Entre Laços

PRÓLOGO

Acho que existem coisas que não podemos mudar nunca, a não ser os nossos sentimentos. Esses que devem ser curados a qualquer custo, foi o que aconteceu comigo. Era algo que eu nunca imaginei que pudesse acontecer comigo, mas felizmente aconteceu e me fez mudar de perspectiva rapidamente.

Há algum tempo quando eu completei meus 6 anos de idade, me envolvi num acidente o que acabou fraturando meu pé esquerdo. Desde então sempre usei botas ortopédicas, para aliviar as dores que sinto. Nem sempre a minha situação me ajudou; pelo, o contrário, sempre fui visto como um coitadinho deficiente que perdeu o pé. Ou que fui descuidado no acidente.

Mamãe me ajudou bastante durante todo esse tempo, sempre me apoiou e ficou do meu lado. Meus irmãos também fazem parte do meu progresso, tanto para me animar quanto a levantar a minha autoestima; bom... Menos a Camehlia.

A Lia — a qual a apelidei assim; sempre foi uma pessoa amargurada e ela não se dá muito bem com a nossa mãe, mas, de qualquer forma nunca apontei um dedo para ela. Nunca a julguei, e a nossa relação não é muito das melhores. Mas eu a amo muito. A amo em tudo o que ela faz. Ela sim, é uma pessoa totalmente determinada e corajosa no que faz.

Gosto de poder apreciar a vida do meu jeito, de poder fazer dela, um lugar mais amplo; de paz.

Mesmo sabendo que o mundo não é dessa forma, mas, se não sonharmos... O que será de nós?

Diante a todos esses pensamentos envoltos em minha cabeça, eu aprendi que não podemos esperar muito vindo das pessoas. Principalmente de nossas próprias famílias. Sempre iremos cair, nos machucar mas... Nunca, em hipótese alguma, devemos ficar no chão.
E está tudo bem não se encaixar num padrão, não é só porque você não consegue se identificar com algo que você tem que fazer dela uma bola de neve. Tá tudo bem não ser "normal".

De qualquer forma, eu ainda quero poder ajudar outras pessoas que acham que tudo foi perdido. Quero poder trazer a esperança novamente.