My Darkness

Capítulo 8: Mar de Insaciedades

O quarto estava impregnado de um calor diferente agora.
O ar carregava o cheiro dos corpos, misturado ao desejo que ainda reverberava entre eles.
O luar atravessava a janela, iluminando a pele suada de Celene, Matteo e Norman, criando sombras que ressaltavam a tensão latente no ambiente.

Celene levantou lentamente, seus olhos fixos nos de Norman.
Havia uma fome ali, uma necessidade que queimava,  ela sabia que ele sentia o mesmo. A proximidade deles era sufocante e irresistível. Ele era como uma tempestade, pronta para desabar sobre ela a qualquer momento.
O olhar intenso que ele lhe lançou a fez tremer por dentro, mas não de medo, e sim de antecipação.

Matteo, observando a interação entre eles, sentiu algo feroz crescer em seu peito. Não era apenas desejo – era possessão. Celene era dele, sempre fora.
E agora, vendo-a ser consumida pela luxúria por Norman, seu corpo reagiu de uma maneira que ele não esperava.
O ciúme se misturava à excitação, e a combinação era intoxicante.

—"Ela é minha."

A voz de Matteo quebrou o silêncio, rouca e carregada de certeza.
Ele se levantou, aproximando-se de Celene e segurando sua cintura com firmeza.
Seus dedos afundaram na carne dela, marcando-a, mostrando a Norman que, por mais que ele estivesse ali, era Matteo quem a dominava.

Norman, longe de se intimidar, apenas sorriu, seus olhos escurecendo com um brilho de desafio.

— “Ela é nossa.”

Ele avançou, seu corpo colidindo com o de Matteo.
O calor entre os dois era palpável, suas respirações se misturavam.
Mas não era uma batalha de força, e sim de controle. Norman sabia como provocar, como mexer com Matteo de uma maneira que ninguém mais conseguia.
Ele trouxe os lábios perto do ouvido de Matteo, sussurrando com voz grave:

— “Você a possui... mas também me deseja.”

Celene, no centro daquela tensão eletrizante, sentiu o calor subir em sua pele, o desejo se alastrando pelo corpo.
A possessividade deles a incendiava, como se cada toque fosse uma promessa de algo ainda maior.
Ela sabia que eles estavam em uma dança perigosa, uma batalha silenciosa pelo controle – e ela amava isso.

Sem esperar, Matteo puxou Celene para si, colando seus corpos.
Ele a beijou com uma intensidade que ela nunca havia sentido antes, como se quisesse gravar seu nome em cada parte dela.
Seus lábios exigiam, e ela cedeu, entregue ao poder que ele exercia sobre ela.
Mas, mesmo envolta naquela paixão avassaladora, ela ainda sentia a presença de Norman, observando, desejando.

Norman não ficou parado por muito tempo.
Ele se aproximou, envolvendo ambos com seus braços fortes. Sua boca encontrou o pescoço de Celene, traçando um caminho de beijos lascivos, enquanto suas mãos exploravam o corpo dela com precisão.
Celene arqueou as costas, um gemido suave escapando de seus lábios.
O toque de Norman era diferente – era sutil, mas igualmente dominante.
Ele sabia exatamente onde tocá-la para fazê-la perder o controle.

Matteo, sentindo Norman tão próximo, deixou escapar um grunhido possessivo.
Ele não estava disposto a ceder, e o calor da competição entre eles era palpável.
Seus olhos se encontraram brevemente, uma comunicação silenciosa passando entre os dois.
Não havia lugar para dúvida ali – ambos sabiam o que queriam, e era Celene que estava no centro daquele desejo insaciável.