Companhia ao som das cigarras

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Aviso de gatinho!!
Se for sensível a brigas e ameaças recomendo.

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Vendo a noite cair e o céu ficar mais escuro revendo as estrelas que pintam a cidade, se mostrando mais aconchegante realmente pelo cair da noite.

Caminhando sem pressa, com as mãos doloridas dentro do bolso da jaqueta.Todas a parte de cima de suas mãos machucadas de tanto socar uma árvore para tentar acabar com a sua raiva de alguma forma e se acalmar antes de ter que voltar para casa. Com a mente um pouco mais leve somente querendo descansar com o desejo que esse dia acabasse.

Assim que chega na calçada de casa e sobe as escadas de cimento abre a porta devagar como intuito de não revelar sua chegada e causar toda a retirada da paz que lutou para conquistar, minho entra em casa com a noite a se desdobra a suas costa e passa diretamente da estrada após fechar a porta atrás de si mesmo, e segui para os degraus felpudo após tirar seus calçados sem se quer emitir uma palavras, mas assim que para acima do quinto degrau ouvir seu nome ser chamado tão alto que facilmente a vizinhança toda poderia já ter escutado. Não era menos de se esperar de seu pai que sempre fazia questão de deixar suas opiniões bem pronunciadas e altas para qualquer um ouvir.

Retirando profundamente e soltando o ar pelo nariz enquanto passa com os pés descalços mais um degrau em cima da escada felpuda pelo pelo tapete que a cobria do primeiro ao último degrau. Prontamente respondeu

"Sim senhor."

Pergunta sem realmente querer saber que ele tem a dizer, mas a educação que lhe foi dada o impede tanto de ser grosso com o próprio pai tanto para evitar outra discussão.

"Onde esteve?"

O Pergunta ainda da sala provavelmente sentado na poltrona de sempre mais com o tom tão alto que minho facilmente o escuta se precisar se mover.

"Caminhando."

Responder brevemente dando mais um passo para cima enquanto segura no corrimão de madeira com uma mão e seus sapatos com a outra,e pede mentalmente pra essa conversa acabar o mais rápido possível.

Tudo que queria era estar em qualquer outro lugar mas por se sentir extremamente responsável pelo pai sendo o único filho não seria bem visto simplesmente fugir e deixar um senhor sozinho, isso provavelmente renderia boatos onde quer que fosse. Então tudo que resta era subir para seu quarto com somente o silêncio para lhe fazer companhia. O mundo sem música realmente não era nem um pouco agradável.

"Onde?"

"Caminhando. Na rua senhor."

"Me responda direto garoto!!"

Diz aumentando o tom da voz enquanto se ouve o som de uma caneca se bater com força contra a madeira, provavelmente na mesa ao lado da poltrona e logo em seguida passos são ouvidos. Milho sobe mais rapidamente alguns degraus chegando ao meio da escada ao mesmo tempo que o senhor de meia idade com cabelos grisalhos chega a frente da divisão entre o corredor da entrada da velha casa que dá para a pequena sala de estar. Diante da passagem da porta o senhor olha na direção da escada, o jovem sente o olhar queimar em sua nuca e continua a subir a escada mas antes mesmo de chegar o último degrau o grito rouco do senhor ao pé da escada corta o silêncio dentro da casa.

"Onde pensa que vai moleque?eu ainda estou falando não me de costas!"

diz esbravejando enquanto grita e logo em seguida solta uma tosse seca.

Minho para no último degrau e suspira antes de se virar para o pai e espera que seu discurso comece e acabe o mais breve possível.

"Eu dou um teto e comida para você e mesmo assim ainda me faz passar por isso. O'que acha que vão pensar de mim em meu filho homem como fazendo coisas, dançando no meio da rua."

Não estando realmente preparado para isso, Minho dá um passo em falso enquanto evita olhar na direção de seu pai, que mesmo sem olhar sente o olhar em cima de sua presença.

Com o olhar anteriormente sério logo muda para totalmente em pânico, somente o que passava em sua mente era como seu pai sabia de tal coisas além das suas coleções de discos que mal ele sabe como foi descoberto, mas tinha tomado todos o cuidado possível para não deixar qualquer pista desse seu segredo

O senhor ao pé da escada escada ainda sério fica ainda mais furioso diante do susto tomado pelo filho e continua a falar.

"Você acha mesmo que eu não saberia, você fez esse tipo de comportamento seu chegar ao meus conhecidos. Me falaram que te viram em meio a uma multidão de pessoas e você estava lá dançando à vista de todos! Como me faz passar por uma vergonha dessa. O que você acha que teve que ouvir, que meu filho anda por aí saltitando feito uma mulherzinha. Você só me traz desgosto."

Diz sério, então olha para o filho ainda parado na escada.

"Você nem tem como esconder o qual frouxo você é não é mesmo"

"Eu quero que você faça algo que pelo menos possa acabar com essas coisas que você faz. Aja como um homem e faça algo que preste."

Fala enquanto olha no fundo dos olhos do filho e o mesmo engole em seco sem dizer nada a respeito. Ainda chocado ao saber do seu descuido quanto por ser visto, mais a raiva de ouvir seu pai novamente falar o'que ele deve ou não fazer só para aumentar o ego dele. Ele não iria passar por isso novamente, foram experiências horríveis na sua juventude que nem ao menos teve como impedir. Mas agora já sendo um homem feito deixaria isso acontecer de novo, então sem medo iria encobrir ao pai dessa vez. Não iria deixar mais isso escapar de suas mãos se poder fazer nada

"E se eu não for?Não irei fazer seus gostos só porque é algo que você acha errado. Não passei por isso de novo."

Diz de peito estufado e quando se levanta e fica em pé no último degrau. Motivado a qualquer coisa que venha, nada seria mais doloroso que perder seus discos.

O senhor se vira lentamente e olha para Minho seriamente antes de proferir a seguinte frase.

"Não será seus discos a única coisa que eu iria quebrar se você continuar com isso."

Fala em um tom sério e baixo que minho sente o frio na espinha assim que ouve a frase dita pelo pai, ele sente ele olhando no fundo dos olhos, antes que possa ouvir qualquer coisa ele rapidamente lê dá à costa o mais velho e sobe o último degrau para não ter o desprazer de ouvir algo que pareça como a última frase.

Isso não era algo que ele esperaria tão derepente, constantes ameaças não chegaram a esse nível, qualquer outra coisa de baixo calão, até mesmo chegar a ser expulso de casa já passou pelos seus ouvidos, portanto isso era algo que realmente o assunto em um nível incomum, sentindo ainda os olhos ainda em si enquanto subia as escadas.

"Não quero que você me faça passar vergonha novamente, estamos entendidos."

Ouve atrás de si enquanto seguia o corredor do segundo andar sem se quer se dar ao trabalho de ouvir atentamente qualquer coisa de seu pai que a partir de agora seja direcionado a si.

O homem mais velho se vira assim que termina de falar e segue o caminho de volta à sala de estar, do andar de cima, ouve seu pai se sentar novamente em sua poltrona e logo ligar a tv. Entrando em seu quarto e fechando a porta ainda atordoado com a ameaça diretamente direcionado a si, só enxergando a cama e se joga em sua direção e se enrola nas grossas mantas e tenta dormir acompanhado do canto das cigarras do lado de fora, pelo jeito esse será a única música que ouvirá daqui para frente.
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Obrigado por ler.

Eles dançam como loucos Onde histórias criam vida. Descubra agora