Melina é uma jovem de personalidade forte e segura de si, mas carrega sentimentos que escondem de todos, inclusive dos seus amigos mais próximos. Sua rotina parece normal até o momento em que uma série de acontecimentos inesperados desestabiliza sua...
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Point of view Isabella
// DOMINGO - PÓS FESTA//
Depois de tudo que aconteceu na festa, eu consegui cochilar por algumas horas, mas fui despertada pelo som irritante do despertador. Ainda me sentindo exausta, levantei, fiz minha higiene pessoal e desci para a sala. Lá estavam Matteu, Cris e Castiel limpando a bagunça deixada para trás. Castiel, completamente bêbado na noite anterior, tinha dormido no sofá. Já Matteu e Cris, pelo semblante abatido, não pareciam ter dormido nada.
A sala estava quase em ordem, com as decorações já removidas. Matteu esfregava o chão enquanto Castiel empacotava o lixo. A cena era deprimente, como se a festa tivesse deixado um rastro mais pesado do que apenas sujeira física.
— Vai ficar só olhando ou vai ajudar? — Matteu perguntou, sem sequer me olhar.
Eu não respondi, apenas fui direto para a cozinha. Aquele lugar parecia ainda mais caótico. Havia comprimidos espalhados pelo chão, marcas de tênis no balcão, camisas largadas por ali, copos jogados, garrafas pela metade e outras completamente vazias.
Suspirei e comecei a catar tudo, jogando no saco de lixo. Quando terminei, limpei o balcão, tentando evitar pensar demais. Logo, Cris apareceu acompanhado de Castiel e Matteu.
— Olha o que achei — Cris disse, jogando na mesa duas carteiras, um relógio, três pulseiras e um pen drive.
— Pelo menos você achou coisas decentes. Eu só encontrei… coisas que prefiro nem comentar lá na área VIP — Castiel disse, com uma expressão de nojo.
— Eu encontrei um pacotinho com "coisas ilegais", mas já joguei no vaso e dei descarga — Matteu falou, se sentando pesadamente numa cadeira, parecendo aliviado por se livrar daquilo.
— De quem será esse pen drive? — Cris perguntou, curioso.
— Não sei, vamos ver o que tem nele? — Castiel sugeriu, com um brilho curioso no olhar.
— Melhor não. Não é nosso — disse rapidamente, tentando colocar um pouco de sensatez na situação.
— Mas precisamos ver o que tem dentro para saber de quem é — Cris rebateu, insistente. Eu sabia que não adiantaria tentar discutir, eles já tinham tomado a decisão.
— Vou pegar meu notebook, já voltou — meu irmão saiu da cozinha em passado rápidos.
Matteu voltou correndo com o notebook em mãos, plugou o pen drive e começou a explorar os arquivos. No início, só encontramos algumas músicas. Nada fora do comum. No entanto, a atmosfera na cozinha mudou completamente quando esbarramos em uma pasta de fotos e vídeos. Meu estômago se revirou imediatamente ao ver as primeiras imagens. Era algo perturbador, invasivo. Como alguém poderia guardar esse tipo de coisa?
