Stephanie continua sentada, olhando para o ponteiro do relógio com olhar intensamente fixo. Ela nota que Gisele continua rondando-a enquanto desfila de olhos semicerrados em torno da sua cabine, desde que o CEO havia saído para degustar os pratos com Jessie. A corretora só poderia estar querendo algo, como sempre. Se a senhorita escândalo quer treta, ela acabará encontrando, visto que a administradora está com sangue nos olhos.

— Quero falar com você. — Gisele senta na mesa de Stephanie e cruza as pernas.

— Oh, que pena. Se quiser falar comigo, precisa marcar hora e saber se estou disponível pra você — Stephanie diz.

— Sei o que você e aquela vadia da sua amiga fizeram — Gisele cospe as palavras — vão pagar caro por isso.

— Vai descer do salto, srta. escândalo? — Stephanie sorri secamente — eu só fiz o que acredito que você merecia.

— Você tentou me matar, mas eu tô de volta e vou acabar com a vida de vocês — Gisele grita, chamando atenção pra elas.

— Quem sabe da próxima vez você não vai de arrasta pro inferno mesmo? — Stephanie sorri de um jeito torto.

— Tá debochando? — Gisele desce da mesa e fica peito a peito com ela.

— Você tentou passar a Jessie pra trás com suas mentiras, não só uma, mas várias vezes. Ela pode manter a postura profissional falando contigo, eu não — Stephanie umedece os lábios.

— Ah… segurança particular da amiguinha? — Gisele faz beicinho.

 — Você tá com tanta vontade de trepar com o chefe, que precisa fazer com que ele sinta raiva da Jessie pra te achar suficiente pra foder e trabalhar como secretária dele? Pode dar a sua boceta pra ele à vontade, Gisele, Jessie não quer o Fernando — Stephanie ri.

— Ridícula! — Gisele sussurra debochada.

— Poderia passar horas falando o que penso sobre você, mas acho que você ainda tem uma gota de senso pra adivinhar — Stephanie desdenha — se tentar alguma coisa contra Jessie novamente, vou te dar uma surra.

— A ameaça é uma justa causa, sabia, querida? — Gisele responde.

— Seria até uma honra ser demitida por meter a mão na sua cara de sonsa — Stephanie abre um largo sorriso.

— Tente me agredir, sua vadia.

— Posso saber o que tá acontecendo por aqui, senhoritas Albuquerque e Amara? — Mologni fixa o olhar nas duas.

— Apenas trocando uma palavrinha com minha colega — Gisele diz, seca.

— Não me parece uma conversa de colegas de trabalho e sim um embate — Mologni arqueia as sobrancelhas — se tá acontecendo algum problema aqui, tomarei as providências cabíveis.

— De fato, deveria, senhor Mologni — Stephanie olha Gisele de cima a baixo.

— Esse lugar não é pra ficar trocando farpas. Estamos em uma empresa de alta sociedade. — Mologni esbraveja.

— Parece que Gisele não tem muita noção do que isso significa porque ela tá sempre se comportando como…

— Senhorita Amara, não diga o que não diria para o CEO da empresa. — Mologni a interrompe, com seriedade.

— Vou voltar ao trabalho, diferente de certas pessoas, eu tenho coisas pra fazer. — Gisele joga os cabelos e sai.

— Senhorita Amara, vou deixar que esse assunto fique entre nós. — Mologni enfia as mãos nos bolsos da calça.

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