anne sentia a adrenalina da mudança, misturada com um pouco de insegurança.

A presença constante de Bianca ao seu lado era um lembrete das responsabilidades que viriam: como irmã mais velha, agora caberia a ela levar a caçula para a escola e buscá-la ao final do dia, cuidando para que se adaptasse tão bem quanto possível.

Quando o caminhão de mudanças finalmente parou em frente à nova residência, ela desceu, sentindo o cheiro de terra molhada e folhas verdes invadir suas narinas. Era um cheiro reconfortante e, de certa forma, acolhedor, como se a natureza estivesse recebendo-as de braços abertos. A casa era simples, com uma fachada típica de construções americanas, mas o quintal, que se estendia diretamente para a densa floresta, imediatamente capturou a atenção de Anne. Aquilo sim parecia um convite para algo novo — e perigoso.

—Vamos, meninas! Precisamos organizar isso tudo antes de começarmos a escola na próxima semana,— Daniele exclamou, esticando os braços cansados.

Bianca, apesar de calada na maioria das vezes, exibia um sorrisinho malicioso nos lábios, mostrando o lado provocador de sua personalidade. —Ué, Anne, não está empolgada para carregar caixas pesadas? Pensei que adorasse ser a forte da casa,— brincou ela, cutucando a irmã com o cotovelo.

Anne revirou os olhos, tentando ignorar o comentário. Apesar de reservada, Bianca nunca perdia uma oportunidade de implicar, sempre pronta para alfinetar a irmã com provocações que variavam entre leves e irritantes.

—Claro que estou,— Anne respondeu secamente, com um sorriso irônico. Apesar das implicâncias, havia uma familiaridade confortável nas trocas entre as duas, algo que as fazia se sentir mais próximas.

Bianca gostava de provocar, mas Anne sabia que, debaixo da fachada sarcástica e reservada, a irmã também se sentia desconfortável com a mudança.

Enquanto Daniele começava a descarregar as caixas, Anne se afastou por um momento para contemplar a floresta que cercava a propriedade. As árvores eram imensas e antigas, e o ar parecia denso com histórias não contadas. Sentia-se pequena diante de sua grandiosidade, mas, ao mesmo tempo, algo a instigava a se aventurar por entre aquelas sombras e descobrir o que o novo lar guardava.

Bianca apareceu ao seu lado, com uma expressão travessa. —Ei, está pensando em se esconder de novo? Não pode me deixar organizar tudo sozinha, não agora que estamos aqui!— Ela riu, provocando Anne, que sorriu de volta, mesmo se sentindo um pouco deslocada. A irmã sempre conseguia puxá-la de volta à realidade, mas, ao contrário de Anne, que era afetuosa e não hesitava em abraçar a mãe ou dar-lhe um beijo no rosto, Bianca mantinha-se distante de contato físico, preferindo mostrar afeto com palavras afiadas ou brincadeiras que apenas alguém de confiança entenderia.

—Claro que não, Bianca. Só estou admirando a vista,— respondeu Anne, tentando disfarçar a preocupação que ainda a acompanhava. Elas entraram na casa, onde a luz filtrava pelas janelas empoeiradas. Enquanto suas mãos trabalhavam para organizar os móveis e as caixas, incluindo sua moto, uma Honda Shadow 750 bem conservada que logo estaria estacionada no quintal, Anne não pôde evitar de se perguntar como seria a vida em Forks. O colégio, os novos amigos e, especialmente, as estranhas criaturas que a rodeavam, incluindo os Cullen, cuja reputação a precedia.



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Após horas de trabalho, a casa começava a ganhar vida. A cozinha agora cheirava a café e as risadas de Bianca ecoavam pelos corredores enquanto ela se aventurava em um novo espaço. Daniele, sempre atenta, fazia perguntas sutis sobre como suas filhas estavam se sentindo, mas Anne mantinha suas emoções guardadas.

Sabia que não podia se abrir completamente. A mudança era um passo importante, mas o medo do desconhecido ainda pesava sobre ela.

Mais tarde, ao se sentar no quintal, Anne observou a floresta ao entardecer. As sombras dançavam entre as árvores e, enquanto o sol começava a se pôr, uma sensação de expectativa começou a crescer dentro dela. A chuva, que antes parecia um incômodo, agora soava como uma melodia suave e quase hipnotizante. As árvores sussurravam segredos, e ela estava prestes a descobrir quais histórias aquele lugar tinha para oferecer.

—Ei, sonhadora, vai ficar aí fora a noite toda?— Bianca gritou da porta dos fundos, interrompendo os pensamentos de Anne. A irmã estava encostada no batente, braços cruzados e um sorriso provocador no rosto. —Só não quero que você fique choramingando amanhã, dizendo que está com frio ou molhada,— continuou, e Anne balançou a cabeça, rindo de leve. Bianca podia ser fechada, mas quando se soltava, tinha o dom de misturar carinho e ironia de um jeito que só uma irmã conseguiria.

—Já estou indo,— respondeu Anne, se levantando lentamente. A verdade é que ela sabia que o clima em Forks não seria fácil de se acostumar. Ela vinha de um lugar onde o calor e o sol eram quase constantes, e o céu nublado e a umidade a faziam se sentir um pouco melancólica. Mas, ao mesmo tempo, havia algo cativante no frio constante. Talvez, com o tempo, Forks pudesse se tornar um verdadeiro lar para ela.

Anne estava determinada a fazer tudo certo, mas o instinto a alertava para o fato de que, em sua nova vida, o passado ainda poderia a perseguir. E o que estava por vir era uma mistura de esperanças e desafios, e um novo capítulo que a aguardava com promessas de conexão, descobertas e, talvez, um amor que ela não esperava encontrar.

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Quero que me digam o que acharam dessa introdução, se tiver algum erro peço desculpas, ainda irei revisar, e admito já está quase pronto o próximo capítulo e sei que irão adorar!

Então obrigada por lerem 🫶🏼

Entre sombras e Luzes (Rosalie Hale)Onde histórias criam vida. Descubra agora