Os pais de Sn Brown acabaram morrendo em um trágico acidente de carro, Nisso a garota foi levada para um orfanato no interior da Inglaterra, só que depois de um tempo sua vida virou de cabeça para baixo quando, por ironia do destino teve seu encontr...
Bom, primeiramente começaremos pela minha tão triste e trágica história, meus pais eram comerciantes de Londres, viviam em viagens, até que minha mãe engravidou e eu nasci, Eles me levavam para todos os lugares, me carregavam para cima e para baixo. Até que aquele horrível e trágico dia chegou, A estrada estava completamente escorregadia por conta da chuva forte que havia acorrido, o carro derrapou e caiu de uma pequena colina.
Meus pais não sobreviveram, mas por algum motivo, ou talvez um pouco de sorte, eu sobrevivi, na verdade não sei como, sinto como se tivesse sido salva por algo, anjos, deuses? Algum tipo de força sobrenatural? Não sei, só sei que um caçador me encontrou em meio aos escombros do carro
Com um belo gesto de gentileza e caráter, o mesmo me levou para um pequeno orfanato cristã no interior da Inglaterra, minha história estava apenas se iniciando...
[17 anos depois]
Dia 23 de novembro de 1936
Acordei com o barulho de Algo caindo, abri meus olhos lentamente e vi Luiza ajuntando alguns livros do chão
— desculpa, não queria acorda-la— dizia a garota enquanto me olhava sorrindo sem graça
— já estava mesmo na hora de eu acordar, então não se preocupe— sorrio de volta para ela
Luiza era minha colega de quarto e melhor amiga, aqui no orfanato não tínhamos um quarto só para nós, éramos obrigadas a dividir, mas ainda bem que este seria meu último ano, afinal, eu faria 18 logo logo e poderia sair daqui e explorar o mundo, meus estudos estavam quase finalizados, este ano eu pegaria meu diploma e ingressaria em uma universidade de Moda em Londres
— o que temos para o café da manhã?- pergunto enquanto me sento e me espreguiço
— bom, acho que torradas com suco de maracujá, ou melhor, Água com aroma de maracujá— Luiza faz a pequena piada o que me tira uma risada sincera
— poise, bom, vou primeiro tomar um banho então— me levanto e pego a toalha que estava pendurada na cabeceira de minha cama
logo sigo rumo ao banheiro, que graças a Deus era dentro do nosso quarto, o lado bom deste orfanato era que cada quarto tinha o próprio banheiro, poderia não ser um dos melhores, mas era melhor isso do quê dividir o mesmo banheiro com todos dali
Entrei no cômodo e não tardei em retirar minhas roupas e começar a me lavar, assim que finalizei o banho, escovei os dentes e vesti minhas roupas, ou melhor o uniforme ridículo que éramos submetidos a usar, uma blusa de manga comprida branca, uma saia enorme preta e um laço preto preso a gola da camisa
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Terminei de me arrumar e logo sair do banheiro, percebi que Luiza já havia ido rumo ao refeitório, então apenas peguei meus materiais e seguir meu caminho também
De acordo com minha agenda hoje teria aula de religião e literatura, depois uma palestra sobre sei lá o quê, não prestei atenção nesta parte, logo em seguida ajudariamos a cuidar do jardim do orfanato
A mesma rotina cansativa de toda semana, anos atrás costumava ser mais animado, mas com a saída de muitas pessoas as coisas foram esfriando e agora o orfanato não passa de uma triste e melancólica "escola para jovens órfãs" era assim que nos referimos a ele
Andei pelo vastos corredores e finalmente cheguei ao lotado refeitório, os alunos aproveitavam este momento para conversar, então eram vários sons de diversas vozes que ecoava por todo refeitório me causando um pouco de dor de cabeça
Andei até a cantina e vi Tia Amélia, nossa cozinheira tão amada, entre todos os professores e veteranos ela era a minha predileta
— olha só, vejo que não se atrasou para o café da manhã hoje né senhorita Brown- Amélia diz enquanto tinha um sorriso no rosto
— vamos se dizer que atrapalharam meu tão amado sono de beleza— sorrio para ela
— toma, torradas, e... conseguir arrumar uma boa xícara de café para você, faça bom proveito— diz enquanto me entrega as torradas com a xícara cheia de um delicioso café
— ah, nem sei como te agradecer, estava mesmo precisando de um pouco de cafeína, obrigada— me apoio no balcão que nós separava e beijo a bochecha de Amélia que apenas sorrir sem graça e volta a atender as outras pessoas com seu belo sorriso no rosto
Peguei tudo e sair a procura de Luiza, encontrei a mesma em uma mesa um pouco isolada, logo sorrir e me sentei ao seu lado, ela lia um livro de Religião
— o que deu em você? Nunca te vi estudando tanto, ainda mais de manhã cedo- digo enquanto mordo uma torrada
— estou indo mal em religião, preciso melhorar ou vou acabar reprovando este ano— diz enquanto choraminga em tom baixo
— posso te ajudar a estudar essa tarde, se quiser é claro
— faria isso por mim!?- pergunta enquanto me olha com os olhos brilhando
— claro, afinal, você é a minha melhor amiga — Luiza sorrir e me abraça fortemente
— te amo!
— também te amo pirralha— digo sorrindo para ela, Luiza era um ano mais nova que eu, porém começou os estudos um ano adiantado, por isso estamos na mesma turma
— olha só quem tá te olhando, ele não cansa de te olhar não, confesso que isso me deixa com certos ciúmes- Luiza cruza os braços e olha rumo a uma mesa um pouco distante da nossa
Olho para lá e vejo Filipe, era um garoto que diziam que gostava de mim desde o primeiro ano do ensino medio, ele era bonito e tinha um belo par de olhos azuis e cabelos castanhos, não vou mentir, eu sentia sim uma pequena atração por ele, mas a escola não permitia esse tipo de relacionamento, então só me restava sonhar acordada por algo impossível
— ele deve está olhando para outra pessoa, você está enganada- digo tentando mudar o assunto
— tenho certeza de que está olhando para você- insisti Luiza enquanto olha para o garoto com os olhos semicerrados
Apenas nego e volto a devorar as torradas e a beber o café, meu dia seria cheio, precisava me alimentar bem, afinal, uma fera alimentada é uma fera mansa.
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