Capítulo 89: Dor

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Chongyu voou até Tantai Jin e sussurrou: "Quero discutir algo com você."

"Fale."

"Não diga a ninguém que sou um artefato divino. Se você deixar isso escapar, muitas pessoas virão e brigarão por mim." Sobre esse assunto, em meio à sua complacência, Chongyu deliberadamente acrescentou uma pitada de falsa melancolia: "É claro, em troca, não vou contar a ninguém sobre você ter a Besta Matadora de Deus. O que cha disso?

Tantai Jin puxou friamente os cantos da boca, "Tudo bem."

"No futuro, não use mais a Besta Matadora de Deus. Ao contrário de mim, não é uma coisa boa. Se você perder o controle de sua mente, cairá no caminho do diabo". Chongyu aconselhou em sua voz infantil.

Eles voltaram para o vale.

"Este é o lugar onde a Deusa Chu Huang costumava viver, e durante todos esses anos, o sentido divino do Mestre permaneceu aqui," explicou Chongyu.

Assim que Su Su entrou, ela sentiu uma brisa suave roçar seu rosto.

Alguns pequenos pássaros espirituais trouxeram uma cesta de bambu e a colocaram em seus braços.

Dentro dela, Su Su viu algumas frutas espirituais vermelhas brilhantes e Chongyu disse: "Su Su, Su Su, experimente-as rapidamente. Essas frutas espirituais, que só podem ser encontradas em tempos antigos, são muito benéficas para o cultivo!"

Depois de falar, ele se lembrou de repente que havia mais alguém aqui, então olhou para Tantai Jin atentamente, com medo de que ele matasse por causa do tesouro.

Tantai Jin nem sequer piscou e ignorou.

Tudo no vale era uma ilusão, pois era apenas um rolo de pintura pintado por seu mestre.

Se o Mestre ainda estivesse vivo, eu só posso imaginar o quanto ele teria adorado sua filha, que é tão preciosa quanto uma joia, pensou Chongyu melancolicamente.

O que será que aconteceu com a Deusa Chu Huang?

Su Su se acomodou no vale. O sentido divino do Rei Demônio estava em toda parte. Quer fosse a brisa suave ou a lua brilhante, tudo parecia impregnado de ternura.

Assim como Chongyu disse, ela cresceu muito rápido.

Nesse ritmo, em cerca de dez dias, quando Su Su terminasse de nutrir sua alma, eles seriam capazes de deixar o Pergaminho de Imagens de Mil Milhas.

Tantai Jin ainda não sabia como deveria agir em relação a ela.

Deveria ter sido um confronto intenso, cheio de forte amor e ódio, mas Su Su caiu na Terra dos Wangs projetada pelo Espelho do Passado e perdeu temporariamente a memória.

Ele foi deixado como o único que se lembrava de seu passado e não sabia onde se colocar.

Quando Su Su e Chongyu estavam brincando, ele os observava de longe, sem participar ou falar com ela. Seu olhar era profundo e frio, e parecia pensativo.

Nem ele mesmo conseguia discernir se estava mais preocupado com aquelas lembranças felizes de quinhentos anos atrás ou com os Pregos Extintores de Almas que estavam cravados em seu coração, doendo dia e noite.

Depois de ver Tantai Jin usar a Besta Matadora de Deus, Su Su ficou com um pouco de medo dele e não iria mais ativamente para o lado dele.

Às vezes, Tantai Jin desaparecia, mas Chongyu disse a ela que, nos últimos dias, havia wangs demoníacos correndo e ele silenciosamente matou todos eles.

Su Su finalmente entendeu que ele os estava protegendo.

Uma noite, quando a lua brilhante pairava alto no céu, ela correu para o lado dele. Su Su já era mais alta que sua cintura, parecendo uma garota de quatorze ou quinze anos. Ela olhou para cima e perguntou: "Por que você costuma olhar sempre para mim?"

O Luar Negro Contém o Roteiro BE - BGOnde histórias criam vida. Descubra agora