Eu me perco sem você

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Olá, Jimixs_ falando!  Vim com muito carinho trazer para vocês essa belezinha aqui que já tem um bom tempo que eu venho pensando em como vou escrever, hehe. Espero que gostem!

Boa leitura ☕

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As luzes fracas do Central Park mal iluminavam os caminhos, mas não era a escuridão ao redor que sufocava Choi San. Era o peso esmagador do que estava por vir. A brisa de outono parecia uma fina lâmina cortando sua pele, cada passo em direção a Wooyoung era mais pesado, mais cheio de dor. Eles estavam a poucos metros de distância, mas a distância emocional que se formava entre eles era quase palpável, como um abismo invisível. O coração do Choi batia descompassado, acelerado, como se tentasse se agarrar a algo que ele sabia que estava perdendo.

Jung estava parado à frente dele, a respiração entrecortada, como se a única coisa mantendo-o de pé fosse o fio tênue de uma esperança quebrada. Seus olhos brilhavam com um misto de raiva e desespero, e o moreno mais velho sabia que o que eles estavam prestes a enfrentar não seria apenas mais uma briga. Não dessa vez.

– Não faz isso, San – o mais novo murmurou, a voz baixa e perigosa, seus olhos atentos aos do Choi. – Você não pode simplesmente jogar tudo fora assim.

Choi San sentiu o impacto das palavras como um soco. Ele queria gritar, queria dizer que não estava jogando nada fora, que tudo que ele queria era salvar os dois antes que se destruíssem por completo. Mas nada saía. Ele sentia o peito apertado, como se o ar ao redor se recusasse a preencher seus pulmões. A dependência emocional entre eles sempre foi intensa, como uma corrente que os prendia, mas agora essa corrente os sufocava. Ele se afogava em Wooyoung, e Wooyoung se afogava nele.

– Não é tão simples, Woo– San respondeu, sua voz falhando no meio da frase. As mãos trêmulas ao lado do corpo, sem saber o que fazer com a dor que corria por suas veias. – Eu… eu não consigo mais ser essa pessoa que te salva todas as vezes.

Jung deu um passo à frente, os olhos quase suplicantes, mas havia uma intensidade perigosa por trás daquilo. Ele agarrou o braço de Choi San com força, os dedos o apertando como se quisesse segurá-lo ali para sempre. Woo estava quebrando, e San sentia as rachaduras se formando em si também.

– Você sempre foi essa pessoa, Sannie, você sempre me salvou. – o mais baixo insistiu, a voz carregada de urgência. – Nós não sabemos ser outra coisa. Não sabemos viver sem isso. Eu não sei viver sem você, Wooyoung.

O Choi fechou os olhos por um momento, tentando se afastar daquela verdade sufocante.

O amor deles era uma armadilha que construíram juntos. Eles se amavam, mas esse amor era uma selva de espinhos. Woo dependia dele da mesma forma que ele dependia de Woo. Um ciclo viciante, onde a paixão era alimentada tanto pelo amor quanto pela dor. Eles se levantavam juntos e caíam juntos, e agora tudo estava em chamas.

– Não dá mais pra continuar assim, Woohoo– San disse, sua voz baixa, mas definitiva. – Você está me sufocando, e eu… eu estou te arrastando para o fundo comigo.

Wooyoung o soltou bruscamente, como se aquelas palavras queimassem. Ele deu alguns passos para trás, os olhos ardendo de frustração. A dor transbordava em sua expressão, como uma flor murchando sob um sol inclemente. Ele sempre foi como uma flor silvestre, algo selvagem e belo, mas que vivia em um terreno instável, constantemente ameaçado de desaparecer. San amava isso nele, essa intensidade, essa paixão destrutiva que os unia. Mas agora, tudo aquilo que ele amava parecia também ser o que os estava levando à ruína.

– Então o que você quer, hein? – Wooyoung bradou, a voz alta o suficiente para ecoar por todo àquele silêncio do parque. – Você quer ir embora? Me deixar? Como se tudo que a gente construiu fosse nada?

Choi San sentiu as lágrimas ardendo em seus olhos, mas se recusou a deixá-las cair. Wooyoung estava certo. Ele não sabia como viver sem ele. Eles tinham se tornado apenas um, no caos que criaram juntos. Era uma espécie de dependência destrutiva, onde cada gesto, cada olhar, era uma corda que os puxava de volta um para o outro, mesmo quando sabiam que estavam despedaçando-se no processo.

– Eu não sei, – San admitiu, a voz baixa e quebrada. – Eu não sei como viver sem você, Woo, mas eu também não sei como continuar desse jeito.

Wooyoung olhou para ele, os olhos cheios de algo que o mais velho não conseguia decifrar. Talvez fosse a mesma confusão que ele sentia, a mesma mistura de amor e dor, de querer segurar, mas também de saber que era impossível. San deu um passo em sua direção, sem saber se queria confortá-lo ou se entregar completamente à dependência que os consumia.

– A gente só sabe se ferir, – Wooyoung sussurrou, os olhos ainda presos nos de San. – Mas eu prefiro isso do que não ter você.

San sentiu seu coração apertar com aquela declaração.

O que Woo dizia era um reflexo cruel da verdade que ambos tentavam negar. Eles se destruíam, mas não sabiam viver sem essa destruição.

Com um movimento quase desesperado, o mais baixo atravessou a distância entre eles e segurou o rosto de San, forçando-o a encarar seus olhos, como se estivesse tentando arrancar alguma promessa de que isso não seria o fim.

– Você é tudo que eu tenho, – Woo sussurrou, a voz embargada, tão perto que San sentia sua respiração quente contra sua pele. – Se você for embora… eu me perco.

San sentiu as lágrimas finalmente caírem, silenciosas. Ele queria prometer que ficaria, queria dizer que eles dariam um jeito, que o amor seria o suficiente. Mas essa promessa era uma mentira. Eles estavam afundando juntos, e ele não sabia mais como emergir.

Ele fechou os olhos, pressionando a testa contra a de Woo, enquanto suas mãos tremiam ao envolver a cintura do mais baixo, lhe trazendo para mais perto.

– Eu também me perco sem você. – San admitiu, a voz quase inaudível.

Então os braços do mais novo se envolveram no pescoço do mais velho. Deitando a cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro único do seu amado, as lágrimas inundaram sua face.

—Eu amo você, Choi San. E eu não queria.. porque assim não seria tão difícil, não passaríamos por essas coisas. – Sua voz embargada pelo choro, fez com que o mais alto sentisse ainda mais vontade de abraçá-lo e não lhe soltar.

—Eu amo você, Wooyoung. E não importa o quão difícil seja, prometo lhe dar o meu melhor para suportar tudo isso.

Eles ficaram ali, parados no meio do parque, sob as luzes distantes da cidade, agarrados um ao outro como náufragos tentando sobreviver à tempestade que eles mesmos criaram. E, por um momento, parecia que talvez, só talvez, o amor pudesse ser suficiente.

Mas ambos sabiam que era apenas uma questão de tempo até que eles se despedaçassem de novo.

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Me desculpem qualquer erro ortográfico, eu ainda não revisei.

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